O Retorno do Rei

O Retorno do Rei J. R. R. Tolkien




Resenhas - O Retorno do Rei


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ale 17/04/2021

Por alguma razão esse livro não foi tão bom quanto os outros dois? Ainda bom, mas menos excitante. Também não gosto de como O Tolkien descreve uma batalha inteira em algumas linhas. Continuo amando o Sam. No meu coração eu sinto que o Sam nunca se casa, e em vez disso vai embora com o Frodo, porque eles são almas gêmeas, platônicas ou não. Me recusa a acreditar que eles se separariam.
Minha TDAH me proíbe de ler os apêndices e aquele tanto de despejo de informação lmao. Eu só li o que me interessava.
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neo 17/12/2014

Eu já perdi a conta de quantas pessoas já me pediram para fazer uma resenha de LOTR nos últimos quatro anos (sério, foram muitas), mas eu sempre as respondi dizendo que as chances de isso acontecer eram mínimas e o porquê é bem simples: eu adoro O Senhor dos Anéis. Tipo, muito. Para vocês terem uma ideia, minhas amigas brincam que eu não conseguiria ficar com alguém que não goste desse livro e elas estão, feliz ou infelizmente, provavelmente certas. Não por questão de mimimi você não gosta de LOTR, então você está errado e eu estou certa!!!, já que, graças a todos os deuses conhecidos, nunca passei por essa fase, mas sim porque eu não acho possível que uma pessoa que não viu nada de bom em O Senhor dos Anéis veja algo de bom em mim. Sim, esse é meu nível de paranoia com esse diabo de livro. Então, se ainda não deu pra perceber...

//////////!!!!!FANGIRL ALERT!!!!!\\\\\\\\\\\\\\

Eu vou ser piegas, gente. Vai ser vergonhoso.

Essa é sua última chance de escapar; depois não digam que eu não avisei.

Enfim, eu li LOTR quando era bem mais nova do que a maioria das pessoas que já leram esse livro eram na primeira vez que o leram. Faltava mais ou menos um mês para o meu aniversário de onze anos e eu estava aqui em Salvador de férias (na época eu morava em uma cidade do interior) quando meu pai resolveu arrastar todo mundo para a casa de um amigo dele. A coisa toda foi muito chata; enquanto os adultos bebiam e se divertiam, eu e meu irmão ficamos encarando um ao outro e então encarando a piscina (obviamente que ninguém tinha avisado que tinha piscina, logo a gente não tinha vindo preparado pra isso) e então encarando um ao outro novamente. Ficamos assim por um bom tempo até alguém lembrar que o amigo de meu pai tinha dois filhos que poderiam emprestar uma roupa para meu irmão depois. Ele, sendo o bom irmão que sempre foi (haha), me abandonou sem pensar duas vezes e se jogou na piscina na maior alegria. E eu fiquei lá, sozinha, sentindo muita pena de mim mesma, ressentindo o babaca do meu irmão e torrando no sol. Horas depois (sim, horas) alguém finalmente se apiedou e, sabendo por meio do meu pai que eu gostava de ler, perguntou se eu não queria dar uma olhada nos livros dos filhos do amigo do meu pai. Como eu meio que não tinha mais o que fazer, fui.

No meio de um monte de livros clássicos que na época não me atraíam nem um pouco (bem, ainda não o fazem, mas), acabei encontrando os quatro volumes de As Brumas de Avalon e os três de O Senhor dos Anéis. A mulher do amigo de meu pai me disse que eu poderia pegar uma coleção emprestada, já que passaria as férias todas em Salvador, e depois de pensar por um ou dois instantes acabei escolhendo O Senhor dos Anéis. Eu já tinha assistido aos filmes uma vez, mas para falar a verdade as únicas coisas que eu lembrava deles eram montanhas brancas e um bicho de fogo que mais tarde descobri ser o balrog (bem, eu tinha uns seis anos quando o primeiro filme foi lançado, so...), então peguei LOTR mais pela fama dele do que por qualquer outra coisa. Também já tinha ouvido falar de As Brumas de Avalon, mas acho que desde aquela época eu já tinha uma certa aversão a história e fantasia misturadas. Mesmo assim, às vezes eu me pego pensando no que teria acontecido se eu tivesse escolhido Brumas ao invés de LOTR; meu gênero preferido talvez fosse fantasia histórica e não alta-fantasia hoje em dia. Quem sabe?

