Resenhas - A mercadoria mais preciosa

Bia.Ribeiro 30/01/2021

``Eles passaram e repassaram ,noite e dia, na indiferença total...´´
10/10
Curto e emocionante. Gosto muito de como o autor abordou o amor, tanto como sacrifício quanto como empatia, e a parte histórica ,que foi retratada de forma simples sem deixar de ser triste e profunda. Me deixou muito emotiva ver a dor dos personagens tendo que lidar, infelizmente , com esses acontecimentos sombrios e desumanos.`

``... ninguém ouviu os gritos dos comboiados, os soluços das mães misturando-se aos estertores dos velhos, às orações dos crédulos ,aos gemidos e aos gritos de terror das crianças separadas dos pais já entregues ao gás´´

leiturasdabiaprado 27/04/2023

Uma fábula sobre o holocausto, um conto curto, rápido e profundo!
Devorei na hora do almoço e estou aqui trabalhando e ainda pensando na profundeza da narrativa...
Um trem que levava judeus para os campos de concentração, dentro dele uma jovem família, pai, mãe e dois bebês gêmeos...
Durante o trajeto a mãe não mais consegue ter o mesmo leite e alimentar os bebês...
Paralelamente temos um casal de lenhadores que mora às margens do trilho, também sofrem com a fome gerada pela guerra... mas, além da fome a lenhadora sofre com o ninho vazio, o sonho não realizado de ter tido filhos...
Ela sempre vai ver o trem passar, acredita que ele é um trem de mercadorias, que ali dentro tem mantimentos, bens, vidas... todos os dias ela sonha em ir com o trem ou ao menos receber algo dele...
Um dia, o trem passa com a jovem família e o pai no desespero da fome lança um dos bebês, na esperança que ao menos um sobreviva com o pouco leite materno...
A lenhadora acolhe o bebê e acredita que o mesmo é um presente dos deuses do trem!
Uma história que não termina aqui e que eu não darei spoiler, mas que recomendo!

DAbora311 10/12/2020

Neste nosso mundo ninguém pode ganhar nada sem aceitar perder alguma coisinha.

Fábio Nogueira 16/02/2020

Apaixonante
Uma fábula para adultos. Confira!

Rodrigo1001 11/09/2023

Lembrar para nunca esquecer (Sem Spoilers)
Título: A Mercadoria Mais Preciosa
Título original: La Plus Précieuse des Marchandises
Autor: Jean-Claude Grumberg
Editora: Todavia
Número de páginas: 80

Procuramos os livros mais grossos, os livros que nos acompanham, as histórias mais extensas que nos convidam a entrar e nos transportam durante dias e semanas seguidas, absortos em nossos sofás, lendo, lendo e lendo enquanto o mundo se desfaz janela afora.

Ansiamos por personagens multidimensionais, multifacetados, profundos, desenvolvidos e envolventes. Narrativas que distorcem e reviram e movem a história continuamente para algum ponto no futuro distante, para algum ponto do passado longínquo. Buscamos por reviravoltas, por um final apoteótico.

80 páginas.

Isso foi tudo que Jean-Claude Grumberg precisou para entregar tudo o que descrevi acima, da forma mais economicamente singela que já vi em anos de leitura.

Condensou uma história gigante em um livrinho de 80 páginas, pasmem – em uma fábula!

Uma história que deveria ter sido mesmo só uma fábula, jamais uma realidade! Uma ficção de desumanidade, amor, bondade, resiliência, arrependimento, salvação, tenacidade e angústia.

Uma história que ressoa com sua brevidade necessária, ricamente estratificada em seus capítulos curtos. O epítome da simplicidade.

E cada capítulo deixando seu coração acelerado.

E cada capítulo deixando seu coração esfacelado.

E com uma história das mais difíceis de se escrever a respeito, mas, ainda assim, tão lindamente contada.

O núcleo desse livro é a tragédia do Holocausto. Isso deixa pouco espaço para o sentimento, para a compaixão - esmagadas pela brutalidade e pelo ódio sem sentido.

