RAFAPREIS 31/01/2024
Estrada da noite
Este livro esteve na minha estante de alguma forma e por algum motivo durante um bom tempo, sem que eu fizesse a mínima ideia de sua existência, ou como chegou até mim.
Em determinado momento, quando eu estava sem muitas opções de leitura, encontrei um livro em promoção nas livrarias Catarinenses, apenas 19,90. Eu comprei, chegando em casa, descobri que já o tinha.
Pois bem, li, gostei e indico.
Joe Hill, o autor, é filho do Stephen King, de quem só li O Iluminado, livro que gostei bastante e que o final
é bem melhor que o final do filme (meme).
Por ser meu primeiro livro do Joe Hill, fui sem expectativas, mas sabendo que se tratava de um
Romance com uma pegada de terror psicológico, gênero que tem me atraído bastante assim como alguns Clássicos da era vitoriana.
Sou péssimo em lembrar os nomes dos personagens, fruto de uma leitura passiva e/ou quem sabe, TDAH, mesmo assim, o nome de Madock Cradock, ficou na minha cabeça. Esse é o fantasma que assombra o personagem principal e sua namorada, chamo ele de "brinde".
Judas Coyne, é um ex vocalista em decadência de uma banda de Rock que tinha na letra de suas canções, temas como ocultismo, satanismo e mais um monte de balaiada que gostamos bastante.
Excêntrico, sempre colecionou artigos obscuros de gosto um tanto quanto duvidoso.
Em certo momento, seu ajudante recebe, por e-mail, o anúncio de um item bastante macabro. Se tratava de um fantasma, na verdade, um paletó que pertenceu a uma pessoa que já havia falecido. Segundo a vendedora, a peça pertenceu a seu pai, que gostaria de ter sido enterrado com ela, mas devido a tamanho, estilo ou qualquer outro motivo, à família optou por enterrá-lo com outra roupa.
Isso fez com que o morto não tivesse uma passagem tranquila, e começou a fazer aparições indesejadas, perturbando o sossego da família que optou por colocar o fantasma a venda.
Essa é uma breve introdução dos acontecimentos da primeira parte desse livro.
Li com calma e na esperança de que realmente pudesse sentir algum terror, e foi o que aconteceu. Principalmente nas primeiras aparições de Cradock, a descrição dos acontecimentos é muito bem feita e pode causar cala frios até num leitor mais experiente como eu, que esteja lendo sozinho num quarto escuro de hotel em uma noite aleatória de verão.
A Estrada da Noite, traz diversas referências a bandas de Rock e artistas medalhões que vão atrair quem se interessa pelo tema, mas cansar os desavisados que não "pegarem" as referências.
Para alguns a história pode parecer clichê e o tema meio pastelão, mas, de modo geral, considerei uma ótima história.
Se você gosta de carros clássicos, uma pegada Rockabilly, cães psicopatas com diabo no coro, espíritos, muito sangue no melhor estilo "Um Drink no inferno" e de um anti-herói fodão, que não tem medo de nada, esse livro definitivamente é para você.