Enfim, levei os três livros pra casa e os li em menos de duas semanas, o que foi um feito fantástico para o eu de 10 anos. O único livro "grosso" que eu tinha lido antes de LOTR foi o sexto de HP, O Enigma do Príncipe, e nesse eu levei um ano, duas desistências, longos períodos sem ler e releituras de vários trechos (em minha defesa, eu tinha nove/dez anos), então ler LOTR tão rápido foi tipo um milagre. E eu adorei os livros. Mais do que eu tinha adorado os quatro filmes de HP + o sexto livro (sim, eu li o sexto livro sem ler ou assistir o quinto filme), e até então eu achava isso meio impossível. Mas por que eu adorei tanto esses livros?

Responder essa pergunta é um tanto complicada. Veja bem, quais são as maiores críticas aos livros de O Senhor dos Anéis? Dizem que a narrativa é lenta, muito descritiva, que o mundo é maniqueísta demais e que os personagens secundários não recebem tanta atenção assim, certo? Certo. Mas essas críticas, esses "defeitos" não me afetam. Por quê?

Primeiro, O Senhor dos Anéis foi a primeira série de fantasia que eu li. Sim, eu li um livro de Harry Potter antes, mas de fantasia mesmo, sobre mundo secundários, elfos e a coisa toda, LOTR foi sim o primeiro. E foi justamente por isso que a narrativa lenta e muito descritiva não me incomodou nem um pouco. Como eu nunca tinha lido nada do gênero antes, pensei que aquilo fosse normal, fosse a regra, dei de ombros e segui lendo. E adorei as descrições, adorei a narrativa, adorei a história. Foi só depois, quando fui ler outros livros de fantasia, que percebi que a escrita de Tolkien não era (infelizmente pra mim) a regra. Ler O Senhor dos Anéis antes desses outros livros meio que tirou um pouco da qualidade do gênero para mim, já que até hoje eu não consigo me impedir de comparar a escrita deles à de Tolkien e de me sentir um pouco decepcionada. É meio estranho, mas, inconscientemente, me convenci de que essa narrativa lenta e descritiva era o normal e a considero como tal até hoje. O resultado disso é que 90% dos livros que leio acabam não alcançando essa normalidade. Ficam sempre "abaixo da média".

Em conclusão: eu provavelmente deveria ter lido LOTR agora, com 18 anos, e não com 10/11. Acredito que minha vida literária teria sido bem mais feliz, mas né...

¯_(ツ)_/¯

Então sim, eu sou fã de narrativas lentas e descritivas. Os únicos livros além de LOTR que "chegaram na média" pra mim foram As Crônicas de Gelo e Fogo, A Canção do Sangue e O Nome do Vento. O resto volta pra casa com nota baixa, infelizmente.

Segundo, eu não gosto de livros maniqueístas em 95% das vezes que leio um assim. E O Senhor dos Anéis, meu livro preferido de todos os tempos, é pra lá de maniqueísta. O bem e o mal são muito bem definidos em Arda, e poucos são os personagens que sequer tentam se aproximar de um equilíbrio entre esses dois pólos. É tudo muito preto no branco, quase o tempo todo. Então por que diabos eu gosto dessa história?

Pode parecer um tanto estranho, mas acho que gosto tanto de O Senhor dos Anéis porque o próprio mundo parece ser o personagem principal da história. É como se os personagens dos livros fossem apenas manifestações desse personagem maior. Sabe aqueles desenhos animados em que os personagens ficam com um anjinho e um diabinho em cada ombro e ambos tentam convencer o personagem a fazer as coisas certas/erradas? É nessa linha de pensamento. Nunca me incomodei com o maniqueísmo de O Senhor dos Anéis porque para mim ele nunca foi apenas uma questão de mal x bem externa, mas sim uma espécie de "metáfora" para a disputa interna que cada um enfrenta diariamente. Podemos ver uma amostra dessa disputa em Boromir, uma pessoa boa que acaba tomando uma decisão errada, Gollum, uma criatura gananciosa e egoísta que ainda assim mostra alguns sinais de simpatia/bondade, e até mesmo em Frodo, que, como Boromir, é uma pessoa boa e determinada a fazer o bem, mas que acaba sendo também corrompida pelo Um Anel.

