Resenhas - A Casa da beleza

Luvale 27/03/2024

Gostei muito desse thriller colombiano que, além de trazer uma investigação e uma trama intrincada, aborda temas muito complexos e traz muitos questionamentos.

A Casa da Beleza é um estabelecimento frequentado pela elite de Bogotá, fornece vários serviços e tem as melhores funcionárias. Uma delas é Karen, uma jovem que aceitou o trabalho afim de levantar uma quantia significativa de dinheiro, em busca de uma vida melhor. Nesse trabalho, ela é também confidente, escutando confissões e dialogando com suas clientes. Ao atender uma adolescente, cheia de planos e incertezas, ela acaba se tornando uma peça-chave de um crime, uma vez que essa mesma jovem é encontrada morta no dia seguinte, e Karen foi a última que a viu viva.

O livro é contado principalmente por Claire, uma cliente da Casa, que tem um certo interesse em Karen. A narrativa também traz pontos de vistas de outras mulheres envolvidas na trama, relatos passados e presentes, o que pode causar estranheza e confusão, mas que não me incomodou. Os capítulos são curtos e a escrita é bem fluída, só carecendo de maior clareza e diferenciação entre as vozes das personagens.

Mostra muito bem as dificuldades de Karen, a constante sensação de impotência e as angústias que enfrenta. Com cenas bem revoltantes e alguns acontecimentos tensos que mudam completamente a vida da protagonista, mostra o retrato de uma sociedade tomada pela violência e desigualdade, onde a parte criminal acaba ficando em segundo plano. É um enredo sobre problemas sociais, classismo, corrupção, criminalidade e abuso de poder, além de questionar papéis de gênero e os padrões de beleza.

Toda reviravolta da investigação mostra como o dinheiro e a influência podem manipular o sistema e, embora o crime tenha solução e culpado, muito pouco pode ser feito quando os envolvidos são poderosos. O final foi impactante e me entristeceu, porém acabou deixando tudo ainda mais real e intenso. Recomendo para todos que gostam de histórias rápidas mas que transmitem muito, um thriller muito atual e que vai fazer pensar.

Livrendo 26/07/2023

Mediano..
Neste livro temos Claire, é é como uma narradora da história e cliente do salão de beleza "A casa da beleza", um salão frequentado pela alta sociedade de Bogotá, Colombia. Nesse salão, Claire conhece Karen uma esteticista que se vê envolvida em problemas.

Este livro acaba por andar à volta dos problemas de Karen, de um homicídio de uma jovem cliente daquela e tudo narrado, aparentemente, pela voz de Claire, uma psiquiatra/ psicanalista de cinquenta anos.

Podemos dizer que este livro pode retratar um pouco a sociedade daquele país, dá-nos conta dos perigos de andar na rua, de táxi (conta-nos o que é o passeio milionário) e da forma como são vistas as mulheres que vivem sozinhas.

Há droga, sexo, prostituição, esquemas políticos, ameaças, tudo.

Agora perguntam-me se fiquei entusiasmadíssima com este livro. E eu digo: não. Não é péssimo, porque não é. Mas também não é extraordinário.

É mediano. Tem uma leitura fácil. Lê-se rápido. Mas a história não é fantástica. Não fiquei fã da forma como está narrada. Chega-se a uma altura que é um pouco confuso sem se saber quem narra o quê.

Não é uma desilusão, nem é o livro mais extraordinário que já li.

site: https://www.instagram.com/livrendo.tudo/

Marideth.Francisco 26/01/2024

É uma história pesada e tem um final infeliz.
Confesso que fiquei com raiva porque deseja mais para Karen, ela não merecia nada daquilo.
A história dela faz pensar em como o mundo é injusto e corrupto.

