Leila 03/10/2022O livro é lindooo e muito triste também, e eu como uma boa leitora masoquista que sou, amo essa combinação (rsrsrs). Esse é o meu segundo contato com essa autora portuguesa e confesso que gostei muito desse e não fui cativada pelo primeiro (A visão das plantas). Apesar de Luanda, Lisboa, Paraíso ter reflexões tristíssimas e profundas, também traz um "ar" mais intimista e eu diria até mais "alto-astral do que o anterior que li da autora, mas sei que esse tipo de comparação também é injusta, porque cada obra tem o seu papel e a sua missão.
Simbora então falar de Luanda...a primeira metade do livro é algo de sensacional e eu ficava o tempo todo "PQP que livro lindoooo", Aquiles é um personagem cativante demais, com poucas falas mas pensamentos encantadores e que falaram fundo ao meu ❤️Cartola, seu pai, é um personagem mais ambíguo, nuances mais complexas, ser humano incompleto e cru desnudado sem dó ao leitor. Glória, a mãe, é uma personagem fantasmagórica e utópica dentro da trama, algo viajando dentro do imaginado somente, e confesso que queria mais da irmã Justina e sua filha. Os países Luanda e Portugal também são personagens importantes dentro da obra e descritos ao leitor com toda gama de cores e cheiros, muito legal essa sacada da autora.
Enfim, pra mim o livro se desfoca um pouco na segunda metade com a inserção de um novo personagem além da família Cartola, o amigo Pepe e por isso não foi um livro 5 estrelas, mas é sim, um bom livro e vale a pena ser lido. #ficaadica