A vaca e o hipogrifo

A vaca e o hipogrifo Mario Quintana




Resenhas - A vaca e o hipogrifo


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Cleber 03/07/2023

Quintana
A leitura interrompida

A nossa vida nunca chega ao fim. Isto é, nunca termina no fim.
É como se alguém estivesse lendo um romance e achasse o enredo enfadonho e, interrompendo, com um bocejo, a leitura, fechasse o livro e o guardasse na estante. E deixasse o herói, os comparsas, as ações, os gestos, tudo ali esperando, esperando...
Como naquele jogo a que chamavam brincar de estátua.
Como num filme que parou de súbito.
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Erick 15/09/2012

Em tempos de modernidade, quando o caos e o barulho se integraram de tal forma em nossas vidas, Quintana versa:
" Hoje, o que mais se precisa é de silêncios que interrompam o ruído"

Quando indagado se a poesia não devia alienar-se dos prloblemas sociais, Quintana solta esse verso encantador.
" Peço licença para obervar-lhes que o velho Karl Marx só escrevia poemas de amor"

Contrariando o senso comum de que a ação deve ser imediata e racional, Mario nos ensina uma preciosa lição:
" Toda opção é um ato de desespero"

" Um bom poema é aquele que nos dá a impressão de que está lendo a gente. E não a gente a ele!"
Penso que essa frase serve não só para a poesia, mas como para a arte em geral, cinema, música, enfim...Quando temos essa impressão de que algo lê a gente, isso nos cativa de forma sublime.

Mario Quintana é um grande intusiasta da vida. Seus poemas nos faz querer viver mais e mais. Para ele, a vida é um monte de coisa a se descobrir, tanto que afirma:
" o suicídio só pode ser uma grande falta de curiosidade"
Leandro Coelho 20/08/2016minha estante
Citando os versos do próprio Quintana, sua resenha tornou-se além de coesa, belíssima.




none 16/02/2022

Favorito para reler
A poesia de Quintana em todas as suas formas textuais (crônica, sátira, citação, chiste, trova, tradução, verso) trata da vida, do seu tempo, para o leitor e a leitora de todos os tempos, presente e futuro, para que quem lê tome consciência e desacelere, aceite a tecnologia sem exageros, simplifique, o poema não necessita ser forçadamente rimado. As amizades do poeta com o conterrâneo Érico Veríssimo e o ator José Lewgoy entre outros, as traduções que ele mesmo fez (de tantos clássicos) e de outros tradutores estão presentes aqui, mas sem a forma pedante característica dos (maus) ensaios. Quintana brinca com a palavra, com textos dele mesmo e de outros autores, distingue ironia de piada, torce o nariz para as ofertas televisivas, fuça textos antigos e livros que amou ler, satiriza as entrevistadoras curiosas sobre a sua vida íntima e sua forma de escrever. Vale muito a pena, um dos melhores de poesia em nossa língua.
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Robertaxs 22/04/2023

A vaca e o hipogrifo
Simplesmente incrível! Meu primeiro livro de Mario Quintana me surpreendeu, dei boas risadas. Obrigado biblioteca da escola por me apresentar essa obra de arte!
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Adriana Scarpin 19/02/2019

Esse livro é tão delicioso que nem sei. Misto de crônicas, micro-contos e poemas dá vontade espalhar citações dele por todo canto.
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Nathalya Porciuncula 16/12/2020

Leitura de aconchego
É sempre uma satisfação pra mim ler um livro do meu querido Mario Quintana. É, assim, íntimo mesmo, porque sinto como se ele fosse meu, meu amigo, meu avô, sei lá. Um alguém que tá sempre ali me esperando, disposto a me contar uns causos, umas coisas da vida, de Porto Alegre dos anos passados. Ele fala de tudo, fala sobre o clima, sobre as ruas, pessoas que conheceu, noticias do jornal, faz até fofoca esse danado! E ainda por cima tem um humor ácido, uma ironia sempre na ponta da língua, digo, na ponta da caneta.
E faz tudo isso ora com poesia, ora com prosa. E eu adoro!
?
"Não pretendo que a poesia seja um antídoto para a tecnocracia atual. Mas sim um alívio. Como quem se livra de vez em quando de um sapato apertado e passeia descalço sobre a relva, ficando assim mais próximo da natureza, mais por dentro da vida. Porque as máquinas um dia viram sucata. A poesia, nunca.

