Torto arado

Torto arado Itamar Vieira Junior




Resenhas - Torto arado


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karolkv 27/05/2024

Um dos melhores livros que eu já li.
Um livro sobre a força do povo (mulheres principalmente) negro, nordestino, quilombola e sertanejo.

O autor conseguiu me deixar emocionada nas partes que falam sobre a relação dos personagens com a religião. acho que nunca tinha lido uma abordagem tão sensível sobre a fé.
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belaxzy 27/05/2024

Sobre a terra há de sobreviver o mais forte
Eu tive uma pequena dificuldade com a fluidez do livro, porém ele é muito bem escrito e nos trás a reflexão da sociedade racista, xenofóbica e cruel com as mulheres, é um grande exercício de empatia! pois diversas vezes me vi na pele das personagens e imaginando como seria difícil suportar as suas dores, sensacional!!
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Bebeie 26/05/2024

Torto arado
Esse com certeza foi um dos melhores livros que eu já tive a oportunidade de ver. É um retrato fiel da realidade de muitos brasileiros que sofrem com a invisibilidade e a exploração em vários sentidos. Adorei a forma como o escritor trabalha essa relação com a terra e todo o contexto histórico presente. É um livro totalmente incrível.
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Jeniferrjurca 26/05/2024

Esse livro, relata o tanto que nossa gente sofreu, conta um pouquinho da história como foi a passagem depois que houve as famosas cartas de euforia ? o descaso que passaram pela marginalização, pela falta de moradia, não tenho palavras para descrever?Me fez abrir os olhos para muita coisa que passava desapercebido?
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Nath 26/05/2024

Um daqueles que permanece mesmo depois de muito tempo...
"O medo atravessou o tempo e fez parte de nossa história desde sempre. Era o medo de quem foi arrancado do seu chão. Medo de não resistir à travessia por mar e terra. Medo dos castigos, dos trabalhos, do sol escaldante, dos espíritos daquela gente. Medo de andar, medo de desagradar, medo de existir. Medo de que não gostassem de você, do que fazia, que não gostassem do seu cheiro, do seu cabelo, de sua cor. Que não gostassem de seus filhos, das cantigas, da nossa irmandade."


Torto Arado nos apresenta a história de duas irmãs - Belonísia e Bibiana - que tiveram suas vidas marcadas ainda na infância por uma grande tragédia.

Com um pano de fundo árido, o livro nos apresenta a realidade de uma comunidade quilombola marcada por conflitos sobre os domínios da terra, o direito dos trabalhadores, a ancestralidade, a religião e a (ausência) de educação.

A obra conta com três capítulos, sendo que cada um nos apresenta uma narradora. Acredito que essa mudança de narradoras aproxima ainda mais o leitor da obra - afinal de contas são tantas camadas sendo exploradas ao mesmo tempo, e cada personagem vai trazer um ponto de vista diferente para a questão central.

Li muitos comentários de leitores que informaram que não se sentiram envolvidos pela narrativa, mas a experiência aqui foi completamente diferente. A obra me prendeu desde o primeiro capítulo e não pude largar o livro enquanto não finalizei.

Destaco aqui também a cena onde é revelado o motivo do título do livro - essa cena não sai da minha cabeça!

Recomendo muito a leitura nesse que, com certeza, se tornará um grande clássico nacional!
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Gabriel1994 26/05/2024

SOBRE A TERRA HÁ DE VIVER SEMPRE O MAIS FORTE ?????
Um livro com várias camadas, pautas e extremamente necessário. A obra de Itamar viera é divido em três capítulos,
Fio de corte, Torto Arado e Rio de Sangue, todos narrados respectivamente por Bibiana, Belonisía e Santa Rita pescadeira. Apesar do livro não falar em que época se passa, vc começa a desvendar pelo menos o período, e isso começa há deixar as coisas mais tensas.
Nesse sentido, acho incrível como a Autor abordou os temas de religiosidade e a relação com a terra em si, pois, ao meu ver, esse eixos se encaixam, o jeito como faz parte da cultura e importância para o povoado de Rio negro, como as suas crenças fazem parte do seu cotidiano e até mesmo o modo em que eles veem a terra em que vivem. Todavia, as críticas de Itamar viera quando se tratam a escravidão e direito sobre a terra é como uma facada no peito do leitor, visto que, a forma como ele constrói uma história dolorida desse povoado, os abusos que eles sofrem, e como os grandes donos de terras conseguem bular as leis, usufruir da mão de obra , e depois simplesmente jogar fora é algo revoltando, pelo fato de ser algo não muito fora da realidade. Além disso, as relações pessoais, em especial a das irmãs, é algo magnífico, pois quase como uma tragédia grega, elas ficam conectadas em um só ser ,após um acidente com uma faca ( que aliás tem um peso importante para a história) e como ambas se comunicam se tornou uma coisas só delas, uma forma de comunicação que as uniu , simplesmente perfeito, meu capítulo favorito é torto Arado, coincidência ou não, é o maior capítulo narrado do livro, por alguém que nem fala.
Portanto, um livro lindo e doloroso, rico em crenças e regionalismos, um clássico contemporâneo.
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Aline 26/05/2024

