Cley
29/05/2019Às vezes a felicidade escapa das nossas mãos, um futuro incerto moldado por consequências irreversíveis nos faz duvidar sobre tudo, sobre o quão imprevisível a vida é, e o quanto nossas ações são fundamentais para continuar vivendo.
Ao perder o bebê que nem havia nascido ainda em um terrível acidente de carro, Tegan culpa Gabe, seu marido, por tudo que aconteceu. Agora Gabe a lembrará do pote de desejos, um que consiste em coisas que o casal gostaria de realizar em viagens.
O livro é dividido em 6 partes. Três delas mostra os lugares escolhidos: Tailândia, Itália e o Havaí são os cenários de uma história de amor, luto e superação. Tegan precisa lidar com a perda, por mais que um buraco a arranque para baixo, Gabe, sua melhor amiga e sua família faz de tudo para a puxar para cima, afinal, sua vida não acabou.
Vários pensamentos pairavam sobre mim durante a leitura deste livro. Pensamentos que me fizeram perceber que nossa vida é um sopro. Uma hora estamos aqui, outra hora não estamos mais. Por isso, criei empatia pela Tegan, uma mulher que tinha sonhos, mas que infelizmente, um deles foi interrompido. É difícil se reerguer, mas não é impossível, principalmente quando sabemos que aqueles que se foram gostariam de nos ver seguindo.
"Acabo nos levando de volta ao passado, em vez de olhar para o futuro."
Numa narração não-linear, referências culturais, personagens carismáticos e com um plot twist surpreendente, em sua estreia, Brown nos mostra que é possível continuar, que não devemos nos culpar por fazer isso. Porque quando perdemos alguém, o importante é o amor que tínhamos e temos por aquela pessoa, e isso, não morre jamais.
"A morte deixa uma dor que ninguém consegue curar. O amor deixa uma lembrança que ninguém é capaz de roubar."