Cley 03/08/2019Será que temos que fazer as coisas acontecerem, ou será que temos que nos apropriarmos do lema: “se tiver que ser, será”? Há aqueles que acreditam em destino, há aqueles que acreditam em acaso e há aqueles que não acreditam em nada disso. Simplesmente vivem.
Quando conhecemos aquela pessoa numa fila de banco, transporte coletivo, ou na rua e nos interessamos por ela, será que devemos pegar o contato ou simplesmente deixar passar? E se ela for a pessoa que fará você feliz? Mas se ela for a que te fará infeliz? Não dá para saber.
Arthur e Ben se conheceram numa agência de correios, e antes mesmo de ambos pegarem o contato um do outro, são separados por algo que só em Nova York acontece.
Arthur é um cara sonhador, acredita no universo e pensa que a vida deveria ser como um grande musical da Broadway. Já Ben tem experiências demais para saber que a vida não é nada disso. Depois de um buscar pelo outro, Arthur e Ben descobrirão que desafiar os poderes do universo valerá a pena, ou não.
"Só acredito que a gente esteja destinado a conhecer algumas pessoas, e o universo as coloca de alguma forma em nosso caminho."
O livro é narrado do ponto de vista do Arthur e Ben. Confesso que o início foi lento para mim, pois, os autores demoram para fazer com que o casal se encontre novamente.
Considerei Arthur um pouco imaturo e certas atitudes desnecessárias, mas, ao mesmo tempo é um jovem sem malícia alguma e só quer viver um grande amor. O Ben é o cara que está tentando esquecer o ex, vê em Arthur algo que talvez o faça perceber que não importa se o ex é ex, se não fosse, ele não conheceria o Arthur e não teria aprendizados que o ajudasse a ser uma nova pessoa, com visões totalmente diferentes acerca de relacionamento, amizade e autoconhecimento.
Os personagens secundários concedem à história um toque mais vibrante. O Dylan (melhor amigo do Ben), me fez rir em várias cenas e instituiu em mim um desejo de fazer parte do seu círculo de amigos.
Não é apenas um romance LGBTQ+, é uma história que mostra a força que uma amizade tem, que temos que nos amar primeiro antes de amar o outro, e o quanto eu me permito ser feliz e fazer aquilo que sempre quis sem se preocupar com o amanhã.
Arrependimento é uma palavra que pode ser interpretada de várias formas. Uma delas é: não fazer aquilo que você sempre quis fazer por insegurança, incerteza e medo. E depois é tarde demais.
Um livro com seus altos e baixos, mas que ao término dele, percebi a verdadeira mensagem que os autores quiseram passar. Mensagem essa que me ensinou algo e que nunca mais vou esquecer.
"Talvez as pessoas façam parte da sua vida por um tempo, você aproveita o que lhe dão e usa isso na sua próxima amizade ou relacionamento. E, se tiver sorte, talvez algumas pessoas voltem depois de você pensar que tinham ido embora para sempre."