Paula Maria 03/01/2016
Professora fantasma
Conhecido como o Stephen King da literatura infantil, R.L. Stine --para quem não o conhece-- tem uma vasto acervo de livros de terror e suspense. Uma de suas principais características na hora de escrever (e talvez a mais interessante!) é que ele não foge da raia: se tem algo que parece fora do lugar, não se engane, estará mesmo fora do lugar. Ele não alivia o terror nem para crianças.
O livro "Aula do Além", cujo título original é algo como "Quem tem dormido na minha sepultura?", é para quem gosta de fantasmas. O título faz parte da coleção "Fantasmas da Rua do Medo". Nele, Zacarias Pimenta é que o se pode chamar de um garoto "assombrado". Alvo de muitos trotes dos colegas da escola, a meta do menino é estar preparado para quando estiver frente a frente com um fantasma real.
Até que surge senhorita Caveiro, a professora substituta da turma e que parece ter mais de 100 anos! Ela tem o rosto enrugado e branco, anda como se tivesse pairando no ar, usa véu para cobrir o rosto e luvas brancas. Zac já se convenceu de que ela é um fantasma, difícil será convencer seus amigos disso...
No desenrolar da história, o autor faz com que tenhamos dúvidas se Zac está vendo a realidade ou o que quer ver, se a senhorita Caveiro é apenas uma mulher idosa ou é mesmo um fantasma... Bom, isso até que você se lembrar do histórico de Stine. Rs!
Crítica
Trata-se de uma leitura rápida com momentos de humor e descrições que provavelmente vão meter medo na garotada. A historia, na verdade, tem alguns pontos que não ligam... Stine podia ter explorado melhor porque os outros alunos gostam das aulas da professora, ter dado um desfecho ao hamster de estimação da turma ou ter feito Zac raciocinar melhor durante as cenas de ação... Eu esperava mais. Faltou aquele "climão" de tirar o fôlego. Por outro lado, talvez seja eu que esteja adulta demais para esse tipo de leitura! (Hahaha!)
Ainda assim, "Aula do Além" --entre outras obras do Stine-- é um bom começo para quem quer inserir a criançada nesse universo do terror. Vale à pena! (Paula Maria Prado)