O mundo da escrita

O mundo da escrita Martin Puchner




Resenhas - O mundo da escrita


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Marisol 22/03/2021

O mundo da escrita, de Martin Puchner
“Como seria se as histórias fossem contadas oralmente?” É com essa reflexão que o professor de literatura Martin Puchner inicia “O mundo da escrita – como a literatura transformou a civilização”. ⁣

Lançado no Brasil pela Companhia das Letras, o livro é focado no desenvolvimento da escrita e nas revoluções que a literatura proporcionou. De forma linear, ele conta como surgiram primeiros registros e o que isso representou a governos na época, passando pela criação do alfabeto e do papel, entre outras tecnologias. E não poderia deixar de citar a primeira história registrada em placas de barro – a epopeia de Gilgamesh. No livro, você encontra em detalhes a narrativa.⁣

Ainda sobre Antiguidade, o autor fala como Esdras reuniu os livros que formam a Bíblia Sagrada e, aproveitando o gancho, como surgiu a literatura de discípulos – escritos a partir das mensagens pregadas por Buda, Confúcio, Sócrates e Jesus Cristo.⁣

Daí por diante, conhecemos a literatura pelo mundo – outro diferencial da obra. Há capítulos sobre a China, onde surgiram o papel e a prensa, Japão, entre outros lugares.⁣

O autor percorre por diversos outros momentos de grandes acontecimentos e transformações, como a prensa de Gutenberg; as 95 teses de Lutero; como nasceu Dom Quixote, de Miguel de Cervantes, criando o romance moderno; a escrita do povo maia, no Peru, por volta de 1500; os meios de comunicação nos Estados Unidos e a assinatura da Declaração de Independência do país, principalmente pela atuação de Benjamin Franklin incentivando a criação de jornais, otimizando os serviços dos correios e construindo acervos bibliográficos.⁣

Há ainda um capítulo destinado à literatura de manifesto, iniciada por Karl Marx e Friedrich Engels, que inspirou movimentos artísticos como simbolismo, dadaísmo e, principalmente, movimentos ideológico-políticos ao longo do século 20. ⁣

Puchner ainda percorreu alguns dos lugares citados no livro. Com isso, ele trouxe a própria experiência às páginas, como no capítulo dedicado ao escritor alemão Goethe, e ao poeta Derek Walcott, do Caribe.⁣

Eu amei o livro!

site: https://www.instagram.com/marisoldeandrade/
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esthe 04/12/2022

meu deus.
eu juro que eu não sei nem por onde começar. fiquei fascinada por esse livro desde quando vi o martin falando por uma hora seguida e concluí que ele era o homem mais inteligente do mundo. o livro só me confirmou isso.
sou suspeita pra falar porque aprendi MUITO com ele, mas esse livro é genial em todos os aspectos possíveis.
tem partes arrastadas e as vezes uma sobrecarga de informações (que foi o que, particularmente, me fez demorar tanto pra terminar a leitura) mas a combinação das imagens, com a história, a narrativa e a própria literatura é uma experiência única de aprendizado pra ser levada pra vida toda. todo mundo devia ter a oportunidade de conhecer a história da literatura assim.
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Anna Paixão 17/03/2023

Deveria ter lido antes.
Deveria ter lido antes é a sensação que tenho. O livro me abriu novas possibilidades e interesses para pesquisas futuras sobre a escrita. Gosto como o autor faz essa revisitação desde os primórdios da história até os tempos atuais, e como ao longo da leitura vamos criando indagações sobre o caminho que a escrita/literatura vai adquirir no futuro.
Só não recomendo que seja feita a leitura de uma única vez como se fosse um romance.
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ThAmis.Pinheiro 23/08/2023

Ótimo para quem gosta de História
O livro é interessante, embora eu tenha tido mais expectativas.
De toda forma vale a pena para quem gosta de História e é curioso, pois mostra a evolução da escrita desde os primórdios da vida humana. Como bem diz na capa do livro, é o Sapiens para os fanáticos por literatura.
Eu, particularmente, gostei mais da parte inicial do livro, que conta sobre a nossa ancestralidade e a relação com a arte de contar histórias.
AndrAa58 23/08/2023minha estante
Deve ser interessante


ThAmis.Pinheiro 23/08/2023minha estante
Sim! O autor vai desde a nossa ancestralidade até os dias atuais. Como eu gosto de História, gostei da leitura!


