Luanda, Lisboa, Paraíso

Luanda, Lisboa, Paraíso Djaimilia Pereira de Almeida




Resenhas - Luanda, Lisboa, Paraíso


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Paulo2196 08/05/2024

Esperança de uma vida melhor

Um olhar com outros olhos, daqueles que foram colonizadores, para com os irmãos que foram colonizados, assim pensava o Sr Cartola ao chegar com o filho Aquiles na capital Lisboa. Mas a realidade foi bem outra, ali perceberam que aquela terra e aquela gente não lhes pertenciam, sem conhecerem o local, apenas um amigo que conhecera há muito tempo, assim caminham por ruas e alamedas desconhecidas e se separam com uma local totalmente diferente de onde vieram: Luanda.
Teve saudade das músicas, da culinária, da língua e principalmente da família.
Não é uma leitura que flui, parece que a autora se perde e o leitor acaba se confundindo, pois não sabe se está a falar de Luanda ou de Lisboa. Porém é um livro para parar e pensar o quanto pessoas são maltratadas e mal vistas, quando partem de sua terra natal para um lugar desconhecido, embora tenha semelhança na língua, mas é como se fosse um estrangeiro
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isa.dantas 06/02/2024

Que escrita linda de Djaimila, tão poética. Uma história dura, ao mesmo tempo que bela, sobre pertencimento. Acho que nada me preparou para a parte final.
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Ed Carvalho 01/02/2024

Ah, Cartola...??
Há poesia na solidão, na tristeza, na miséria, na desesperança, no auto exílio, na nostalgia, no desassossego da alma e do corpo? A literatura consegue converter todo tipo de indignidade, humilhação e dor em uma forma de comunicação com o mundo. A inquietude e a falta de lugar no mundo de Cartola, e por consequência, de Aquiles, Pepe e os outros personagens deste livro receberam uma carga poética, trabalhada, milimetricamente escovada e polida em cada frase desta autora. Um livro deveras impressionante.
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Paulo2175 26/01/2024

Na esperança de uma vida melhor

Um olhar com outros olhos, daqueles que foram colonizadores, para com os irmãos que foram colonizados, assim pensava o Sr Cartola ao chegar com o filho Aquiles na capital Lisboa. Mas a realidade foi bem outra, ali perceberam que aquela terra e aquela gente não lhes pertenciam, sem conhecerem o local, apenas um amigo que conhecera há muito tempo, assim caminham por ruas e alamedas desconhecidas e se separam com uma local totalmente diferente de onde vieram: Luanda.
Teve saudade das músicas, da culinária, da língua e principalmente da família.
Não é uma leitura que flui, parece que a autora se perde e o leitor acaba se confundindo, pois não sabe se está a falar de Luanda ou de Lisboa. Porém é um livro para parar e pensar o quanto pessoas são maltratadas e mal vistas, quando partem de sua terra natal para um lugar desconhecido, embora tenha semelhança na língua, mas é como se fosse um estrangeiro em terra estranha.
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Thaysa 12/01/2024

Poético
Pai e filho saem de Luanda com destino a Lisboa, deixando as mulheres da família na cidade Natal. Esperam de Lisboa tudo o que não têm em Luanda, a cura para o defeito físico do menino, a vida social na capital, a liberdade. Entretanto, a desilusao é arrebatora e o local que os abriga é Paraiso, onde encontram a pobreza, uma amizade inesperada e um pedacinho de esperança.
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andrealog 22/10/2023

Descolonizar e preciso
Num romance apaixonante, pai e filho vindos da colônia africana tentam se adaptar à vida em Lisboa e passam a entender como os portugueses enxergavam os angolanos no período. Vale também para a gente repensar coo a Europa tratou e continua tratando todos aqueles oriundos de duas ex- colônias e as dificuldades de se aceitar ? cidadão de segunda classe?
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Rosa Alencar 20/08/2023

Ninguém vai ao Paraíso de visita
O livro de Djamilia, escritora portuguesa, nascida em Angola, é a narrativa do despertencimento, ao qual foram submetidos, não apenas Cartola e Aquiles (que deixaram sua Luanda, e lá também ficaram Glória, Justina e Neusa), mas também Pepe e Armândio (que não são de lugar algum). Entretanto, para além das amarguras destas quatro vidas deslocadas, da impossibilidade do retorno de pai e filho, a amizade se instalou e "nenhum deles se lembrou de si enquanto se tornaram amigos". Ainda que "ninguém vá ao Paraíso de visita "
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Leticia Borges 20/05/2023

