Aline 21/03/2021
Confesso que não gostei muito!
Olha... Confesso que tenho opiniões bem contraditórias em relação a este livro. E, acredito que, após ler o primeiro capítulo, seja grande a chance de você concordar comigo.
O foco do autor é desmascarar o que ele chama de ?a grande mentira?. Em rápida síntese, estas são os grandes crimes e comportamentos que seriam cometidos pela Direita e pelos conservadores, de acordo com a ideologia esquerdista. O autor visa então desmascarar tais pontos e demonstrar que, quem na realidade assim age é a própria Esquerda. Por exemplo, em geral a Esquerda acusa a Direita de ser fascista. Entretanto, como aponta o autor, a Esquerda não sabe o que é o Fascismo, assim como desconhece suas principais características, como o estatismo, coletivismo e autoritarismo.
O livro se inicia apresentando o conceito de transferência de culpa para a vítima. Mas, além disso, aponta a violência da esquerda como resposta aberta às ameaças implícitas de danos e males, mesmo que não se tenha usado de violência. Justifica a negativa de liberdade de expressão e falta de tolerância diante de alguém supostamente fascista como tática esquerdista para que suas origens não sejam questionadas. Cita, inclusive, O Caminho da Servidão de Hayek ao reconhecer o caminho do fascismo trilhado pela esquerda, embora ele tenha sido iniciado por ela.
? A imersão história apresentada pelo autor é excepcional. Ele, ao apresentar o Fascismo, ele apresenta também Mussolini, bem como sua origem esquerdista. Antes, apresenta Giovane Gentile, filósofo italiano que ? assim como Aristóteles ? reconheceu que o homem é um ?animal social?. Mas, assume que tal homem precisa ser mobilizado pra viver em sua sociedade (consciência).
Ao falar de Mussolini, o autor mostra o momento em que ele necessita ?ir além da revolução marxista? e inaugura o Fascismo. Cita que tal reconhecimento assemelha-se a Lenin ao reconhecer que a revolução de Marx não era inevitável, ela teria que ser direcionada, assim como ela não precisa ser feita por proletários, mas apenas em favor deles.
Depois, o autor apresenta o Nazismo. Mostra suas principais características, bem como a ascensão de Hitler, atuação durante a Segunda Guerra Mundial e sua derrocada. Ele compara a conduta esquerdista nos Estados Unidos, mormente do Partido Democrata, a alguns fatos nazistas, como: Anticapitalismo X Antissemitismo; Fazendas de Escravos X Campos de Concentração; Lei da única gosta e casamento, etc.
De fato, tal apresentação história é excelente. Mas, este não é o foco do livro. Seu foco é nos Estados Unidos, em estabelecer relações entre a esquerda estado-unidense (Partido Democrata) e o Fascismo, Nazismo.
? E é justamente o "quê" extremista, o foco nos Estados Unidos e no Partido Democrata o que eu não gostei.
A partir dos relatos históricos é fácil transpor aquelas noções ao Brasil e identificá-las. Entretanto, tamanho é o foco do livro nos Estados Unidos, em acusar o Partido Democrata de condutas Fascistas e Nazista que, pra mim, a leitura deixou de ser tão interessante.
O livro cita organizações (como a Planned Parenthood) e pessoas (como o George Soros) e os relaciona, de certa forma, a Josef Mengele, por exemplo. Ele ressalta o caráter eugenista na possibilidade do aborto, bem como a eutanásia. E questiona: acaso aprovada, o governo deveria financiar?
Mas, muito além disso, o autor dedica um capítulo a narrar as relações de admiração entre Franklin Delano Roosevelt e Mussolini. Afirma que seu antecessor, Wilson Woodrow, seria protofascista - ou seja, ainda que o Fascismo não tivesse sido criado, as ideias já estavam sendo implantadas. Assim, ele critica, evidentemente, o New Deal e o racismo validado pelo Partido Democrata por meio da Klu Klux Klan.
O autor apresenta, então, a forma de divulgação da Escola de Frankfurt, com o antifascismo. Mas, destaca que o objetivo não é lutar contra o fascismo, mas promover o marxismo e a agenda da esquerda. Trabalha o conceito da Tolerância Repressiva, por meio do qual, sem tolerância, o fascismo e o nazismo jamais teriam evoluído. Entretanto, alerta: lutar contra o liberalismo clássico e o conservadorismo com intolerância é fascismo.
Para finalizar, o autor afirma que, hoje, a esquerda pode fazer o que quiser que será validado, porque entende-se que estão ?do lado certo?. Assim, é necessário prosseguir com a desnazificação. A Esquerda mente sobre o que é o fascismo para criar um falso contraste e se afastar de suas caraterística. Por isso, o autor apresenta dicas sobre como tomar o caminho oposto ao fascismo e exemplifica: através de reformas fiscais, é necessário estabelece alíquota única do Imposto de Renda, de forma simples. Porém, ressalta a necessidade de conscientização para que o Partido Democrata não tome o poder.
Justificadas estão, portanto, minha opiniões contraditórias?! ?