AndrAa58 23/08/2023minha estante
Obrigada pela dica




Let 30/03/2021

"O Mundo da Escrita", Martin Puchner (Companhia das Letras)
Ótimo livro! Nesta obra, o autor faz um panorama mundial da História da escrita, ressaltando a importância da literatura para as civilizações. A linguagem é fluida, a narrativa é "leve" e repleta de humor, e as histórias contadas em cada capítulo acabam se conectando. Trata-se de um livro muito interessante, daqueles que não queremos parar de ler.
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Dani Pontes 18/01/2021

A história dos livros
Esperava um pouco mais por ter sido comparado com Sapiens (q eu amei!!)
A escrita as vezes é um pouco cansativa, principalmente na 1 metade. Mas depois q engrena é bem divertido ver a evolução da humanidade através dos livros.
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Alexandre Kovacs / Mundo de K 16/06/2019

Martin Puchner - O Mundo da Escrita
Editora Companhia das Letras - 488 Páginas - Tradução de Pedro Maia Soares
Lançamento: 17/05/2019

Martin Puchner, professor de literatura comparada da Universidade de Harvard, apresenta uma descrição apaixonada da literatura e da sua evolução ao longo do tempo por meio de alguns textos fundamentais da história da civilização: A Epopeia de Gilgamesh (2.1000 a.C.), Ilíada e Odisseia de Homero (800 a.C.), Romance de Genji de Murasaki Shikibu (1.000 d.C.), Dom Quixote de Cervantes (1605 d.C.) e muitos outros. O autor demonstra como a palavra escrita ajudou a construir este mundo globalizado como o conhecemos hoje, "um mundo em que conversamos rotineiramente com vozes do passado e imaginamos que podemos nos dirigir aos leitores do futuro". Das escrituras sagradas da Bíblia até o Manifesto do Partido Comunista de Marx e Engels, uma viagem fascinante e sem preconceitos pelo universo dos livros.

Neste momento em que vivemos uma nova revolução tecnológica nos processos de escrita e leitura, utilizando os nossos tablets e celulares de última geração, curiosamente retornamos no tempo a um procedimento de rolagem de texto como nos antigos rolos de papiro, sem falar nos ícones do tipo emoji que nos remetem ao processo de escrita por hieróglifos como no antigo Egito. Nesta confusão entre forma e conteúdo, Martin Puchner nos chama a atenção para uma constatação óbvia, mas normalmente menosprezada: "um texto precisa permanecer relevante o suficiente para ser traduzido, transcrito, transcodificado e lido pelas gerações para persistir ao longo do tempo. É a educação, e não a tecnologia, que vai assegurar o futuro da literatura."

"[...] A revolução do alfabeto, iniciada no Oriente Médio e na Grécia, facilitou o domínio da escrita e ajudou a aumentar as taxas de alfabetização. A revolução do papel, iniciada na China e prosseguida no Oriente Médio, reduziu o custo da literatura e, assim, mudou sua natureza. Também preparou o cenário para a revolução da impressão, que começou no Leste Asiático e, centenas de anos depois, se espalhou para o norte da Europa. Houve revoluções menores, como a invenção do pergaminho, na Ásia Menor, e do códice, em Roma. Nos últimos 4 mil anos, houve alguns momentos em que as novas tecnologias transformaram radicalmente a literatura. [...] Está claro que nossa atual revolução tecnológica está lançando para nós, a cada ano, novas formas de escrever, de e-mails e e-readers a blogs e tuítes, mudando não só o modo como a literatura é distribuída e lida, mas também como é escrita, à medida que os autores se ajustam a essas novas realidades. Ao mesmo tempo, alguns dos termos que começamos a usar recentemente parecem momentos anteriores da longa história da literatura: como os antigos escribas, estamos cada vez mais desenrolando textos e sentando curvados sobre tabuletas. Como compreender essa combinação de velho e novo?" (p. 20)