Nossa!
Eu fui ler esse livro por causa do vestibular, não esperava muito, achava que seria um livro monótono e cansativo. Mas a história é bem fluída, cheia de críticas e curiosidades incríveis.
O livro se passa num Brasil pós abolição da escravidão, com os filhos de ex-escravos conquistando seu direitos básicos.
Recomendo o livro para quem quiser aprender um pouco mais da história e cultura desse Brasil.
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Mareufq 25/05/2024

Sobre a terra há de viver sempre o mais forte
?Foi assim que me tornei parte de Belonísia, da mesma forma que ela se tornou parte de mim. (?) assim que crescemos, aprendemos a roçar, observamos as rezas de nossos pais, cuidamos dos irmãos mais novos. Foi assim que vimos os anos passarem e nos sentimos quase siamesas ao dividir o mesmo órgão para produzir os sons que manifestavam o que precisávamos ser.?

?Aprendia que tudo estava em movimento ? bem diferente das coisas sem vida que a professora mostrava em suas aulas. Meu pai olhava para mim e dizia: ?O vento não sopra, ele é a própria viração?. E tudo aquilo fazia sentido. ?Se o ar não se movimenta, não tem vento, se a gente não se movimenta não tem vida?, ele tentava me ensinar.?

?Havia sido parido pela terra. Achava engraçado
vê-lo utilizar essa imagem para afirmar sua aptidão para a lavoura. Nunca havia pensado que tinha sido parida pela terra. A terra paria plantas e rochas. Paria nosso alimento e minhocas. Às vezes paria diamantes, escutava dizer.?

?Aquela fazenda sempre teria donos e nós éramos meros trabalhadores, sem qualquer direito sobre ela. Não era justo ver Tio Servó e os filhos crescendo espantando os chupins das plantações de arroz. Não era justo ver meu pai e minha mãe envelhecendo, trabalhando de sol a sol, sem descanso e sem qualquer garantia de conforto em sua velhice.?

?Meu pai, quando encontrava um problema na roça, se deitava sobre a terra com o ouvido voltado para seu interior, para decidir o que usar, o que fazer, onde avançar, onde recuar. Com um médico à procura do coração.?
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Fafhy 25/05/2024

Torto Arado
Que livro!!!
Estou sem palavras pra descrever o quanto esse livro me arrebatou.
É a história de vida, mas também de morte, de duas irmãs, que logo no início tem sua trajetória marcada por uma fatalidade.
No início confesso que achei a leitura um pouco arrastada, porém quando a Belonísia começa a narrar, tudo muda.
Bibiana e Belonísia são muito próximas, uma se torna a voz da outra por muito tempo, até que Bibiana decide se aventurar e buscar uma vida melhor.
Belonísia permanece, e nesse momento ela cresce na história.
Fazia muito tempo que eu não via uma personagem tão forte, e a força dela é inerente a ela, ela já nasceu forte e destemida.
O livro faz uma ?reverência ?, por assim dizer, á religião de matrizes africanas, sem perder a essência ou cair na mesmice e senso comum.
O livro é uma obra de arte, um primor.
A crítica social, a luta de classes, a posse da terra e os direitos dos trabalhadores em situação análoga a de trabalho escravo são muito bem descritas pelo autor.
Eu considero esse um livro sem falhas.
Itamar Vieira Junior merece todo o reconhecimento por este livro.
Eu recomendo a leitura.
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Amanda3107 24/05/2024

Sem palavras
Realista, enigmático e incrível.
Eu n tenho palavras pra dizer como esse livro me impactou, foi favoritado.
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júlia. 24/05/2024

Vai virar facilmente um clássico!
A sutileza e profundidade que o autor escreve encanta qualquer leitor! os capítulos curtos tornaram a leitura mais dinâmica e me fez ficar mais imersa ainda. quando chegou no último capítulo, eu tava questionado o porquê dele ter escolhido aquela narradora, mas na última página entendi tudo! senti tudo junto aos personagens. apenas lindo lindo lindo!!!!
ValAria34 24/05/2024minha estante
Concordooo


ValAria34 24/05/2024minha estante
Tb me senti assim


Elaine848 24/05/2024minha estante
Sim,Vdd!!! ??


Elaine848 24/05/2024minha estante
Amo esse livro ??




Beatriz3345 24/05/2024

Literatura brasileira excelente
Muito leve, fácil de compreender,o sertão retratado de uma maneira linda,clara e apaixonante. A história de duas irmãs unidas por um acidente,afastadas por um homem,mas nunca deixaram o amor de lado.
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Janine72 24/05/2024

História de gente FORTE e sofrida
A dureza da vida humilde de duas irmãs? unidas pelo sangue? das veias e das línguas?. os enredos e histórias da família?

Tudo isso em meio ao resgate da vida e da realidade do interior desse Brasil lindo.
Um livro que resgata e exalta as histórias, os costumes, o folclore e a realidade do sertão baiano.
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Amy 24/05/2024

Absolutamente espetacular!
Leitura que, apesar de carregar o fardo da injustiça humana e a dor da perda do que (não) se tem, flui com a leveza de palavras que imergem o leitor como um homem de fé em seu batismo.
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