Angel 15/02/2017Bom, porém não o melhor da sérieQuando li o quinto livro da série não postei resenha porque o li em uma época que estava começando uma fase nova e fiquei muito enrolada.
No livro 5 temos a história de Vishous, que protagoniza com B o melhor bromance literário, e como ele conhece e acaba se apaixonando por uma humana, mas o romance é algo fora de cogitação, ele tem obrigações perante a raça, e para que ele possa viver esse amor, Phury assume seu lugar como o Primaz das Escolhidas.
Bom, o Primaz da raça / das Escolhidas, é o responsável pela reprodução, para gerar novos membros para a Irmandade, ou seja, ele tem que engravidar uma média de 40 escolhidas.
Só que ele falha miseravelmente com sua obrigação, lá atrás, no livro 5, ele leva Cormia, a que deveria ser sua primeira companheira do Outro Lado (lugar onde residem todas as Escolhidas) para a mansão da Irmandade.
Ele reluta em assumir sua responsabilidade e não se sente digno dela, nem das escolhidas e nem de Cormia e se afunda cada vez mais no abuso de drogas e álcool, com a intenção de calar a voz na sua cabeça.
O mago, que é como ele denomina esta voz que o acompanha desde muito tempo atrás, está sempre apontando suas falhas.
Paralelo a isto, e o enredo gira em torno de muitos personagens, temos o risco da gravidez de Bela, a shellan (esposa) de Zsadist, seu irmão gêmeo, por quem ele egoisticamente acredita estar apaixonado.
Z. não teve uma vida fácil, e o Phury se ressente por vários motivos, e o risco desta gravidez os deixa mal, principalmente o Z.
Um grande destaque que temos vai para John, Qhuinn e Blay e seus próprios conflitos, e também Rehvenge (irmão de Bela), também sua história sendo inserida com bastante intensidade, uma introdução do que está por vir já que o próximo livro é o dele.
E além de tudo, dos problemas internos na Irmandade, vários ataques aos membros da aristocracia começam a acontecer.
Ômega (o capeta da história, digamos assim), tem uma nova carta na manga, algo que pode mudar o rumo da guerra e quem sabe conseguir seu grande objetivo de que a sociedade redutora destrua de vez os vampiros.
Algumas pessoas podem se perguntar como pode ter tanta história para uma série tão grande, já tem mais de 12 livros publicados com pelo menos 500 páginas cada, mas a acda livro que leio me surpreendo mais e mais com a riqueza desse universo que a Ward criou.
O romance e o Phury tiveram pouco foco neste livro, os outros núcleos e a guerra e muitos conflitos tiveram mais espaço, e a autora não trata nada de forma rasa.
Confesso que senti Phury e Cormia bastante ofuscados nos enredo, com a questão do Rehv, os ataques e a inserção de um casal homoafetivo (que eu já shippava faz tempo).
Claro que nos capítulos finais Phury e Cormia chegam a um, ou melhor, vários impasses e várias regras e costumes e tradições são questionadas. afinal, manter as 40 escolhidas confinadas, a mercê do Primaz não é o certo, e isso começa a incomodar o Phury, principalmente depois da Cormia entrar em sua vida. Achei bem legal a autora trabalhar essa desconstrução.
Eu não gostava do Phury por causa da inveja que sentia do irmão, e entrando na cabeça dele dá para perceber o quanto ele estava perdido, mas ainda assim continua na base da minha pirâmide de preferência.
Sempre tem algo acontecendo, o que não deixa a história lenta apesar de todos os detalhes. E a escrita da Ward é bem fluída, o que deixa tudo ainda melhor.
E a narrativa é em terceira pessoa, abrangendo os vários núcleos e personagens, então sabemos exatamente o que cada um sente e pensa.
Quem ainda não leu nenhum livro pode ficar bem perdido com tanta coisa, mas pra quem gosta de vampiros, com um toque hot, e bastante ação eu super recomendo a leitura.
site:
http://a-libri.blogspot.com.br/2017/01/resenha-amante-consagrado-j-r-ward.html