É claro que a tradição oral foi essencial para a formação de alguns textos fundamentais como é o caso da Ilíada e Odisseia de Homero. Existem semelhanças entre alguns textos fundadores de muitas escolas filosóficas e religiões modernas que tomaram como base os ensinamentos transmitidos oralmente por mestres como Buda, Confúcio, Sócrates e Jesus, ideias registradas posteriormente por discípulos, que permitiram a distribuição e perpetuação do conhecimento. De fato, o judaísmo, cristianismo e islamismo, tem como base escrituras sagradas, muitas vezes sujeitas a um efeito de "fundamentalismo textual que se baseia em duas suposições contraditórias: uma sustenta que os textos são imutáveis e fixos, a outra reconhece que eles precisam ser interpretados, mas restringe a um grupo exclusivo a autoridade para fazê-lo".

"O nome de um cantor, Homero, tornou-se famoso (embora nem tenhamos certeza de que tenha existido um cantor com esse nome), mas desconhecemos o nome do talentoso escriba que registrou no papiro a história da guerra de Troia. E, no entanto, foi sua colaboração que tornou a versão de Homero excepcional. Uma vez que o escriba anônimo anotou a versão de um cantor, uma vez que a Ilíada não foi montada por diferentes escribas e diferentes cantores ao longo de muitas gerações, o resultado foi muito mais coerente que o de outras escrituras, como a Bíblia hebraica. Ressalte-se que, no mundo da Ilíada, com uma única exceção, não há descrição da escrita: a epopeia apresenta-se como sendo cantada, em vez de escrita. A Ilíada e o alfabeto grego, um alfabeto baseado no puro som, constituíam uma combinação poderosa, e juntos teriam consequências de longo alcance. Em algumas centenas de anos, a Grécia tornou-se a sociedade mais letrada que o mundo já conhecera, testemunhando uma extraordinária explosão de literatura, teatro e filosofia." (p. 38)

Voltando o foco para a literatura, Martin Puchner analisa um clássico de todos os tempos, "O livro das mil e uma noites" que compreende uma variedade de contos populares e fábulas de cunho moral do Oriente Médio e do Sul da Ásia, compiladas em língua árabe desde o século IX e reunidos em uma única história, narrada por uma das protagonistas mais interessantes já imaginadas, a inteligente Scheherazade que devia contar novas histórias todas as noites, interrompendo cada conto ao amanhecer para continuá-lo na noite seguinte, o que a manteria viva ao longo de muito tempo. O uso do papel transformou a literatura no mundo árabe porque era muito mais fácil de ser produzido do que o papiro ou o pergaminho. Portanto, reduziu o custo de produção e isto foi perfeito para a divulgação do "livro das mil e uma noites".

Outra abordagem do autor é a influência política dos livros, para o bem e para o mal, principalmente quando foi exercido o controle sobre a impressão, por exemplo nos Estados totalitários como a União Soviética e a Alemanha nazista. No período de maior crescimento do regime nazista, Mein Kampf tornou-se o título de maior sucesso na Alemanha com 1031 edições e 12,4 milhões de exemplares publicados (o livro mais não lido da história segundo Martin Puchner). Já na União Soviética, durante o governo de Stálin, a poeta Anna Akhmátova precisava memorizar os seus poemas e transmiti-los oralmente para um grupo de amigas, posteriormente esses poemas e outros textos de autores perseguidos, como Alexander Soljenítsin, foram divulgados em uma publicação clandestina denominada "samizdat".

Um livro de caráter enciclopédico, mas que se lê com muita facilidade e prazer, tanto pelos amantes da literatura quanto por aqueles interessados em história de uma forma geral. É um fato peculiar que este lançamento tenha sido inspirado por um curso sobre literatura universal, "Masterpieces of World Literature", para estudantes em Harvard e em outros 155 países, graças à nova tecnologia de educação on-line, o que comprova que, depois de 4 mil anos de história, testemunhamos agora uma novíssima transformação dos meios de divulgação do conhecimento e da escrita.

