História da Filosofia Ocidental

História da Filosofia Ocidental Bertrand Russell




Resenhas - História da Filosofia Ocidental


8 encontrados | exibindo 1 a 8


Bryan54 10/01/2024

A proposta mais ousada
Foi meu maior desafio literário, com trechos extremamente desafiantes, principalmente no que tange a metafísica dos filósofos como Hegel, Leibiniz, Kant e Spinoza, quiza pela quantidade de conhecimento matemático com o qual eu não estava previamente avisado que seriam empregados por esse pensadores. Eu resisti a muita momentos de fadiga e foi necessário muitas releituras de alguns trechos, para extrair um real entendimento. A linha tênue que divide Filosofia crítica da imaginação especulativa humana será tencionada até o limite aqui. Levei 1 anos e 2 meses, aproximadamente, para terminar essa odisseia. Gratidão ao meu professor do Ensino Médio, que acreditou que eu estava a altura do desafio e me emprestou os livros!

Eu sempre fora (até onde tenho recordações concientes de minhas vontades), apaixonado por filosofia. Mas paixão não é combustível o bastante para o conhecimento sem a busca constante pela aptidão, aprimoração e pelas leituras regulares todos os dias, o que você terá que levar a sério.

Meu estimado leitor, se você realmente quer ler esse livro sem ser um especialista, mas sim como um autodidata (como eu), terás que ser ousado, persistente, fazer leituras complementares e refletir constantemente depois de terminar cada filosofo (recomendo debater e tentar explicar a um amigo ou conhecido entusiastas pela vida sempre que terminar 1 ou 2 pensadores realmente complexos. Siga meu conselho, vai torna essa leitura mais lúdica se você a puder compartilhar com alguém a medida que evolui (use o imaterialimo de Berkeley para confundir seus familiares rss).

Como seria loucura resumir essa obra, me foco a falar somente da metodologia de Bertrand Russell presente no livro. Seu estilo é assertivo, cético, racional e muito matemático. Ele sempre estará presente entre as páginas para listar as incoerências de cada sistema Filosóficos (muitas, segundo Russell), mas não sem antes dar seu maior esforço para nós fazer compreender as ideias e avanços que cada filosofo se propõe. Estejam preparados: "Russell não tem ídolos", o que significa que certamente o nosso juiz implacável estará lá para criticar o seu filosofo favorito (não importa em que momento temporal ele tenha se escondido). E quase sempre, ele têm razão em fazê-lo.

Aos cavaleiros da Doxa em busca do perfeito entendimento da existência... Coragem!! Façam uma boa jornada literária!!
comentários(0)comente



13marcioricardo 11/03/2022

História, história e crítica da filosofia.
A obra de Bertrand Russel é um três em um. A saber: história, história da filosofia e critica dos sistemas filosóficos e seus autores. São mil grandes páginas num lindo box de três livros que discorrem sobre os nomes mais influentes do pensamento, desde os pré-socráticos até à segunda guerra mundial, época em que foi escrito. Por isso mesmo, o grande defeito é não abarcar a filosofia contemporânea bem como outros nomes de extrema influência, como Freud ou Jung.

Sobre o autor, fica a sensação de que tem uma grande necessidade de demonstrar as falhas, ao passo que tem dificuldade em elogiar seus avaliados. Parece que nunca ninguém é bom o bastante. É interessante perceber a evolução da filosofia e seus erros, mas às vezes parece-me exagerado.

Neste sentido, não posso deixar de falar de Nietzsche. Apesar de ter visto no youtube uma resenha do livro que já alertava para a feroz critíca ao filósofo do martelo, ainda assim fiquei assustado com a descrição do homem. Parece haver aqui um ódio de estimação. E ademais, a obra citada, Vontade de Poder, já é sabido que além de ter sido publicada postumamente, foi também adulterada pela irmã de Nietzsche para servir à causa nazi. Será que Russel tinha conhecimento disso ?

A verdade é que apesar de ter tido três anos de filosofia no ensino médio, tenho ainda muita inexpêriencia e sou bastante ingênuo sobre o assunto. Deste modo, algumas coisas foram difíceis de acompanhar, especialmente a parte da metafisíca, a qual me deu fastio e fadiga. Também Deus é uma coisa cinzenta ficando muitas das vezes na dúvida se os autores se referem à natureza, ao universo ou a um ser criador.