Vale comentar que Tolkien odiava alegorias. Ele diz isso já no prefácio de LOTR, e se não me engano foi esse o motivo de ele ter brigado com C.S. Lewis, autor de As Crônicas de Nárnia, seu amigo, já que Nárnia é basicamente uma alegoria ao cristianismo. Tolkien mesmo era cristão, e há alguns elementos que podem ser associados ao cristianismo em LOTR, mas diferentemente de Nárnia, esses elementos se resumem mais a valores e não são uma "recontagem" da história cristã.

(Não gente, eu não odeio Nárnia. Na verdade adoro os livros e filmes também).

Tolkien também lutou na Primeira Guerra Mundial e teve que ver um de seus filhos lutando na Segunda (O Senhor dos Anéis foi inclusive escrito durante ela), então, para mim, muito do que ele presenciou nesses períodos acabou personificado na figura do Um Anel. O Um Anel representa poder, mas um poder perverso, que corrompe e que causa o mal; até mesmo alguns dos personagens mais poderosos da história, como Galadriel e Gandalf, se recusam sequer a tocá-lo por medo de cederem a tentação. Uma boa parte da obra de Tolkien é justamente sobre ter poder, desejar poder e ser corrompido pelo poder, tanto aqui em LOTR quanto em O Silmarillion. E, para quem não sabe, Tolkien não era lá muito a favor da tecnologia, talvez justamente por ter presenciado a Primeira e a Segunda Guerra Mundial; para ele, a tecnologia que a humanidade estaria desenvolvendo, principalmente a tecnologia de armas, acabaria trazendo sofrimento para todos nós, mesmo se usada para o bem. Exatamente como o Um Anel (e as Silmarils, até certo ponto) que, como eu disse, é sim poderoso, mas que mesmo se usado pensando no bem acaba provocando o mal. Muitos até pensaram que o Um Anel seria uma alegoria à bomba atômica na época em que LOTR foi lançado, mas, como já dito, Tolkien meio que odiava alegorias e negou com veemência que O Senhor dos Anéis fosse a história das Grandes Guerras contada de outro modo. O Um Anel seria, portanto, apenas o mal. Ou melhor, a possibilidade de qualquer um se tornar mal se lhe for dada a oportunidade de ceder a uma tentação, seja ela qual for. E em LOTR essa tentação é justamente o poder. Ou, nas palavras do próprio homem, do já mencionado prefácio:

"Mas eu cordialmente desgosto de alegorias em todas as suas manifestações, e sempre foi assim desde que me tornei adulto e perspicaz o suficiente para detectar sua presença. Gosto muito mais de histórias, verdadeiras ou inventadas, com sua aplicabilidade variada ao pensamento e à experiência dos leitores. Acho que muitos confundem “aplicabilidade” com “alegoria”; mas a primeira reside na liberdade do leitor, e a segunda na dominação proposital do autor. É claro que um autor não consegue evitar ser afetado por sua própria experiência, mas os modos pelos quais os germes da história usam o solo da experiência são extremamente complexos, e as tentativas de definição do processo são, na melhor das hipóteses, suposições feitas a partir de evidências inadequadas e ambíguas."


Ou seja, o Um Anel pode ser basicamente o que você quiser que ele seja. Tada.

Concluindo, o maniqueísmo de LOTR não me incomoda porque não o vejo presente apenas como personagens do bem que nascem do bem e morrem do bem ou personagens maléficos que nascem maléficos e morrem maléficos. Vejo-o mais como uma luta interna constante entre ceder ou não a algo ruim, e talvez uma amostra de que é possível sim "vencer" sem se voltar para tais meios maléficos e que tempos de horror, como as Grandes Guerras para Tolkien e qualquer outro momento para qualquer outra pessoa, sempre acabam passando. E esse é um pensamento pra lá de reconfortante, certo?