No princípio eu tive dificuldade ao ler porque não existiam "aspas" ou "travessões" para identificar o diálogo, mas depois me acostumei e consegui seguir com a leitura.

carina 19/02/2024

Achei mais ou menos...
acho narrativa desse livro muito confusa, chega uma hora que você não sabe mais quem que está narrando a história e eu senti falta de aviso de gatilhos na sinopse porque esse livro tem uma temática bem pesada

AmadoThriller 20/02/2024

Esse livro foi uma decepção para mim. Logo que vi sobre o lançamento dele fiquei empolgadíssima, pois como uma boa vaidosa que sou, o tema de ter um salão de beleza na história me chamou muita atenção, e eu achei que aconteceriam coisas nesse salão, mas não foi bem isso. A história é até rápida de se ler, li ele todo ontem, e até gera certa curiosidade pois vão aparecendo personagens e casos e você fica querendo saber onde aquilo tudo irá chegar. Mas o livro é totalmente confuso! Em geral ele é narrado pela Claire, uma das clientes da Casa de Beleza, mas tem capítulos que percebemos que outra pessoa está narrando mas não dá pra saber ao certo quem é, é uma mistura danada! Sem contar que alguns trechos são narrados e depois volta no tempo e narra o que aconteceu antes daquilo, também sem aviso nenhum, o que confunde mais ainda. Então eu fiquei perdida em boa parte do livro, entendia a história mas não sabia quem estava contando, e às vezes me perdia se era presente ou passado.
O crime e a investigação em si são meio bobos, fracos, mal explicado e no final ainda fica a dúvida se a pessoa culpada e condenada foi realmente a responsável pelo crime ou não. Eu realmente não entendi o final, se era pra deixar na dúvida ou se eu que não captei mesmo. Ou a pessoa era realmente a culpada e isso foi o plot do livro ou armaram para culpar essa pessoa e deu certo. Só Deus sabe! Eu achei bem fraco esse livro!

Jenni 24/02/2024

"Somos sombras em uma caverna sem saída."
"A Casa da Beleza" apresenta uma trama que poderia ser promissora. Ambientada no luxuoso salão de beleza de Bogotá, onde segredos obscuros permeiam a vida das elites. Karen, uma esteticista talentosa, torna-se involuntariamente envolvida em um complexo enredo após a morte de uma adolescente, expondo as entranhas da corrupção e da injustiça que assolam a sociedade colombiana.
No entanto, apesar da premissa intrigante, o livro falha em sua execução. A narrativa confusa e a falta de clareza nas vozes dos personagens dificultaram a minha imersão, enquanto a ausência de desenvolvimento e carisma nos protagonistas torna difícil se conectar com a história.
Além disso, o foco excessivo na pobreza, drogas e corrupção negligencia outros aspectos da trama, deixando o suspense e a investigação em segundo plano. Como resultado, "A Casa da Beleza" não atinge seu potencial máximo, perdendo a oportunidade de explorar profundamente os temas complexos que prometia abordar. A única coisa minimamente decente foi a exploração dos padrões de beleza e como as mulheres se sentiam com isso.

StellaNpe 24/02/2024

Quando li a resenha me interessei bastante, achei o início mto promissor, porém a história nos leva a lugar nenhum, um final deprimente..

eduarda2470 24/02/2024

A casa da beleza
Que livro bom de ler! Com uma reviravolta bem triste até, deu uma decepção quando a personagem principal não teve um desfecho feliz e miraculoso. Mas acho que foi isso que gostei no livro.

Kaue Garcia 26/02/2024

Podia entregar muito mais
A sinopse era ótima, comecei a ler o livro esperando suspense, plots, mistério ? mas nada disso aconteceu, a história fica muito focada em drogas, prostituiçao, pobreza e o lado do suspense/mistério não é desenvolvido em momento nenhum! O final é péssimo, muito triste

driliotti 13/03/2024

É uma boa história. Mas é só uma boa história. Não foi bem contada, tem um tempo estranho para acontecer o que deixa tudo meio difícil, não tem desfecho.
Não tem personagens bem desenvolvidos e consequentemente não nos apegamos a eles.
Se tivesse melhor desenvolvimento seria incrível, porque é mesmo uma boa história, que tem tudo para ser muito boa.
Mas a forma como foi contada, sem conexão entre uma coisa e outra, acaba deixando o livro a desejar um pouco.
O ponto positivo é que parece que foi escrito e pensado para ser uma crítica à sociedade do país, e cumpre bem esse propósito quando fala de corrupção, dinheiro que compra tudo, e julgamento as escolhas que as mulheres fazem para tentar melhorar suas vidas.
Toda a questão da violência contra mulheres que o livro aborda é delicada, mas faz o livro valer a pena, porque é o que torna ele real.
Enfim, se me perguntarem se eu recomendaria esse livro, a resposta é que sim, apesar dos pontos negativos, sim.