Como agnóstico que sou, desprezo as religiões. Acho que são o maior embuste que existe neste mundo, onde todos fazem questão de se enganar a si mesmos e aos outros. Todavia estudarei sobre, pois admito sua importância e influência na história da humanidade. Nesse aspecto, muitas das vezes a metafisíca me pareceu uma alternativa ou concorrência das religiões, o que foi uma decepção para mim.

Também admito a importância da matemática, fisíca, quimica, biologia e outras ciências da natureza, mas não são a minha praia, pelo que é em áreas como a filosofia e a natureza humana que melhor me sinto a fim de aprimorar a inteligência e de me aproximar da realidade e da verdade. Se quiser fantasiar vou no cinema, se quiser me iludir vou num espetáculo de magia, não preciso da metafisíca pra isso. Imaginação que parece mais próxima à especulação que a factos.

Isto foi mais um desabafo que não tem tanto a ver com o livro, mas com a filosofia em si. Como os filósofos e suas ideias estão comentados aqui, tenho a intenção de voltar a estes escritos à medida que os for lendo. É um livro que recomendo a quem quer estudar filosofia, sabendo porém que vai ler a filosofia pela ótica de Russell, que como qualquer ser humano não está isento de erros, apesar de parecer ser bastante sóbrio e de acertar na maioria das vezes.
comentários(0)comente



Sodrezitos 02/01/2022

Uma jornada vista por outros olhos
Sem dúvida uma obra maravilhosa, é claro, não apresenta todos os mais ricos ou profundos detalhes da filosofia ocidental, haja vista que nenhum livro seria capaz de tal feito. Da mesma forma, não é um livro totalmente isento dos ideais daquele que o escreve (o próprio autor deixa claro), diferente do que um camarada que aqui postou uma avaliação afirmou, aparentemente, mal leu o livro.

Esta obra cumpre perfeitamente sua proposta, não tem erro, é um verdadeiro deleite compreender (ou, ao menos tentar) uma ampla parcela da filosofia aos olhos de Russel, uma das maiores mentes da história recente.

Naturalmente, há alguns pontos, os quais o leitor possa discordar sobre a perspectiva apresentada pelo autor, mas, como o mesmo deixa claro, não há problema algum, afinal, essa é a mágica da filosofia; não existe palavra absoluta. E se não fosse o suficiente, Russel termina de uma forma primorosa, com direito a uma "matutante" reflexão, essencial em um momento em que vivemos um dilúvio de informação.
comentários(0)comente



Marcelo Purificação 02/02/2021

Leia com cautela...
É um livro de história da filosofia sobre a vista de um filósofo que tem um pensamento muito próprio e não de uma especialidade de história da filosofia... Tem que ser lido com uma certa cautela, isso que Russell é um filósofo muito importante e quando imprime com clareza, as suas visões filosóficas sobre alguns autores e aplicando conceitos de forma anacrônico, visto q na época do autor não existia a ideia conceitual q o Russell opina... Isso para mim, não é uma questão, já que na leitura da para saber o que é Russell e o q é o autor q ele aborda...
comentários(0)comente



LAEL 18/10/2020

Introdução perfeita para quem deseja mergulhar na filosofia
Segue um cronograma de pensadores, expondo as ideias e suas melhorias ao longo do tempo.
comentários(0)comente



Mario Miranda 05/03/2019

Provavelmente este é o maior exercício intelectual de síntese do pensamento filosófico ocidental ao longo de 2.500 anos. Separado em três volumes, Bertrand Russell nos oferece: i) Filosofia Clássica, ii) Escolástica (ou idade média), e iii) Filosofia Moderna e Contemporânea. Os capítulos respeitam, em regra, cada Filósofo a ser abordado, de maneira que temos desde Tales de Mileto até as últimas contribuições do século XIX e início do século XX (notadamente: até Wittgenstein).

Os dois primeiros livros foram, ao meu ver, os mais proveitosos, seja pela excelente revisão do pensamento Clássico, seja pelos desdobramentos e novas opiniões que Russell nos fornece sobre a Idade Média (não tão "trevas" assim). O terceiro livro é o mais crítico do autor, trazendo muitas vezes opiniões pouco favoráveis a alguns dos escritores mais relevantes da história filosófica recente (como Hegel ou Nietzsche).

História da Filosofia Ocidental, mais do que o nome indica, é mais uma narrativa crítica do autor, aonde em cada momento ele deixa claro - frequentemente de maneira bem contundente - seu apreço ou desprezo por alguns filósofos.

