Daniel Rocha 01/05/2020Ri sozinho de tão bom que é.Terminei de ler ontem e vim aqui ler as resenhas. As que falaram mal do livro, confesso, nem li. Entrou para a minha lista de livros favoritos tão logo terminei a leitura.
Dizem que o grande clássico de Chandler é O Longo Adeus, mas esse Adeus, Minha Adorada é do mesmo nível (se não for melhor). Desde a cena do bar já senti que seria um livro e tanto. E Chandler é, além de criar uma ambientação perfeita, o mestre dos diálogos. Sua influência pode ser percebida até hoje, especialmente no cinema (aliás, a cena do navio parece mesmo uma super-produção hollywoodiana).
Ri sozinho em diversas passagens, de tão bom que é. A voz do narrador, sagaz, irônica, afiada, precisa, é uma das assinaturas do gênero (e vejo que essa voz me influenciou muito como escritor e, pensando bem, até em aspectos da minha vida pessoal).
Chandler tem uma certa fórmula, mas não vou citar aqui para não estragar o prazer e a surpresa da leitura. Só fiquei curioso para comparar Marlowe (sem dúvida, um de meus heróis da literatura) com o Spade, de Dashiell Hammett. Mas quando eu ler O Falcão Maltês faço isso.
Por enquanto, Raymond Chandler continua insuperável.