Luiza 31/08/2023
Necessário
Tava doida pra ler esse livro, e li com bastante empolgação. Fiquei um pouco frustrada em alguns momentos, porque a autora não segue uma linha marxista rs daí fico achando a análise insuficiente. Me irritei um pouco também com algumas referências, tipo Deleuze, Guattari, Hanna Arendt. Mas é isso, são pontos de vista políticos diferentes. Ela não escreve de um jeito acadêmico, o que é bom, e o que a faz usar três referências em um só parágrafo, é bem doido rs Mas uma coisa que ela tem que eu concordo muito, e muito desse concordar talvez seja porque minhas opiniões sobre o tema foram construídas indiretamente por ela, é a questão da coletivização. Já tinha livro brevemente poucas páginas desse livro pra um estudo, e tomei um curso sobre NM Política que ela era uma das referências. Uma das coisas que mais me identifico com a leitura dela é essa perspectiva de coletivização dos processos. O conceito de redes afetivas que ela faz (usando uma analogia muito bonita de uma floresta) é maravilhoso. Coletivizar os processos na NM é essencial pra uma NM política de fato, e não uma NM na lógica do liberalismo, capitalista. No mais, a última parte desse livro foi o que mais me pegou. Foi nas minhas "entranhas", como diz a própria Brigitte. Ler esse livro num momento que estou passando por descobertas, decepções, dores, choros, alegrias, enfim, afetos diversos, foi foda, em todos os sentidos dessa palavra. É um livro que todo mundo que se pretende a ter práticas não monogâmicas (que está para MUITO além de ficar com mais pessoas) deveria ler.