Terceiro, os personagens secundários que não recebem tanta atenção quanto os principais. Sim, isso é verdade, mas acho que o tópico anterior (personagens sendo manifestações de um personagem maior e coisa e tal) ameniza esse defeito para mim, assim como o fato de que muitos e muitos desses personagens de LOTR aparecem em O Hobbit, O Silmarillion e em Contos Inacabados, livros que na maior parte das vezes lhes dão maior profundidade. Não deixa de ser algo que poderia ter sido explorado mais, mas é uma falha pequena diante do resto da história para mim.

Agora que já "respondi" porque as "falhas" de O Senhor dos Anéis não são falhas para mim (talvez apenas a última), posso explicar melhor porque gosto tanto dessa história. Boa parte desse porquê já está nas entrelinhas do que escrevi aí em cima, mas vamos lá.

Um dos motivos de eu gostar de LOTR é Arda. Arda é, para mim, o mundo imaginário mais complexo e bem feito que eu já li (sinto muito, Martin, mas nem mesmo seu mundo chega perto de Arda para mim). Como eu disse lá em cima, Arda parece um personagem de verdade. Arda é um mundo que tem suas próprias características e não, não estou falando de lagos, rios, continentes, ou do modo como o clima funciona ou qualquer outra coisa física, mas sim de personalidade mesmo. Há uma sensação de perda enorme no mundo de O Senhor dos Anéis, presente nos elfos, que sabem que seu tempo na Terra-média acabou, nos anéis, grandes fontes de poder que acabam definhando, nas Silmarils, que se perderam para sempre, e em vários personagens, principalmente nos hobbits, que perdem a "inocência" que tinham antes da guerra e que passam a carregar suas marcas após seu término. Grandes reinos, dos elfos ou dos homens, já existiram, mas tiveram fins horríveis. Vários heróis encontraram morte trágicas, e os que não o fizeram não viveram de todo felizes. Coisas belas e maravilhosas, como as já citadas Silmarils, os anéis, as árvores que iluminavam o mundo no início, acabam morrendo ou desaparecendo para sempre. Arda é simplesmente melancólica, e nela tudo tem um fim.

Mas mesmo assim há alguns indícios de um novo começo, de superação dessa perda, tanto no Condado quanto em Ithilien e na era dos homens que se inicia nas últimas páginas de O Senhor dos Anéis. Arda é interessante por sua melancolia, mas também o é por essa esperança de algo novo ou de uma nova chance.

O único mundo que chega perto de ter tanta personalidade quanto Arda, para mim, é o de As Crônicas de Gelo e Fogo. Gosto mais de O Nome do Vento do que de ASOIAF, mas o mundo de Martin é sinceramente melhor. Outros mundos de outros livros de fantasia sequer me causam impressão o suficiente para que eu me lembre deles após terminar a leitura.

Gosto dos personagens (embora meus preferidos estejam mais em O Silmarillion e em O Hobbit do que em LOTR), gosto dos lugares, do plot e do que ele representa, gosto da história de Arda e adoro a escrita. Mas O Senhor dos Anéis é meu livro preferido justamente por ser tão sombrio e tão difícil, muitas vezes simplesmente triste, e mesmo assim ser divertido e alegre. A aventura de Frodo e da Sociedade e os próprios acontecimentos de Arda sempre vão me deixar mais amarga do que qualquer cena de violência, estupro ou egoísmo presente nas fantasias de hoje em dia. Ao contrário do que esses livros atuais parecem pensar, eu já sei que o mundo no geral é um lugar ruim, com violência, estupro e egoísmo, então são os personagens e como eles reagem e lidam com esse mundo o que realmente importa para mim. O melhor jeito de conquistar o leitor, na minha opinião, não é lhe mostrar o que ele já sabe e esperar que isso o choque, mas sim mostrar como pessoas, importantes ou não, boas ou não, ainda assim sobrevivem e vivem em um mundo assim. Então sim, não há cenas terríveis de violência em LOTR, muito menos de estupro e há poucas de egoísmo, mas Frodo e Sam se arrastando até a montanha para destruir o Um Anel, completamente ferrados, feridos, sem comer, sem beber e sem dormir, totalmente desesperados e no final de suas forças sempre vai me chocar mais do que qualquer cena banal de violência por aí, porque, adivinha!, eu leio o jornal e já vi coisas feias demais em manchetes para ser abalada por uma cena de tortura aleatória. Essa é a realidade normal de qualquer pessoa normal que preste o mínimo de atenção no nosso mundo normal. Tada.