Dores no cenário pós-colonial
A história se passa no período pós-independência de Angola, em um cenário de guerra civil, e de pós-colonialismo português, mas, apesar de serem relevantes para a narrativa, esses fatos não são o seu foco. As relações familiares, as angústias existenciais de pessoas que buscam seu lugar em um mundo extremamente desigual e cruel com os mais pobres conduzem o enredo, que não vai muito além da sinopse, mas nos revela a dura realidade de imigrantes que buscavam oportunidades e sonhos na ex-metrópole e dos pobres desse lugar, que, apesar de locais, também se veem privados de possibilidades e de direitos básicos. Linguagem extremamente poética, em português europeu.
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Carolina.S.M 08/02/2023

A autora tenta demais
Tendo lido a Yara Nahakanda logo antes, nao consegui empolgar com essa escrita. A autora tenta muito elaborar o texto e a mensagem se perde. Uma pena.
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raíssa. 30/10/2022

Encantada com a escrita de Djaimilia, de uma poética singela e realmente excelente!
Há tantos aspectos que se pode aprofundar sobre esse livro, é uma viagem por todas as emoções, sendo a saudade talvez a única constante.
Logo, não seria de outra maneira: saio melancólica dessa leitura, lidar com esse final me deixou assim tristinha. (mas satisfeita, afinal, literatura é pra incomodar mesmo).
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Vitória Romeiro 08/10/2022

surpreendente a cada virar de páginas.
começa como uma busca para salvar a si mesmo, encontrando no outro a salvação, retrata sem temor os sentimentos que levam ao auge de atitudes drásticas, as ações que são tomadas pelo medo da solidão definitiva.
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Leila 03/10/2022

O livro é lindooo e muito triste também, e eu como uma boa leitora masoquista que sou, amo essa combinação (rsrsrs). Esse é o meu segundo contato com essa autora portuguesa e confesso que gostei muito desse e não fui cativada pelo primeiro (A visão das plantas). Apesar de Luanda, Lisboa, Paraíso ter reflexões tristíssimas e profundas, também traz um "ar" mais intimista e eu diria até mais "alto-astral do que o anterior que li da autora, mas sei que esse tipo de comparação também é injusta, porque cada obra tem o seu papel e a sua missão.
Simbora então falar de Luanda...a primeira metade do livro é algo de sensacional e eu ficava o tempo todo "PQP que livro lindoooo", Aquiles é um personagem cativante demais, com poucas falas mas pensamentos encantadores e que falaram fundo ao meu ❤️Cartola, seu pai, é um personagem mais ambíguo, nuances mais complexas, ser humano incompleto e cru desnudado sem dó ao leitor. Glória, a mãe, é uma personagem fantasmagórica e utópica dentro da trama, algo viajando dentro do imaginado somente, e confesso que queria mais da irmã Justina e sua filha. Os países Luanda e Portugal também são personagens importantes dentro da obra e descritos ao leitor com toda gama de cores e cheiros, muito legal essa sacada da autora.
Enfim, pra mim o livro se desfoca um pouco na segunda metade com a inserção de um novo personagem além da família Cartola, o amigo Pepe e por isso não foi um livro 5 estrelas, mas é sim, um bom livro e vale a pena ser lido. #ficaadica
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Raquel 05/09/2022

Luanda, Lisboa, Paraiso
Cartola e Glória são pais de Justina e Aquiles. Em decorrência de complicações durante o parto do menino, Glória ficou paralisada em uma cama e o garoto nasceu com má-formação no calcanhar (daí seu nome) que, segundo os médicos, deveria ser corrigida antes dos quinze anos. A família acompanha o crescimento do menino, até que no ano de seu décimo quinto aniversário, 1985, pai e filho partem para Portugal com o objetivo de fazer a operação que consertaria o calcanhar. Mãe e filha permanecem em Luanda, impossibilitadas por uma condição física e financeira.

A história prossegue contando a vida de pai e filho em Lisboa e finalmente em Paraíso, um bairro de lata fictício na periferia de Lisboa. Inseridos nessa nova realidade, precisam lidar com a construção de suas novas identidades, com as mudanças que essa imigração provoca, com o modo como são vistos pelos olhares portugueses. Essa trajetória é marcada por expectativas, desencontros, desencantos, mas também tentativas de recomeços.

Faz pensar sobre as dificuldades nas ex-colônias portuguesas e na situação dos africanos que tentam emigrar para Portugal. É um livro comovente (sofri com os personagens em várias partes), mas também cheio de esperança.
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Ariadne 05/02/2022

Maravilhoso
Lido para o Desafio Livrada! 2022 na categoria "Um livro trocado com alguém". Troquei esse com meu namorado.

O livro é muito bem escrito, a Djaimilia Pereira sabe escrever de forma poética sobre uma história profundamente melancólica onde a gente durante a leitura sempre cria esperança das situações melhorarem, mas algo sempre dá errado e tudo desmorona até o fim.

Recomendo muito o livro e quero ler outras histórias escritas pela Djaimilia Pereira.
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