Negrinha

Negrinha Monteiro Lobato




Resenhas - Negrinha


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fl.gil 01/04/2020

NEGRINHA
Dentro do período "pré-modernismo, 1902 à 1922" está a publicação de Monteiro Lobato - NEGRINHA.
Órfã de sete anos, preta, nasceu na senzala de mãe escrava. Ela não sabia o que era a vida, não sabia o que era ser criança. Aprendeu que a vida era não brincar, não falar nada, ficar quieta, não comer bem... Não tinha desenvolvimento na vida pelos maus tratos que recebia da Dona Inácia, a patroa.
Os demais escravos não gostavam da Dona Inácia, mas queriam a autoridade que ela tinha. Assim, como Negrinha era uma coitada, eles acabaram sendo opressor para ela. Podemos relacionar com Paulo freire, "quando a educação não é libertadora, o sonho do oprimido é ser opressor".
Até que um certo dia, chegam algumas crianças na casa da patroa e a partir daí, as coisas mudam.
Então, podemos conciliar com a perpetuação da escravidão no Brasil, a partir do final de um período que vai do século XIX ao XX. Monteiro foi irônico no conto, mostrando a realidade por escrita!
Leitura rápida e pesada!
#negrinha #contos #monteirolobato #literaturabrasileira #livros #book #ler
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Victor Rafael 29/11/2009

Inesperado...
Um certo preconceito com a obra de Monteiro Lobato não me impediu de ver as belezas de seu livro de contos.



Com um humor que, em certos momentos, lembra Machado de Assis (Vide: O colocador de pronomes e A policitemia de Dona Lindoca); com alguns contos mais sombrios (Vide: Bugio Moqueado e Os negros); e outros com uma aguda crítica social (Vide: Negrinha) a obra me surpreendeu.



Em que pese a linguagem um tanto densa da época, os contos são bem narrados, demonstrando que Lobato é realmente um bom contador de histórias.



Dica: Para quem gosta dos Contos de Machado de Assis.



o7
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Karine 23/08/2010

A leitura em alguns momentos torna-se cansativa, no entanto contos como: Negrinha, Bugio Moqueado, Os Negros, A policitemia de Dona Lindoca, entre outros, tornam a obra digna de elogios, refletindo a inteligência do autor ao despertar pequenas surpresas no fim de cada conto lido.
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Anienne 20/06/2019

Negrinha
Esse conto de Monteiro Lobato é, extremamente, chocante, doloroso...

Uma história verossímil para a realidade de sua época.

E, muito pelo contrário, vejo aqui a representação, a denúncia... nunca preconceito, por parte do narrador.

Esse conto tocou em minh'alma duramente.

Foi difícil lê-lo. Chorei. Fiquei chocada. Estática. Mas eu amei.

Indico um milhão de vezes.
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Leila de Carvalho e Gonçalves 24/07/2018

Linguagem Cinematográfica
Monteiro Lobato é o nome de maior destaque no nosso panorama literário infantil. Entretanto, seu inquestionável e multifacetado talento vai muito além e esse livro é uma boa oportunidade para comprovar o fato.

Segundo especialistas, "Negrinha" , publicada originalmente em 1920, trata-se de sua melhor coletânea de contos, por conta dos seguintes aspectos:

- A forte carga emotiva impregnada em suas histórias que retratam personagens mais urbanos e menos caricatos.
- Sua "linguagem cinematográfica", conferindo "maior velocidade, inclusive promovendo deslocamentos temporais e narrativos curiosos."

O livro é uma contundente denúncia contra uma sociedade patriarcal que no início do século passado, ainda apresentava persistentes vestígios de uma "mentalidade escravocrata", mesmo após décadas da Abolição. O conto que intitula a obra, é o paradigma dessa situação, um libelo em prol da igualdade, ao relatar o sofrimento de uma orfã, criada feito bicho, que preferiu "ausentar-se do mundo a continuar seus dias sem esperança..." Uma obra-prima!

Merece destaque ainda, "Uma Facada Imortal" que é uma homenagem de Lobato a seu amigo Raul de Freitas, seriamente doente na ocasião, e "Barba Azul", onde ele recria a fábula infantil homônima de forma preciosa.