Além disso, como eu já disse, Arda é um mundo excepcional, e isso torna fácil mergulhar completamente na história. O Senhor dos Anéis é o tipo de história que realmente te transporta para outro lugar por completo. O efeito, pelo menos em mim, é tão grande que sempre que me interrompem quando o estou lendo eu sinto como se estivessem me puxando para fora d'água. Enquanto o leio, fico "submersa" e o resto do mundo desbota e parece distante, exatamente como quando estamos dentro de uma piscina ou dentro do mar. Poucos livros me dão essa impressão além de LOTR; na verdade, só consigo pensar em ASOIAF, O Nome do Vento, Aprendiz de Assassino e Captive Prince.

Mas, acima de tudo, O Senhor dos Anéis tem significado. Esse é um assunto meio polêmico porque cada livro tem um significado diferente para cada pessoa, mas O Senhor dos Anéis, pra mim, é mais do que plots intricados, personagens bem construídos e um mundo bem feito, e é por isso que eu nunca fui muito fã da ideia de fazer essa resenha. Eu adoro O Senhor dos Anéis porque dou valor às mesmas coisas que a história dá e acredito no que ela diz (ou no que eu acredito que ela diz, ao menos), e falar disso acaba sendo, você sabe, too close for comfort e coisa e tal. A situação só piora porque foi LOTR quem me fez começar a escrever de verdade, e apesar do meu livro hoje ser (eu espero) bem diferente de LOTR, pretendo escrevê-lo seguindo a fantasia tradicional de Tolkien e não essa moderna, que eu espero sinceramente que morra em breve.

Ironicamente, muito da minha relação com O Senhor dos Anéis pode ser explicado em uma própria cena do filme de O Senhor dos Anéis, mais especificamente em As Duas Torres, pra mim uma das melhores já feitas em adaptações de livros. É essa aqui, com um tico de spoiler, e que eu até pensei em transcrever, mas olha minha cara de quem vai escrever mais depois dessa Bíblia inteira. Nem rola.

Em conclusão: O Senhor dos Anéis sempre será meu livro preferido por todos esses motivos aí e um dia eu ainda queimarei certos livros dessa nova fantasia Grimdark em uma fogueira enquanto canto a canção que Bilbo fez para Aragorn. Apenas observem.

E que tal falar sobre as mulheres, hm? Ia me esquecendo disso Sim, LOTR tem poucas mulheres (Galadriel e Éowyn basicamente, nos livros, e Arwen também nos filmes), mas elas são incríveis. Quem se lembra de Celeborn se Galadriel é a mulher dele? Quem luta contra o sistema, contra a ideia de que mulher só serve para ficar em casa, se não Éowyn? Isso sem falar nas mulheres de The Silmarillion, que continuam poucas se comparadas aos homens, mas que são igualmente incríveis e bem construídas. LOTR tem uma sociedade medieval onde mulheres não são muita coisa, como centenas de livros por aí, e ainda assim consegue mostrar que esse sistema está errado e que mulheres incríveis são capazes de existir nele. LOTR foi escrito há mais de 60 anos. Livros de hoje, século XXI, não conseguem e/ou não querem fazer o que um livro escrito por um cara que nasceu no final do século retrasado fez. Ha.