No entanto, nestas 80 páginas, há toda a compaixão e amor de que precisamos.

E o amor sempre vence, como bem sabemos.

Uma manhã de leitura que vai ficar comigo. Poderoso e comovente, em tão poucas palavras. E nenhuma delas foi desperdiçada ou supérflua.

Leia este livro, por favor.

Leva 5 de 5 estrelas cadentes.

Bookster Pedro Pacifico 02/03/2023

A mercadoria mais preciosa, de Jean-Claude Grumberg
Uma leitura que pode facilmente ser feita em um único dia, mas que fica muito tempo nos seus pensamentos. Essa pequena obra, construída quase como se fosse uma fábula, encanta pela sensibilidade e incomoda pela tristeza dos acontecimentos descritos.

É na simplicidade da narrativa e de seus personagens que o autor conquista ao descrever a brutalidade do nazismo e dos campos de concentração. O autor francês, conhecido pelo seu trabalho como dramaturgo, nos traz um acontecimento histórico que foi por ele vivido. Quando ainda criança, viu seu pai ser levado para um campo de concentração, do qual nunca voltou. Essa relação pessoal que o Grumberg tem com o fato histórico com certeza trouxe mais sensibilidade na hora de escrever o texto.

Um casal de lenhadores, muito humildes e pobres, tentam sobreviver ao frio inverno em que a escassez de comida é uma preocupação constante. Ao leitor pouco é apresentado sobre o casal além do sofrimento diário. Mas suas rotinas imutáveis acabam se transformando quando um trem que atravessa seus caminhos lhes fornece uma surpresa.

Não posso contar mais sobre o enredo, porque a descoberta de cada passo desse caminho literário que o autor constrói para nós é uma experiência marcante. Recomendo você começar a leitura sem procurar mais saber sobre o que encontrará.

Um livro sobre escolhas dilacerantes e sobre o amor como laço que une o desconhecido.

Com essa curta resenha, deixo a minha forte recomendação que, sendo bem clichê, não leva tem joia só no nome, mas também em suas páginas.

Nota 10/10

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Quel 31/01/2021

Leitura que prende o leitor.
Gente, esse livro é incrível, leiam.
Saio dessa leitura com o coração dolorido, um livro que em poucas páginas traz alegria, e tristezas.
Li em 6 hrs mais ou menos de tão envolvente que é essa leitura.
Saio com sede de quer ler mais sobre essa parte da história onde os Judeus sofreram uma barbaridade qua não cabe no peito de quem tem coração.
Por favor me indiquem leituras curtas e para leigos sobre o assunto.

Rafael 22/09/2019

Uma fábula para um dos piores momentos da humanidade.
Assim como em "O menino do pijama listrado" ou "A menina que roubava livros", esta fábula narra uma história de sobrevivência de duas perspectivas de forma delicada (uma de judeus sendo mandados para a execução e outra de alemães que sobrevivem). A delicadeza deixa a obra tocante. É simples, trágica, triste e bonita. Há inúmeras referências históricas escondidas no texto que apenas quem tem um aprofundamento sobre irá pescar. Mas mais importante que a história em si, é o motivo de nunca deixarmos esquecer o que aconteceu. O autor é filho e neto de judeus que foram mandados para execução durante a segunda guerra mundial.

Célia 01/12/2019

Maravilhoso
Tocante, intenso. Favorito do ano.

Joyce Chies 17/08/2021

A mercadoria mais preciosa
Esse livro foi escrito como uma fábula para narrar um recorte de um dos acontecimentos mais tristes e desumanos da história: o holocausto na segunda guerra mundial.

É um livro pra ler numa tarde, pois são apenas 80 páginas. Levei mais tempo para tentar assimilar melhor a história, li com calma. Achei muito triste, mas a preciosidade dita no título se apresentou: o amor de uma mãe por um filho, que a tudo supera e que dá esperança para continuar.