Essa nova edição apresenta vinte contos, porém, possuo outra, mais antiga, com vinte e dois cuja seleção é diferente: alguns textos foram subtraídos e outros adicionados. Não tenho acesso as decisões que provocaram tais mudanças, mas com dois a menos, o prejuízo fica com o leitor. Por isso, atribuo somente três estrelas ao livro, ressalvando que Lobato é digno de cinco e das mais brilhantes.

Edição, comentada com índice ativo e adaptada à nova Reforma Ortográfica.

Bom entretenimento!
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Eric 27/02/2016

Nu e cru
Os sucessos de Monteiro Lobato não foram somente proveniente das famosas histórias do Sitio do Pica Pau Amarelo. O autor também é consagrado pela suas obras adultas e mais reflexivas como a coletânea de contos Negrinha.

A obra irá retratar a sociedade brasileira de maneira criticista e sarcástica. Demonstrando através de contos, os preconceitos raciais, hipocrisias, destruição ambiental, ambição, violência e entre outros temas tão comuns nas hodiernas sociedades.

Apesar de uma polêmica em cima do autor, caracterizando-o como racista, os contos desse livro quebra toda esta visão errônea que alguns críticos possuem do autor. No conto Negrinha por exemplo, o autor irá analisar profundamente, todas as marcas que a escravidão deixou dentro da sociedade. Através de uma forte e triste estória de violência e rejeição de uma menina órfã e negra, pensaremos muito bem antes de rotular Lobato como racista.

Além disso, o livro irá abordar estórias bizarras como a do Bugio Moqueado, Barba Azul e Os Negros, que introduz o terror sobrenatural com a violência em conto trágico do amor. Há também, estórias sobre a elite paulistana que são carregadas de sarcasmo acompanhada de uma grande reflexão.

Negrinha é uma obra muito atemporal e traz críticas a uma sociedade que ainda não largou os velhos hábitos, como o racismo. Se pude tirar uma grande conclusão com o término desses contos, foi que o brasileiro ainda não aprendeu a deixar de lado seus atos preconceituosos e trapaceadores para trás. O "jeitinho brasileiro" é um mal que já deveria estar sepultado há muito tempo. Monteiro Lobato consegue nos fazer refletir que os problemas da atualidade são consequências de uma má formação da ética brasileira nos antigos tempos.

Por fim, a leitura desses contos é bem compensadora, com uma escrita maravilhosamente fluída, Monteiro Lobato constrói contos que dão um verdadeiro tapa na cara da sociedade. Apesar de ter algumas estórias que não me agradaram tanto, Negrinha é uma obra de leitura obrigatória para aqueles que buscam entender um pouco das más marcas que permeam a sociedade, as quais foram deixadas por um passado de grandes injustiças.
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Kymhy 23/03/2018

Negrinha - Monteiro Lobato
Muitos contos que abordam diversas situações de um Brasil pós escravatura, mostrando que a ideia de liberdade nem sempre era encontrada, não somente pelos negros, mas por pessoas que precisavam aprender o significado de ser brasileiro

site: https://gatoletrado.com.br/site/resenha-negrinha-monteiro-lobato/
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Miria80 26/01/2018

Trata-se de um livro bem brasileiro! Os contos são realistas e as vezes trazem um certo despertamento para os acontecimentos cotidianos, retratando coisas naturais mas totalmente inesperadas no contexto das história e isso deixa a leitura bastante interessante. Confesso que muitos contos me causaram imensa comoção. Lobato é simples, conhece a essência brasileira e apresenta persongens com dilemas interiores inerentes ao ser humano. Ler estes contos é uma sensação de estar em família! Recomendo muito!
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Viviane Rodrigues 14/10/2017