A melhor porta de entrada ao pensamento filosófico que já tive!

site: https://www.instagram.com/marioacmiranda/
comentários(0)comente



Pedro Igor 25/09/2018

Uma pesquisa crítica (e paternalista) sobre a filosofia ocidental
Russell é consistentemente opinativo em toda a sua apresentação e pode confundir alguns dos leitores que ele é tão casual em escrever alguns dos principais filósofos e suas idéias-chave. Isso ocorre porque o livro não é uma mera história da filosofia, um mero relato de idéias, por qualquer extensão. Em vez disso, é uma pesquisa crítica, um longo catálogo do que Russell concorda e discorda entre todas as principais doutrinas. O formato seguido é: um breve esboço histórico para dar contexto a uma doutrina, uma explicação ainda mais breve e, em seguida, um longo exame crítico que apresentará as opiniões de Russell, geralmente sobre o motivo de estar equivocado à luz da abordagem científica moderna. E, mais frequentemente, desconfia das idéias que, do ponto de vista de seu presente dilacerado pela guerra (Segunda Guerra Mundial), pareciam "perigosas".

Na verdade, acho que três vertentes de irritação podem ser discernidas:

1. Levando à ortodoxia na religião
2. Levando a rigidez na lógica
3. Levando a fantasias totalitárias

Qualquer ideia que Russell considerasse tendente a isso foi atacada e colocada em prática. Deve ter parecido um ato humanitário, escrever este livro! Afinal de contas, o longo período de tempo que permitiu que Russell assumisse o tomo lhe foi concedido por uma estada na prisão - seu crime foi distribuir literatura pacifista durante a Primeira Guerra Mundial. Hitler fez com que ele renunciasse mais tarde ao seu pacifismo, a ponto de desejar ser mais jovem para poder vestir um uniforme.

Se você fosse tentar uma história da filosofia, você pode escrever uma história sem impor ao leitor quais são as suas próprias opiniões. Ou você pode escrever uma história apenas para permitir que o leitor saiba exatamente o que você pensa de cada filósofo. Ou você pode escrever uma história e tentar justificar por que prefere alguns, até um, mais do que os outros. Russell optou por uma mistura das duas últimas opções - e ele prefere a si mesmo sobre todos os outros, isso é tudo!

À medida que o livro avança, torna-se cada vez mais claro que é um resumo das opiniões de Russell, e não dos filósofos que estão sendo discutidos. Isso significa que a maioria deles recebe pouca atenção. E ao nos aproximarmos dos tempos modernos, é divertido ver como Russell está quase impaciente para a história chegar rapidamente e culminar em sua própria posição de positivismo lógico, que ele claramente pensa ser a melhor abordagem à filosofia e à luz da qual ele julga todos os outros. Isso permite que ele narre todo o progresso histórico em um tom paternalista e onisciente que pode ser chocante para um leitor que não está disposto a assumir a mesma atitude em relação à própria ingenuidade de Russell!

E pra finalizar, há um comentário descartável neste livro que me assombra desde que o li. Russell está falando sobre Sócrates, e ele se pergunta se Sócrates realmente existiu. Ele indaga de que talvez Platão o tenha inventado!

"Eu não acho que muitas pessoas teriam sido capazes de inventar Sócrates", reflete Russell. "Mas Platão poderia ter feito isso."

É difícil não continuar essa linha de raciocínio. Se Sócrates se mostra fictício, quem mais é? E quais personagens fictícios de hoje serão mais tarde aceitos como pessoas históricas? Quanto mais você pensa sobre isso, mais começa a sentir que podemos estar vivendo em uma ficção científica.

Você tem que patrocinar o autor condescendente para aproveitar isso completamente. Esse é o truque. E se o fizer, não há fim de diversão para se ter este épico eminentemente legível.
Charles 11/05/2020minha estante
Sua resenha foi MT útil na minha decisão de não ler esse livro, acho q vc foi um dos poucos q realmente leu capa a capa.


Everton Vidal 03/07/2021minha estante
Não existe historiador neutro, não existe "mera" história da filosofia ou relato de ideias. Todos em maior ou menor medida fazem isso, e Russel é até sincero, pois deixa claro que o faz, desde o prefácio.




Inlectus 13/06/2010

Obra excelente.
Livro de conhecimento profundo, texto rico e agradável de uma beleza envolvente na linguagem. Obra altamente recomendável.
comentários(0)comente



8 encontrados | exibindo 1 a 8


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR