Crepúsculo dos Ídolos

Crepúsculo dos Ídolos Friedrich Nietzsche




Resenhas -


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Breno.Cunha 19/02/2022

O Martelo Agindo
Servindo como uma porta de entrada - apesar de ser o último escrito do autor antes de o mesmo infelizmente ficar louco devido a Sífilis-, este livro me deixou mais empolgado para ler mais da obra do autor, Fez jus a várias coisas que havia ouvido sobre o autor e um pouco do clichê que é disseminado na internet, Nietzsche é Duro sem suas críticas, tudo como o tal martelo, disposto a quebrar tudo o que, de acordo com ele, prende, torna escravo, torna limitado o ser humano. Ele expressa de forma bem clara o seu ódio a Platão, Kant e a igreja católica outras vertentes religiosas ou correntes filosóficas que com o passar do tempo o próprio homem criou para fugir da realidade.
O livro, apesar de ser de filosofia e isso, ao meu ver, já costuma deixar a leitura mais pesada, é bem tranquilo de ser ler e entender, não em sua totalidade( recomendo uma segunda leitura tempos após a primeira).
Não recomendo para quem tem medo das críticas ou tem amarras religiosas, pois não achará nenhum elogio bonitinho para com sua fé/religião, e sim duras críticas, portanto, para quem for ler, leia de mente aberta e tente entender a linha de pensamento do autor.
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Paulo 19/06/2023

Ainda que seja considerada uma espécie de compêndio conciso, ou condensado, das ideias de Nietzsche por ele próprio, a compreensão da obra é, naturalmente, difícil. Não só por seu conteúdo, não facilita que Nietzsche pareça frequentemente contraditório. E é a tal nível que às vezes uma frase que segue outra parece uma afirmação contrária a que se acaba de ler. E isso é mais estranho porque ora você acha uma coisa de Nietzsche, ora se acha outra. Por exemplo, se em certas partes ele parece defender democracia do conhecimento, liberdade sexual, viver a vida como pedem os "instintos" e as vontades, desprezando os julgamentos e moralidades fundadas no cristianismo, em outras partes ele julga e condena o consumo de álcool, é misógino como tipicamente eram os filósofos (e o mundo todo...), e as principais coisas: dá frequentemente discursos elitistas; critica e ridiculariza todos os filósofos que menciona; se autovangloria, se colocando como o mais sábio homem da Terra e detentor da verdade. O que é mais fácil entender da obra é essa personalidade presunçosa, prepotente, arrogante e quase megalomaníaca do filósofo, para um leigo se quer se entende o que é, afinal, o seu famoso niilismo ou porque Nietzsche era considerado pessimista ou coisa do tipo.
Ademais, a tradução, e revisão, da Lafonte dão diversas vezes a impressão de serem mal feitas.

Nos momentos em que Nietzsche (1844-1900) parece "defender o sexo" e sua natureza, não há como não lembrar de Freud (1856-1939) e a sua proposição da pulsão maior do ser humano, a pulsão sexual. Antes de soar contraditório e elitista, nesses momentos de aparentemente defender certas liberdades que vêm do "instinto", Nietzsche também parece defender que essas forças naturais, nas minhas palavras, devem frequentemente escantear a razão, ou coisa parecida.

Reitero: para um leigo, mais se entende nessa obra a personalidade arrogante de Nietzsche do que o significado das coisas que ele escreveu.
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Yan Miranda 17/04/2024

O que não me mata me fortalece.
Entre a razao e a loucura ele escreve essa arte, deixado claro seu desdém pela forma da sociedade moldar e fragilizar o homem. Duras críticas aos antigos e alfinetadas ainda atuais. De longe, uma das obras mais difíceis do meu curto histórico de leitor.
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Rafael2157 27/01/2022

Martelando as frágeis estruturas
Depois de ter contato com o excelente "Quando Nietzsche chorou" fiquei muito curioso para entender esse autor.
Ele estar no mainstream há algum tempo me fez absorver algumas de suas ideias e ter uma noção geral do que ele pensa e sobre o que suas obras se tratam.
Me programei para iniciar com "Crepúsculo dos Ídolos": recomendado por boa parte dos entendedores como uma obra que introduz suas teses que são trabalhadas em outros livros.