ADOREI e RECOMENDO
O escritor de contos ‘adultos’, Monteiro Lobato é muito, mas MUITO diferente do estilo infantil que crescemos lendo do criador do Sítio do Pica Pau Amarelo. Os contos possuem um humor ácido, irônico, uma crítica à sociedade e à política da época.
Já ouvi falarem muito mal dele quanto a expressões racistas, que sua obra é preconceituosa, mas em minha humilde opinião suas palavras expressam à realidade da época de como eram tratados os negros no Brasil, e quem estudou direitinho na escola a História do Brasil sabe que foi bem assim mesmo. O que nos deixa na dúvida é se ele escrevia o que pensava e sentia a respeito dos negros ou se eram críticas dessa mesma situação. Fiquei sinceramente em dúvida, mas essa é a minha opinião. Mas concordo que para quem lê hoje em pleno século XXI o seguinte texto: “...de que brancura deslumbrante nos saíra aquele negro! E como são negros certos ministros brancos!”, soa muito , mas MUITO estranho meeeeeeeeeeeeesmo!!!
Mas pulando esta polêmica, sua escrita é impecável, me diverti muito lendo os contos, alguns são bem engraçados e outros que parece que seriam maçantes, me prenderam a atenção até o fim. Enfim, ADOREI e RECOMENDO.
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@KrolChacon 13/04/2014

Resenha Para Vestibular
Negrinha é um conto de Monteiro Lobato narrado em terceira pessoa. Em Negrinha, as ações das personagens estão centradas, basicamente, na figura da pobre órfã adotada e os acontecimentos ao seu redor. Desde o nascimento da órfã, a história de sua vida é contada, afinal, ela morre ainda cedo, momento em que se dá todo o desenlace do conto. A patroa de Negrinha, dona Inácia, era chamada de “excelente senhora”, principalmente pela igreja, afinal era uma mulher rica, possuidora de muitos dotes, e que contribuía regularmente com a igreja. Segundo o Reverendo, d. Inácia era uma: “dama de grandes virtudes apostólicas, esteio da religião e da moral”.
Dona Inácia mantinha Negrinha como um animal doméstico, sem direito a nada, somente sobreviver. As atitudes de Inácia sempre foram com o intuito de mostrar a imagem de uma boa senhora à sociedade, mas, em casa, tratava cruelmente Negrinha, tendo em sua pobre figura uma possibilidade de expurgar suas raivas e neuras. Tudo era motivo para que Negrinha apanhasse, levasse pontapés, xingamentos etc. No transcorrer do texto, toda “ruindade” da patroa é revelada, principalmente no momento em que ela pede para Negrinha abrir a boca para engolir um ovo que acabara de sair do cozimento.
Na seqüência, duas sobrinhas de “Santa Inácia” – como enfatiza Monteiro Lobato – vem passar as férias de dezembro e, pela primeira vez, a Negrinha pôde brincar. As meninas brincam com ela, mas ficando sempre claro que ela é adotada e, portanto, diferente, um verdadeiro animal de estimação. Após o retorno das sobrinhas de Inácia, a vida de Negrinha volta a ser como era antes. Pouco tempo depois que as meninas brancas vão embora, ela falece de desgosto, fraca e delirante, relembrando das brincadeiras que teve com as meninas, bonecas e brinquedos.

O conto é pequeno e bastante emotivo. Entre os principais personagens estão:

Negrinha: Todos os fatos transcorrem á sua volta. O nome “Negrinha” (adjetivo), é colocado como nome próprio (substantivo) na narrativa, mais uma forma de Lobato destacar o preconceito visceral dos demais. O conto se encerra com sua morte, que se torna uma libertação após tanto sofrimento.

Dona Inácia: A mulher que adotou e martirizou Negrinha. Solteirona, tornara-se viúva sem ter filhos. Para a sociedade, mulher de caráter ilibado, digna, possuidora de riquezas e assídua freqüentadora e colaboradora da igreja. Mas, através do conto descobrimos quem ela é realmente. Utiliza-se do fato de ter adotado uma menina para se gabar, sendo que, na verdade, trata a órfã como um verdadeiro animal doméstico. Com a morte de Negrinha ao término do conto, ela lamenta a perda de negrinha que: “Era boa para dar um cocre” (cascudos).

Reverendo: Personagem coadjuvante ministrava na igreja em que d. Inácia freqüentava e colaborava financeiramente. Aparece no conto somente para reforçar a idéia de “virtuosa senhora”, de dona Inácia.

Criada nova: Aparece no conto no momento em que Negrinha engole um “ovo quente” após a reclamação da mesma. Em outro momento surge outra criada, mais amena e que não a destratava.

