Kitchen

Kitchen Banana Yoshimoto




Resenhas - Kitchen


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Juliana 14/07/2023

"when was it I realized that, on this truly dark and solitary path we all walk, the only way we can light is our own? although I was raised with love, I was always lonely. someday, without fail, everyone will disappear, scattered into the blackness of time."

lindo
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Luciano R. M. 09/11/2010

Kitchen- Banana Yoshimoto
Kitchen é um livro singular. A começar pelo nome da autora: Mahoko Yoshimoto, filha do poeta e crítico literário Takaaki Yoshimoto, não usa seu nome verdadeiro, mas o pseudônimo ‘Banana Yoshimoto’- como homenagem à flor de bananeira, que ela afirma ser ‘bonita’ e ‘propositadamente andrógina’.

Mas não é apenas a escolha do pseudônimo que a autora usa que fazem com que a obra seja única. As três narrativas presentes na edição brasileira (e na maioria das edições ao redor do mundo) tratam sobre a perda de algum ente querido, de um modo que a primeira vista parece um tanto superficial, mas que possui ecos mais profundos e dolorosos, que, de certa forma, remetem à textos quase que canônicos da literatura japonesa.

Apesar desse elo com o passado da literatura de seu país, Banana é uma autora ocidentalizada, seja por suas ideias, seja por seu estilo. E isso é o que lhe rende a ovação da juventude em seu país (e ao redor do mundo, mas em menor escala) e ataques da crítica.

O livro começa com Kitchen- o título está em inglês no original-, que narra a história da jovem Mikage que, sendo órfã, vivia com a avó. Após a morte desta, Mikage é acolhida pelos Tanabe, uma família um tanto peculiar. O começo do livro é a declaração de amor de Mikage pelas cozinhas- algo que, sutilmente, será de suma importância na seqüência.

A segunda narrativa é a continuação, Lua Cheia, ou Kitchen 2. Mikage já não vive mais com os Tanabe e é a vez de Eriko Tanabe falecer. Mikage sente a perda novamente e Yuichi, filho de Eriko, também. Juntos, estão sozinhos no mundo.

A terceira parte, ‘Moonlight Shadow’, cujo título também está em inglês no original e remete a uma música mencionada no texto, conta sobre a jovem Satsuki que, aos vinte anos perde o namorado em um acidente de carro. A perda dói profundamente na jovem- apesar de várias vezes ela mencionar o fato de serem jovens e que a relação poderia não ser para sempre. Não é a mais triste, mas é a mais bonita das três partes.

Não sei se concordo mais com a crítica ou com os fãs de Banana, acho que preciso ler mais coisas dela. Mas o que li até agora me interessou, pareceu-me realmente bom- e é interessante ir além de Murakami e Oe no que concerne literatura japonesa contemporânea.

http://blog.meiapalavra.com.br
Lua 09/09/2017minha estante
Eu li kitchen exatamente depois de "minha querida Sputnik " e devo confessar que, apesar de me parecer que a escrita do Murakami é excepcional, a simplicidade do kitchen me comoveu mais. Talvez seja a abordagem e não a qualidade do texto. Mas até então, meu primeiro contato com Murakami não foi tão impactante quanto com a Yoshimoto




bmeetsevil 02/05/2023

É aquela clássica literalmente confusa japonesa
Primeiro achei que fosse ter alguma conexão com cozinha ser o coração da casa, comida SEI LA só sei que de kitchen não tem nada skajsjsjsjs são dois contos que lidam com luto e como existem milhões de formas de processar. É gostosinho de ler, mas bem raso, as personagens não são desenvolvidas.
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Alexandre Kovacs / Mundo de K 30/07/2014

Banana Yoshimoto - Kitchen
Editora faber and faber - 150 páginas - tradução de Megan Backus - lançamento original 1988 (publicado no Brasil em 1995 pela editora Ediouro, selo Nova Fronteira).

Mahoko Yoshimoto ou Banana Yoshimoto, como ficou mundialmente conhecida, filha do filósofo e poeta Takaaki Yoshimoto, nasceu em 1964 e, juntamente com Haruki Murakami, é uma das grandes responsáveis pela divulgação da literatura contemporânea japonesa. Assim como Murakami, ela soube utilizar com inteligência as referências culturais do ocidente em seus romances para falar dos problemas da juventude no Japão moderno. Ela ainda é muito pouco conhecida no Brasil, mas a Editora Estação Liberdade tem planos para o lançamento de "Adeus, Tsugumi", atualmente em tradução por Lica Hashimoto (apenas o primeiro livro de Yoshimoto, "Kitchen", foi lançado no Brasil pela Nova Fronteira, mas se encontra atualmente fora de catálogo).