É um bom livro para conhecer um pedacinho, um pequeno recorte dos tantos horrores vividos pelos judeus na segunda guerra mundial.

Letícia 23/06/2020

Uma fábula? A realidade?
Fato é que sendo fábula, realidade ou não. Esse texto curto e preciso nos mostra como o amor pode mudar tudo.
Independente do que a vida nos faz vivenciar, nesse caso, estamos em plena Segunda Guerra Mundial. O medo, a morte, rodeia tudo e todos.
Um casal de lenhadores que não tem filhos, mas que a pobre lenhadora sonha sempre, recebe então a mercadoria mais preciosa.
O que é mais precioso para você?
O amor e a vida são nossos bens e mercadorias mais do que preciosos.
Um texto para aquecer nosso coração!
Empatia e amor sempre!

iagofelipeh 20/04/2020

Emocionante
Fiz uma resenha com quase dois mil caracteres e o skoob não salvou. Lamento.

Portanto, dessa vez vou apenas pontuar que a obra é inovadora dentro do subgênero de Segunda Guerra, é uma fábula singela, humana e emocionante! Recomendo a leitura, sem mais!

(Fico de bronca com o sistema do skoob pelo erro crasso)

Arthur Sayão 20/09/2019

O amor sempre vencerá
No mês em que se completam 80 anos do início oficial da segunda guerra mundial, vejo uma indicação de fábula do @christianassuncao em seu Instagram. Sempre interessado pelo tema, resolvo lê-la. Numa lapada só, devoro as 73 páginas de uma fábula singela, contundente e encantadora. Sem querer diminuí-la com adjetivos vagos, deixo a minha impressão principal numa frase: diante de tantas adversidades, ignorância e desespero, o amor sempre vencerá.

No ritmo de fábulas clássicas, Grumberg vai tecendo uma comovente história de amor, superação e crueldade ignorante. Mesmo não citando nomes, identificamos imediatamente o contexto histórico pela data e tratamento característico aos "sem-coração".

O autor, famoso roteirista de cinema e autor de livros francês, cria uma narrativa que prende o leitor com a doçura da escrita e a tensão de um ambiente hostil. Um trem que corta uma gélida floresta onde vive um casal de lenhadores, é interpretado pela sonhadora e humilde mulher como sendo de felizes viajantes. Acreditando que estão em viagem, a pobre lenhadora sempre espera algum presente desses "felizes" viajantes que diminua a sua situação de miséria. É aí que sua perseverança é presenteada com uma "mercadoriazinha" que muda completamente sua vida.

Fábula tocante e que nos traz um fio de esperança baseada no amor inato entre seres humanos. Amor acima de qualquer intolerância.

"É isso a única coisa que merece existir nas histórias como na vida verdadeira. O amor, o amor oferecido às crianças, às suas como às dos outros. O amor que faz com que, apesar de tudo que existe, e de tudo o que não existe, o amor que faz com que a vida continue." (Jean-Claude Grumberg)

Léo 24/05/2024

Uma história que poderia ser real (e talvez até tenha sido). Uma fábula que conta um momento de horror e desgraça da raça humana. Um momento de amor e entrega, que também acaba levando à alegria e a morte.
Uma fábula singela, cuja história transborda assim como suas lágrimas vão transbordar dos olhos ao enxergar à realidade de todos os personagens.

Nath Mel 09/02/2020

Fábula delicada e melancólica
Uma rabula singela e melancólica que explora o amor de um pai ao abandonar sua filha no vagão de um trem rumo aos campos de concentração. Também acompanhamos a vida de uma pobre lenhadora, que recebe essa criança com muito amor e benção, e que luta pela sua sobrevivência. Podemos perceber com tristeza como os judeus foram tratados durante o Holocausto, sendo muito triste reviver esse momento através da literatura. O autor é judeu e descendente de sobreviventes que teve o objetivo de descrever com delicadeza os acontecimentos nesse período.