Duas sobrinhas: Aparecem do meio ao fim do conto; brincam com Negrinha, mas nunca a deixando de tratar como uma adotada. Achavam a órfã extravagante por nunca ter visto uma boneca.

Cuco: Apenas um tipo de metáfora do tempo, que aparece no conto como um elemento que traz fantasia para Negrinha, quando ele apitava as horas. No final, o cuco aparece mais uma vez, alertando que o tempo de Negrinha na terra estava findando.

site: http://krolrice.blogspot.com.br/2010/10/resenha-para-vestibular-negrinha.html
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cakeberry_ 09/05/2024

Uma vida que sofreu
A história é sofrida, uma menininha que sofre racismo, não teve uma infância e nem uma vida digna. Foi um choque ao ler certas cenas. É uma demonstração e narração de como ocorreu o racismo, violência fisica e verbal, que ela sofreu.
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Ana Ponce 03/01/2017

Negrinha
OLÁ... Hoje irei falar sobre o livro Negrinha de Monteiro Lobato.
Este é um livro de contos que foi publicado em 1920. Para muitos leitores neste livro estão os melhores contos escritos por Lobato, sem dúvidas nele estão os contos mais emotivos do autor, enquanto que em Cidades Mortas estão os contos mais irônico e cômico.
Nessa edição da Editora Globo, estão os contos:

* Negrinha
* As fitas da vida
* O drama da geada
* O Bugio moqueado
* O jardineiro Timóteo
* O fisco
* Os negros
* Barba Azul
* O colocador de pronomes
* Uma história de mil anos
* Os pequeninos
* A facada imortal
* A policetemia de Dona Lindoca
* "Quero ajudar o Brasil"
* Sorte grande
* Dona Expedita
* Herdeiro de si mesmo


Em muitos contos há denúncias sobre a realidade dos escravos e dos escravos forros, antes e depois da chamada Lei Aurea, como é o caso de Negrinha, O jardineiro Timóteo, há contos engraçados (O colocador de pronomes, A facada imortal), há contos que assustam (O bugio moqueado, Os negros), mas todos retratam o ser humano, suas qualidades e defeitos, temas muito frequentes nas obras de Monteiro. Espero que tenham gostado. Beijos e até a próxima.

site: viajandocompapeletinta.blogspot.com
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Fabi 20/11/2016

A verdade nua e crua... e atual, eu diria.
Dizem que quando lemos algo produzido em determinada época, podemos sentir como as pessoas que viviam naqueles tempos pensavam. Será?
A grande questão em Negrinha passa de longe da capacidade literária de seu autor e insiste na ideia de que Monteiro Lobato era ou não, de fato, racista. Então eu penso, vai fazer alguma diferença agora? Hmmm... creio que não. Então, vamos ao que interessa.

Negrinha é uma coletânea de contos publicados em 1920 (e entre eles está o do título do livro) que mostram algumas verdades (a meu humilde ver) em uma sociedade pós-abolição. Os textos são riquíssimos em detalhes e vocabulários que mostram como era a sociedade do início do século XX. Algumas passagens são realmente chocantes, o que nos faz pensar se o autor era racista ou se meramente mostrava como era a realidade da época.
São narrativas perfeitas, verdadeiras conversas de causos com os leitores, em um grau de intimidade que me lembrou muitas vezes Machado de Assis.

Apesar dos textos serem antigos, se mostram atuais em discussões sobre preconceitos/ racismo e podem ser trabalhados em sala de aula; porém, questões de vocabulário devem ser exploradas antes para não confundir as cabeças dos alunos.

Excelente pedida!
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Gláucia 31/10/2016

Negrinha - Monteiro Lobato
A primeira edição, de 1920 tem apenas 6 contos. Foram sendo adicionados outros e na quarta e definitiva, de 1946 temos 22. Os temas aqui são mais variados que nas outras duas coletâneas mas estão presentes assuntos abordados com frequência os textos do autor como por exemplo a questão do progresso e da forma como as pessoas da zona rural o encaram.
Um de meus contos preferidos pertence a esse volume: O Colocador de Pronomes. Também merecem destaque: A Policitemia de Dona Lindoca, Sorte Grande, Dona Expedita e Herdeiro de Si Mesmo.
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