Cris 30/12/2021
Resenha ou pedido de casamento? Ainda não sei ...
Em primeiro lugar, não sei se resenho ou declaro meu amor por Luca Vitiello.
Em segundo lugar, eu não sei de mais nada em minha vida, pois nunca, nunca achei ser possível me apaixonar por um mafioso.
? Eu era o menino que matou seu primeiro homem quando tinha onze anos.
Eu era o adolescente que esmagou a garganta de seu primo aos dezessete anos.
Eu era o homem que se banhava no sangue de seus inimigos sem um lampejo de remorso, que saboreava seus gritos como se fosse uma fodida sonata de Mozart.
Monstros são criados, não nascem assim. Besteira, eu nasci um monstro. Crueldade corria nas minhas veias como veneno.
Tive conhecimento de 'Luca Vitiello' assim que iniciei a leitura de 'Ligados pelo Ódio' que é o terceiro livro da série 'Born in Blood Mafia Chronicles' de Cora Reilly. Eu já sabia que ele, praticamente, seria uma releitura do primeiro volume, 'Ligados pela Honra', porém, com o Luca nos contando sua história.
Bem, queria mesmo vir até aqui e apenas escrever que o livro é repetivo ( e não deixa de ser ) e desnecessário e, embora tenha alguns acontecimentos inéditos sobre sua vida, não vale a pena. Mas, não vou mentir! Li 'Luca Vitiello' com um olhar apaixonado e apenas queria mais; mais dele, mais do casal, mais de tudo que pudesse envolver esse universo e essa série que me pegou de jeito.
Assim que iniciei a leitura já fiquei mal por ler uma criança de nove anos presenciar uma cena de suicídio e ainda por cima ser espancada. Pior ainda foi saber que essa criança apanhou do próprio pai que desde muito cedo o ensinou a ser destituído de emoções e de princípios. Luca foi iniciado aos onze anos e desde então mergulhou seu coração na crueza de seu destino, nasceu na Máfia e foi jurado a ela até o fim de seus dias.
Não entrarei em detalhes acerca da história, além de já termos o conhecimento dela pelos olhos de Aria, a trama em si não pede tantas palavras. O que difere bastante é que nesse livro somos inseridos no mundo da Máfia italiana por intermédio do Luca que será o futuro Capo da Famiglia, aqui entendemos melhor seu "trabalho" e sua mente. E vou dizer que a autora Cora Reilly sabe direitinho o que fazer, ela trouxe para o papel tudo o que eu queria saber do protagonista que mesmo sendo um assassino cruel e tempestuso, não deixa de ser um Homem maravilhoso ao adentrar em seu apartamento que divide com Aria, sua esposa e sua única fraqueza.
O que mais gostei nesse livro sem sombra de dúvida foi ler cada vulnerabilidade, fragilidade e nuance do protagonista à deriva. Sentir suas intrínsecas barreiras caindo a cada toque e palavra de carinho proferidas pela Aria foi apaixonante, e gente... o que foi o Luca tremendo dos pés a cabeça sentindo medo por estar amando-a?
Logo no início do livro percebemos que amar e ser chefe de uma organização criminosa é o mesmo que gritar aos quatro ventos que você é uma pessoa fraca e despreparada, sendo assim, cada olhar desarmado e indefeso contou e muito para mim, e digo mais: Se existe amor nesse cenário caótico, sombrio e mortífero, Cora Reilly é a mulher dos enlaces que beiram à perfeição. Luca e Aria não me deixam mentir rs!! ?
? Você me ama, ? repeti. Ninguém nunca disse essas palavras para mim. Ninguém deveria.
? Você não deveria me amar, Aria. Eu não sou alguém que deveria ser amado. As pessoas me temem, me odeiam, me respeitam, me admiram, mas não me amam. Eu sou um assassino. Eu sou bom em matar. Melhor provavelmente do que em qualquer outra coisa, e não me arrependo. [*****], às vezes até me divirto . Esse é um homem que você quer amar? Aria me deu aquele sorriso; o sorriso que explodiu como um raio de sol através da minha escuridão, que aqueceu até meu coração frio.
? Não é uma questão de querer, Luca. Não é como se eu pudesse escolher deixar de amar você. ? ela sussurrou.
'Luca Vitiello' foi escrito em 2019 e até o momento não foi publicado no Brasil, ele pode ser lido antes ou depois de 'Ligados pela Honra' pois não traz acontecimentos cronológicos que possam estragar as leituras em sucessão. Indico sobretudo aos fãs do casal. E claro, ficou óbvio que Reilly já tem um "mocinho" favorito que também tornou-se meu preferido. Sim. Estou irremediavelmente apaixonada por esse Vitiello.
Adeus.
? Toda a minha vida eu pensei que me tornar Capo seria o maior triunfo da minha vida. Não o dia mais feliz, porque eu não conhecia a verdadeira felicidade. Mas agora, quando eu encontrei o olhar amoroso de Aria, eu sabia que ela era minha maior vitória. Só ela trouxe felicidade em dias de sangue e violência, só ela poderia encher meu mundo escuro com luz. Ela era minha luz, meu amor... minha vida. Com o sorriso que sempre me pegou, ela pressionou a palma da mão contra a minha tatuagem da Famiglia, bem em cima do meu coração. Um coração cruel que só bateu por ela.
? Meu,? ela disse sem dúvida. Eu segurei seu olhar.
? Sempre.