"Kitchen", lançado em 1988, é seu primeiro livro que ela começou a escrever enquanto trabalhava como garçonete, resultando em muitos prêmios literários e fama imediata no Japão. É composto por dois contos: "Kitchen" e "Moonlight Shadow", ambos tendo como temas principais o amor e a morte na vida de jovens comuns japonesas que precisam vencer os obstáculos gerados pela perda de entes queridos, além é claro da paixão da própria autora pela culinária.

Em "Kitchen", a adolescente orfã Mikage Sakurai passa por um momento difícil de solidão e abandono após a morte da avó. Sem nenhum outro parente com quem possa contar, ela aceita o convite de um amigo, Eriko, para morar com ele e seu pai, na verdade "mãe", já que este optou por se transformar em mulher, ganhando a vida em uma boate de travestis. Percebe-se logo que o comportamento e opções dos personagens não são usuais na rígida disciplina da classe média japonesa.

Em "Moonlight Shadow", novamente uma tragédia é o motivo original do conto. A jovem Satsuki perde o seu namorado Hitoshi em um acidente de carro e passa por uma experiência mística, orientada pela estranha Urara, que a fará resistir à tristeza e encontrar motivações para superar o passado.

O estilo pop de Banana Yoshimoto pode parecer superficial à princípio, praticamente minimalista, mas sem dúvida é uma escritora que sabe descrever com originalidade o impacto do destino e as reações na vida de seus jovens personagens. A boa notícia é que temos outros autores interessantes no Japão de hoje além de Murakami.
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lele 26/05/2024

Que coisa linda!
senti o aconchego, a solidão e o luto. e ainda tem plot culinário que eu adoro. amei.
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Lúcia 12/10/2023

Sou apaixonada por esse livro e vou indicar sempre pra qualquer pessoa. Resolvi reler esse ano e me tocou de uma forma diferente. Acho que essa é a beleza dos contos japoneses. É simples, direto, mas de uma delicadeza indescritível. É mesmo a sensibilidade de sentir e da vida como um todo contada com uma pureza em umas páginas de papel.
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thams 18/01/2022

?What I mean by ?their happiness? is living a life untouched as much as possible by the knowledge that we are really, all of us, alone.?
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Marina 27/07/2009

Bom, este livro conta com duas histórias, ambas contadas sob o ponto de vista de personagens femininas e jovens, no Japão moderno.
Os dois enredos tem em comum a morte de alguém querido das protagonistas, e como elas lidam com essa perda, além de como o relacionamento com outras pessoas que o falecido deixou para trás também ajudam a superar a dor.

Outro ponto também interessante é que as duas histórias apresentam uma situação de realismo fantástico, características que eu, particularmente, gosto.

É um livro singelo e sensível, vale a pena conferir.
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pirocadeperuca 16/05/2023

Muito bom, a sensação que tive enquanto lia era de que a história fluía como uma brisa fria.
o primeiro conto, Kitchen, me surpreendeu pela inclusão de uma mãe trans, dona de um gayclub com travestis, principalmente por conta do preconceito japonês e o ano em que o livro foi publicado. também gostei bastante da forma como Yoshimoto retrata o luto, o vazio da saudade.
do segundo conto não gostei, achei brega. mas foi muito bem escrito.
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Yuri Ferreira 05/03/2021

O peso do luto e a força da comida como relação.
Eu não sei lidar com a morte. Ao mesmo tempo, é o assunto que eu menos paro pra pensar sobre. Talvez por trauma, por não saber lidar, ou por desesperança. A verdade é que sou tão ignorante quanto uma formiga, se é que podemos julgá-la assim. Nós temos consciência do nosso futuro, do que há por vir, mas, ainda assim, apesar do desespero e das dificuldade em lidar com a morte, conseguimos viver. O problema todo está no pós-morte, naquilo que é deixado para trás, nas lembranças e sentimentos guardados no coração, naqueles que amamos. Eu sei lidar com a morte, não sei lidar com o luto.

Nunca liguei muito para comidas e cozinhas. Comer funcionava mais como necessidade, do que qualquer outra coisa. Fiquei doente enquanto lia e talvez isso tenha influenciado algo, mas agora enxergo diferente. Vivia com a boca cega, meio-cega. Se um dia enxerguei carinho e afeto no ato de comer, tenho certeza que a sensação foi a mesma que a da etapa final do luto: um aperto forte, apreciando o momento, reconhecendo o passado. Seres delicados exigem abordagens diferentes; mas, afinal, não somos todos nós delicados ao enfrentar o medo?