Por não ser da área, não me sinto confortável de falar de modo didático sobre nenhuma das teorias do autor aqui.
Mas posso falar como leigo que as provocações sobre religião, moral, virtude, valores, poder e suas fragilidades são TÃO INSTIGANTES que eu não consegui parar de ler.
Algumas passagens são tão subversivas e revigorantes que li, reli e marquei pra lembrar de ler mais tarde.

A linguagem é por vezes excessivamente rebuscada. Afinal, esse cara é extremamente elitista. Pode haver um equívoco da minha parte, mas tive um entendimento de algumas teses como anti-democráticas e algumas exclusivamente sobre política que discordo veementemente.
Mas de qualquer forma não dá pra se esperar um tom educacional de um livro de filosofia.

No mais, eu gostei. É cativante, me pego fazendo tarefas e pensando no que li.
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Gabriela 03/10/2022

Niti é muito brabo
Minha impressão do Nietzsche é um cara que odeio tudo e todos, senta no fundão da sala usando capuz e escreve poesias complexas que ninguém tem vontade de ler - e ninguém entende.
Achei algumas partes monótonas, e outras muito interessantes. Amei as críticas à moral e as frequentes alfinetadas ao cristianismo. Humilhou com classe.
É um livro pra ler aos poucos, reler, refletir, pesquisar sobre, e pensar muito.
Eu mesma tenho pouca paciência pra ler devagar e refletir os textos, um a um. Por isso perco talvez metade da experiência.
Mas já entrou pra lista de releitura; esse não foi feito pra ser lido apenas uma vez.

Queria mesmo é tomar uma cerveja com um doutorando que me explicasse tintim por tintim (a idade chega pra todos).
Washington24 03/10/2022minha estante
Gostei do comentário. A percepção dele como quem senta no fundão da sala e é incompreendido é muito boa.




Eros 19/12/2022

Contundente!
Nietzsche certamente não escreve para agradar ninguém. Acredito mesmo que esse pensador mantivesse a esperança de ser compreendido simplesmente por ser sincero (visceralmente sincero!). Escrita em 1888 este Crepúsculo dos Ídolos (Götzen-Dämmerung) objetivava "crepuscular" os paradigmas culturais de sua época. Para isso Nietzsche manteve-se contundente como sempre. Um pensamento objetivo, explícito e polêmico, pois que revolve sentimentos de simpatia propalados às vezes de forma sincera, mas quase sempre hipocritamente (aí talvez sua contundência). É uma obra para ser lida com calma, contextualizando sua época (aviso importante para as feministas), entendendo o momento cultural e político da Europa, especialmente a Alemanha. Acho que a pior forma de ler este livro é brigando com Nietszche e a melhor é buscando entender sua ótica. Tal empatia não é fácil quando percebemos a falta de interesse do autor em empatizar com quem quer que seja! Longa vida à Nietzsche!
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Marques 24/02/2019

O martelo de Nietzsche
Eu amo tanto, tanto, tanto esse desajustado!
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Jesca 27/01/2022

Não tenho muito o que dizer, a não ser pontuar que devo, ainda, ser um tanto imatura para o entendimento do pensamento de Nietzsche, uma vez que compreendi pouquíssimo das reflexões que o mesmo propõe nesta obra.
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Hilton 04/10/2022

Nietzsche soube exatamente como iniciar uma guerra, e eu achava que, quando os outros me diziam isso sobre o livro, era mentira.
é uma leitura bem densa, ler apenas uma vez realmente não é o suficiente pra entender o que o autor quis passar.
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