Poema intitulado "De uma entrevista para o boletim do IBNA" presente no livro "A vacabe o hipogrifo".
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Ramon.Jung 15/03/2021

Da vaca ao hipogrifo
Leitura interessante, leve, para ser lida aos poucos, sem pressa - talvez, sem compromisso. Entendo que essa é a proposta do livro. Você pode ler como quiser: do fim para o início, apenas o meio, do jeito tradicional... o que você vai encontrar são poemas diversos - da vaca ao hipogrifo - que vão causar sensações bem plurais. E isso é o legal, pois vai depender de cada um. Cada um vai "absorver" os poemas que lhe couber, como couber.

'Há ilusões perdidas mas tão lindas que a gente as vê partir como esses balõezinhos de cor que nos escapam das mãos e desaparecem no céu'
Monica 15/03/2021minha estante
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Lari 20/06/2020

Muitas conexões, muitas epifanias.
A única desvantagem foi que não consegui entender todas as referências dele. Acredito que pelo contexto e gostos pessoais. Mas em geral é maravilhoso!
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Manu 30/05/2022

As sutilezas das coisas simples
Trata-se de reunião de poemas que mesclam o cotidiano com o imaginário. É uma leitura que fiz às pinceladas, pois cada um traz um singularidade que merece ser apreciada de cada vez.
Alguns me fizeram rir, outros, amar, e ainda outros me fizeram refletir sobre questões simples e que nunca paramos pra pensar por que é assim.
Mario Quintana tem esse poder de fazer do simples, singelo e filosófico.
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Ana 03/09/2019

Quintana roubou-me as palavras
Apesar de ser meu primeiro contato mais íntimo com o autor, pude sentir-me completamente despida a maior parte do tempo. Para que interpretar um poema, se um poema já uma interpretação?
Para que interpretar um poeta se um poeta já é um ser auto-interpretado? Fui levada a momentos de dor, alegria, nostalgia e sofrimento nessa obra. Fui lida e relida como nunca antes. E, cá entre nós, eu adorei isso.
Se quiseres começar a ler os pensamentos e pontos de vista de Mario Quintana, indico-lhe começar nesses aqui.
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Ingrid 11/02/2020

Essa edição traz crônicas, poemas, anedotas, anotações e até frases publicados, por mais de uma década, no suplemento literário do Correio do Povo, de Porto Alegre. Alguns até foram publicados simultaneamente na Folha de São Paulo. Diferente dos demais autores do gênero, Mario Quintana consegue ser simples e cotidiano na sua escrita. Acredito que seja exatamente por isso que é tão conhecido. Não há como o leito não se identificar em algum momento com alguma de suas crônicas, e até mesmo com frases. A leitura é fluída, e só é possível parar a leitura quando se chega na última página.
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Matheus945 19/05/2020

Obrigado e até nunca mais
Primeiramente feliz que terminei de ler esse livro por que com ele me veio a certeza de não ler mais nada desse autor.

Eu não sei como definir a falta de interesse que tive por cada texto em que ele falava sobre poetas e poesias, enchia o texto de adjetivos para falar sobre poesia mas na hora que de fato vinha uma poesia dele, não senti absolutamente nada de extraordinário. Acredito que isso se deva a um texto em específico desse livro chamado ?Clarividência? em que ele diz o seguinte: ?O poema é uma bola de cristal. Se apenas enxergares nele o teu nariz, não culpe o mágico.? E um outro em que ele diz ?esse tão badalado realismo fantástico existiu sempre: é a poesia.? E assim, acredito que em toda forma de arte, existe uma certa vaidade com o trabalho que se faz, é necessário que tenha, se você não der valor, quem vai? Mas tive a impressão que Quintana foi tão exagerado nos elogios, que ficou até meio pretensioso e irritante. Chegou uma hora em que quando eu vi que ele ia falar sobre poesia, mais ao final do livro, que eu já pulava pro próximo texto.

Em relação às crônicas do autor, não gostei muito, simplesmente sem razão. Mas não digo que é um livro descartável, tem algumas passagens que achei legais, mas foram bem mais escassas do que imaginei que iria gostar.
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iara360 24/01/2023

da vaca ao hipogrifo
se tudo está no mundo, tudo poderia estar ~de outro modo~ no mundo.
e é isso que o Mário fazia.

disse pra mim que ia colocar todos os trechos que marquei aqui no skoob, mas tenho preguiça de digitar eles, então.... só lendo pra saber.

4/5.
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