Ingrid Elen 16/03/2024

Uma leitura que foi até rápida.como muitos assuntos sensíveis abordados
Me deu agonia na parte do abuso sofrido.
Mas até que é um suspense legalzinho.

Carla.Parreira 29/03/2024

A Casa da beleza (Melba Escobar). É um livro que se passa em um estabelecimento frequentado pela elite de Bogotá, onde são oferecidos diversos serviços e onde trabalham as melhores funcionárias. A história se concentra em Karen, uma jovem que aceita o emprego para juntar dinheiro e buscar uma vida melhor. Além de desempenhar seu trabalho, Karen também atua como confidente, ouvindo as confissões e dialogando com as clientes. No entanto, tudo muda quando Karen atende uma adolescente cheia de planos e incertezas, que acaba se tornando vítima de um crime. Karen é a última pessoa a vê-la viva, o que a coloca no centro da investigação. A narrativa é principalmente contada por Claire, uma cliente da Casa, que se interessa por Karen. Além disso, o livro apresenta pontos de vista de outras mulheres envolvidas na trama, alternando entre relatos passados e presentes. O enredo aborda as dificuldades enfrentadas por Karen, sua constante sensação de impotência e suas angústias. O livro retrata uma sociedade marcada pela violência, desigualdade, corrupção, criminalidade e abuso de poder, além de questionar os papéis de gênero e os padrões de beleza. A história revela como o dinheiro e a influência podem manipular o sistema, deixando claro que, quando os envolvidos são poderosos, a solução do crime pode ser difícil de alcançar. O final do livro é impactante e triste, mas ao mesmo tempo real e intenso. Ele nos faz refletir sobre a realidade em que vivemos, onde muitas vezes a justiça é falha diante do poder e da influência. O livro expõe as feridas da sociedade e nos faz questionar o mundo em que vivemos.