No entanto, precisamos ter atenção redobrada na questão do conteúdo, se por um lado a facilidade de autopublicação nas diversas plataformas eletrônicas e redes sociais transforma todos os leitores em potenciais escritores, esta produção nem sempre se traduz em qualidade literária, como bem sabemos. Enfim, por essa e outras questões, O Mundo da Escrita é uma recomendação que não deve faltar na sua biblioteca, seja ela digital ou impressa.
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Giuliana 17/04/2020

Prazer
Sabe aquela leitura prazerosa, que vc não vê a hora de se aconchegar e ler?! Pois é, esse livro é assim. Com muito a história sobre pessoas e lugares e, curiosidades o autor tem uma forma clara e gostosa de contar os episódios históricos.
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Bel * Hygge Library 09/03/2020

"O mundo da escrita" (Martin Puchner)
Uma delícia de leitura que nos transporta, ao longo do tempo, pela história da escrita, da literatura e de obras fundamentais que transformaram ideias na sociedade. Não possui aprofundamento em cada época, mas é ideal como porta de entrada para pesquisarmos os assuntos de nosso interesse, assim como nos aventurarmos por entre páginas que nunca nos atreveríamos a ler.
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Karin 10/02/2020

Esperava mais...
O inicio e parte da metade são bem divertidos, apesar de superficiais. Depois senti que se tornou, mais um relato de viagens do que qualquer coisa... Ao contrário do título, você não se aprofunda muito na literatura, apenas em algumas poucas histórias. Algumas das quais são até um pouco questionáveis de se estarem lá (Seria mesmo a declaração da independência dos Estados Unidos e O Manifesto Comunista, literaturas? Seriam elas realmente merecedoras de um capítulo inteiro para si em vez de explorar outros trabalhos com maior importância literária?
Outro problema é que o livro não se decide se quer lhe contar a história da fabricação de livros e alfabetos ou se quer te contar um relato de viagens ou detalhar a vida de alguns escritores.

Você acaba descobrindo mais sobre o processamento do papel mas ainda não o suficiente para ficar satisfeito com a leitura. Acaba que o livro não detalha direito nem sobre a arte da escrita e processamento de livros, nem da literatura, só um geral de tudo. No início é agradavel, mas para o final de minha leitura, já me questionava sobre o que estava lendo, quando os relatos de viagem ficavam ocupando cada vez mais espaço...

O autor também incessantemente tentando ligar os capítulos uns aos outros com referências forçadas também me irritou muito.

É um livro de curiosidade, interessante para leigos, mas definitivamente não é o livro aprofundado que eu esperava e que ouvi tantos elogios.
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Isadora 06/03/2022

Li com interesse em alguns capítulos específicos e estes não me decepcionaram.
A leitura é um pouco repetitiva em alguns momentos, mas no geral é um bom livro. A proposta de contar uma história científica de modo não academicista leva à facilidade para com a leitura e desperta interesse pelas próximas páginas.
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@lucasmascarenhas 15/12/2020

Sobre a evolução da escrita e livros que marcaram, um panorama histórico da literatura. Afinal, vivemos um mundo moldado pela literatura. O fascínio no acesso à mente dos personagens e de autores, como esses livros marcaram a sociedade. Por exemplo, Sócrates trouxe um novo modo de pensar, no qual tudo estava aberto ao questionamento.
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Edmilson.Gomes 20/06/2021

Excelente o livro o mundo da escrita, indicação de um amigo, como é revolucionário as palavras sendo em um dado momento da humanidade, transcritas em papel, e mudando a história, recomendo para quem quer conhecer como surgiu a escrita.
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Camila Faria 02/02/2020

Um livro para quem ama livros. Uma viagem muito agradável (e extremamente curiosa) pelo universo da literatura, a partir de 16 textos fundamentais, que vão da Ilíada a Harry Potter. Que delícia ler sobre textos tão importantes para a história universal e tão pouco comentados, como A Epopeia de Gilgamesh (capítulo incrível!) e outros super famosos, mas cheios de curiosidades surpreendentes, como Dom Quixote. O autor passa pelas grandes conquistas tecnológicas que permitiram o avanço e a evolução da literatura, como o alfabeto, o papel e a impressão ~ em textos informativos e, ao mesmo tempo, divertidos (uma raridade). Um presentão para aquele amigo/parente/crush que vive por aí agarrado com um livro. #ficaadica

site: http://naomemandeflores.com/os-quatro-ultimos-livros-26/
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