Em "Kitchen", Banana Yoshimoto me fez olhar para dentro. Sonhar com cozinhas perfeitas, com amores passados, presentes, futuros; com luto. Amor não é sempre grandeza, também se encontra nas coisas simples; no cotidiano, nos menores presentes da vida, em conversas que apenas os olhos importam... em comer. "Mostrar ao coração um arco-íris" apenas com sorrisos e entendimento mútuo. Limpar uma cozinha especial ao lado de alguém importante. Enfrentar o luto com uma refeição, afinal, essencialmente, comer é viver.

Lembrei de todas as vezes que cozinhei algo, que compartilhei um lanche com alguém que gosto e, por incrível que pareça, todos esses momentos parecem flutuar. Lembro deles, devagar, anestesiados, acontecendo com calma, até se encaixarem nos moldes que definem o que determinado momento é. Tudo parece tão vivo e tocante, a cozinha se torna o lugar mais confortável e querido do mundo, capaz de me abraçar e dizer palavras serenas; eu nunca tinha percebido a intensidade que a comida podia ter na minha vida, em como isso é uma relação entre eu e o mundo, mas, mais ainda, uma espécie de demonstrar afeto.

Sufocado de problemas, cansado do dia a dia e das repetições do que consumo, encontrar um livro tão precioso como esse mexe nas entranhas do que me faz vivo. É olhar para o mesmo problema do outro lado da sala, e então do outro lado de novo, e dessa vez de cabeça pra baixo e assim por diante.

São situações muito específicas. Solitárias. As que nos distanciam do mundo e de nós mesmos. Não é à toa que os contos sempre começam após a morte, no luto de cada personagem. Lidar com o "estar preso eternamente na solidão (mesmo ao redor de amor)" exige mais força do que perceber a própria morte acontecer; é estar em contato com a parte crua do ser humano, do que ignoramos e do que sempre existiu. Yoshimoto tem um olhar perspicaz e cheio de alma, e "Kitchen" seria apenas um livro sobre cozinha se não fosse por isso.

Tem algo que venho enrolando para escrever, mas é inevitável, uma hora ou outra precisamos falar sobre lidar com a perda, com o luto. Neste exato momento escrevo em situação de total desesperança. Não é a perda de alguém próximo que me faz temer a vida, mas sim a perda de mais de 1500 pessoas diariamente para a estupidez de um governo genocida. São pesos diferentes, situações diferentes, mas, ainda, pesos. Estar cercado pela morte traz um tipo diferente de cansaço.

Aceitar a beleza do que é nosso. Amar, pois, sem amor, esquecemos dos que partiram. É o máximo que podemos fazer. Com ou sem ajuda; sozinhos ou não. Juntos, nós espiamos dentro do caldeirão do inferno. Sem segurar as mãos, mas juntos. Ninguém precisa ser explícito para amar. Vivemos. Pelo os que se foram. Pelo os que permaneceram.
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Murasakibara12 22/04/2020

Um cômodo, uma vida
Um livro sobre trsiteza, morte, vida e sobre a busca pelo nosso lugar no mundo. Até onde estamos sozinhos e até onde vale a pena ceder uma parte sua para outro? Uma moça cercada pela morte e por belas cozinhas...
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bunnyinfurs 04/06/2024

I must keep living with the flowing river before my eyes

????????????????????????????????
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Ayu~chan 11/04/2010

Esse é um livro que certamente quem lê Harry Potter não vai entender. São duas histórias adultas, sempre contendo morte, dor, desapego e mais ainda: a difícil arte de enfrentar a solidão. Por enquanto meu livro favorito, apesar de ser curto.
Carla Buffolo Altoé 19/11/2011minha estante
Quero muito conhecer esta autora e mais ainda depois de saber que existem pessoas que o tem como favorito, mas não entendi por que que quem lê Harry Potter não conseguiria entendê-lo... gosto é gosto, é muito bom saber que existem pessoas que curtem diferentes tipos de livros, do drama à fantasia...


Renato Alves 07/01/2012minha estante
Concordo com o que disse a Carla.
Adoro "Kitchen", é um dos três melhores livros que li em todos os tempos, mas gosto de Harry Potter na mesma medida.

Definir desse jeito aí é uma besteira e subestimar os leitores.


Carla Buffolo Altoé 11/01/2012minha estante
É isso aí Renato!




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