Melhores trechos: "...Desde bem novinhas, as negras e as mestiças alisam o cabelo com uma chapinha, com creme, com secador, com comprimidos mastigáveis, fazem touca, usam máscaras capilares, dormem com meias-calças na cabeça, usam um selador de pontas de silicone. Ter o cabelo liso é tão importante quanto usar um sutiã, é parte imprescindível da feminilidade, e é preciso fazer qualquer coisa, ter coragem, encher o cabelo de grampos e estar disposta a suportar puxões de cabelo e passar horas nessa função cara e incômoda, mas também necessária se o objetivo é conseguir o liso perfeito... A Casa da Beleza fica localizada na Zona Rosa. O prédio branco, por fora, sugere um ar de limpeza e sobriedade, mistura de clínica odontológica e butique de moda. Ao atravessar suas portas de vidro, a pessoa está no meio de uma terra de mulheres. A recepcionista, atrás do balcão, cumprimenta com seu melhor sorriso. Várias assistentes uniformizadas, maquiadas, penteadas e sorridentes oferecem cremes, perfumes, sombras e máscaras das melhores marcas na loja que fica no térreo. As pilhas de revista se amontoam na mesinha de centro da sala de espera... Karen guardava as gorjetas debaixo do colchão em casa, onde já tinha reunido mais de um milhão de pesos... Karen sabia, a mãe já tinha dito, que sua maior desgraça foi parir uma menina, porque 'os machos fazem o que dá vontade, por outro lado as meninas são obrigação nossa'. Tinha treze anos quando a escutou dizer isso, Karen recorda. Desde então se perguntava, cada vez que conhecia uma mulher, se realmente fazia o que queria ou se era por obrigação. Perguntava-se, também, se era obrigação da sua mãe cuidar do tio ou se era uma cruz que ela tinha escolhido carregar. Não imaginava o que a mãe faria se não tivesse tantas razões para se queixar. Sua mãe era a personificação de uma forma de infelicidade — era a infelicidade tal qual... Sua mãe costumava dizer que tinha faltado uma 'fervida' a mais em Karen. Como quando o arroz fica um pouco duro, ou o espaguete, algo assim, 'talvez porque você saiu da panela antes de estar bem cozida', dizia dona Yolanda, 'talvez tenha sido por isso que você saiu seca, com alma andina'... Só em Cartagena, mais de dez pessoas mortas aparecem como associadas, sem contar os cerca de três mil pacientes clonados… O relatório explica que essas entidades prestadoras de serviços criam e clonam os pacientes, colocam no sistema os que já morreram e fazem receitas de medicamentos que ninguém pede para ficarem com o reembolso do Estado... Assim como as mulheres que vêm aqui: a cada duas semanas, depilação; a cada oito dias, unha; a cada mês, limpeza de pele; a cada três semanas, cílios postiços. E isso sem contar os tratamentos estéticos, a depilação a laser, o botox, enfim, tanta coisa que existe hoje. Eu, de todos os tratamentos, não deixo nunca de fazer a depilação e o alisamento. O alisamento é uma loucura não apenas porque dói, mas também porque fede a ovo podre. Os olhos ardem. Em Cartagena sabem disso. Passam a prancha, enrolam, fazem touca e, de novo, domam os cachos mais selvagens... Acho que é pior ser negra, e não resisto a ser chamada assim, apenas por pessoas que eu sei que realmente me amam e dizem isso com carinho. Na sua opinião eu tenho a aparência de uma negra, dona Claire? Acho que sou mais ou menos da mesma cor do presidente Obama, mas com traços de branca e cabelo de negra. Meu cabelo tem sido uma cruz... Eu, sinceramente, não gosto de cabelo crespo. Fazer o quê? No meu bairro tinha uma negrinha bonita, que deixou o penteado afro. Você pensa que ela conseguiu trabalho? Era muito bonita e estudiosa, mas ninguém queria aquela desordem no escritório, no local de trabalho, na loja e, menos ainda, no seu salão de beleza. Você já viu uma juba afro selvagem e bem crescida? É como um ciclone, um tsunâmi. Mamãe via a moça passar e dizia: 'Vou cortar o seu cabelo um dia desses, quando você estiver dormindo, e vou fazer um travesseiro para mim'. Eu soltava uma risada. A menina estudava numa faculdade diferente. Sociologia, acho. Ela gostava de juntar pessoas, como fazia Nixon, e falar do orgulho e dos ancestrais e de qualquer coisa, e numa dessas reuniões uma senhora que lavava roupa parou e disse: 'E tanto orgulho e essa 🤬 #$%!& toda serviram para você conseguir trabalho?'. Os outros soltaram uma gargalhada. Mas dava pena da garota, porque alguma razão ela tinha, não devemos discriminar os outros por causa do cabelo, isso eu entendo, mas também entendo que um penteado afro não fica bem num escritório... Talvez porque a visse com certa condescendência, com pena ou com a culpa que sentimos quando temos tudo na vida. Não era mais que uma vítima da minha suposta superioridade. Tinha me sentido lisonjeada por ser a confidente de uma beleza do campo, de aparência humilde e reservada. Meu ego tinha me levado a continuar escutando-a, a procurá-la e a oferecer minha ajuda, sem chegar a perceber que estava sendo manipulada. Minha suposta função como psicanalista era subir o véu dos meus pacientes, esse que todos vamos construindo dentro de nós mesmos em relação ao mundo que nos rodeia. As deformações de realidade nos permitem uma proteção do sofrimento, mas ao mesmo tempo tapam nossos olhos. Minha intuição deixou de ser confiável... Primeiro não acreditaram em mim. Depois começaram a fazer apostas de quem seria a próxima a morrer. Desde que estou aqui, uma mulher morreu. Dizem que são mais ou menos duas por ano. Talvez essa seja uma outra maneira de medir o tempo..."

Clarissa 31/03/2024

Quando li a sinopse do livro fiquei super empolgada, principalmente por ser um suspense, onde o plano de fundo é um salão de beleza.
Mas na realidade foi uma grande decepção... a leitura é confusa, devido aos personagens, demora um tempo até perceber de quem se trata a narrativa.
O suspense, como é classificado, pouquíssimo explorado...
Enfim... pra quem espera uma trama cheia de mistérios e intrigas vai se decepcionar.

Gomor 02/04/2024

História triste. Corrupção, prostituição, drogas envolvem uma jovem colombiana que trabalha na Casa da Beleza. Gostei da leitura embora, por vezes, fiquei um pouco confusa com a personagem que está agindo naquele momento ou com nomes que vão surgindo.

Ellie 03/04/2024

Poder
Eram muitos gatilhos mas não foram bem aproveitados. Ficou confuso saber, às vezes, quem era o personagem da vez. Final corrido e frustrante.