LOTR não tem nenhuma diversidade sexual (dá pra entender um pouco porque foi lançado há 60 anos, mas ainda assim, né, não deixa de ser um defeito na minha opinião) e a diversidade de etnia/raça existe, mas essas pessoas de cor sempre são vistas como o inimigo. Não faço a menor ideia se Tolkien era racista ou não, mas mesmo que ele não fosse não é muito legal associar toda pessoa de cor de sua história ao inimigo terrível que destruir o mundo.

Apesar disso, no entanto, não consigo dar nada menos do que a nota máxima para O Senhor dos Anéis. Há defeitos nesse livro e nunca irei negá-los, mas essa história significou (e significa) muito para mim como pessoa e como escritora, então, né. 5.0 estrelas.

site: http://chimeriane.blogspot.com.br/
Jhony 18/12/2014minha estante
Resenha sensacional... a forma como escreves, parece que estás conversando com o leitor. Awesome !


neo 18/12/2014minha estante
Fico feliz que tenha gostado. Obrigada!




Thays 13/09/2022

final majestoso, como toda a obra ! É lindo, muito bem escrito. Só não dei 5 porque realmente é uma leitura difícil (falo pelo livro ter palavras rebuscadas, nomes que são da invenção de Tolkien, etc) você tem que gostar do estilo.
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Gabi 26/11/2020

Final perfeito para um livro magnifico, fiquei perplexa com a forma perfeita que Tolkien finalizou o livro, não deixando nenhuma ponta solta e dando um final digno para todos os personagens, gostei muito do livro, mesmo que para mim ele foi um pouco lento para a leitura, eu precisava estar muito focada para consegui ler fluidamente e entender, e ainda assim demorei muito para a conclusão do livro, já que não conseguia ler muitas paginas por dia, contudo o livro me prendia querendo saber como a história iria se desenrolar, mesmo tendo já assistido os filmes. Este é um livro que todo o leitor deveria ler, porém se a pessoa não gosta de livro com uma narrativa lenta e com muitos detalhes pode se decepcionar um pouco, é preciso paciência e saber apreciar a leitura e todos seus detalhes.
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HoneyBookss 28/01/2022

Um encerramento perfeito
Nesse terceiro livro, encerra-se (finalmente) a jornada para a destruição do Um Anel e a queda definitiva de Sauron. Muitas coisas acontecem nesse livro, muitas reviravoltas, novos personagens e alguns plot twists bem inesperados.
De todos os três livros da trilogia, esse se tornou meu favorito, não apenas por ser o encerramento, mas pela maneira como a história foi dirigida. Tolkien foi brilhante, mal respiramos desde que saímos do condado no primeiro livro e neste a coisa finalmente vai pra frente. Acaba bem rápido, diante de todas as expectativas. Imaginava que seria uma luta intensa, com muitas baixas, enfim... fanfiquei legal. Mas Tolkien me surpreendeu.
E o fim... que maravilha.
Super indico esse livro. Não esperava, mas ganhou total meu coração.
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Cafeína 21/05/2023

O fim das andanças...
O que eu mais gostei foi a sociedade do anel.
Acabado o livro, o que fica na minha cabeça e eu busco tentar elucidar, ao menos um pouco, é o porquê de ?o senhor dos anéis? ter se tornado um clássico, tal qual qual é.
Como normalmente é de se esperar acompanhado dessa alcunha, os "clássico" geralmente se tornam atemporais justamente por inovarem, se mostrarem um ponto fora de curva da sua época, o que é engraçado quando você olha para a obra do Tolkien como um todo, que em meio a um mar de fluxos de consciência e autores tentando lidar com o terror da guerra e a sociedade moderna, ele chega com épicos de fantasia bem lineares, com uma prosa apegada ao clássico e com uma narrativa envolta na luta entre o bem eo mal, pouco preocupada em algum complexo estudo do ser humano ou da sociedade. Não que isso seja de alguma forma um ponto negativo, ao contrário de outras decisões que ele toma no seu método de contar a história, como supostamente é o caso do famigerado ritmo, que se perde entre infinitas andanças? Pessoalmente, inicialmente eu achei interessante essa maneira de se fazer a jornada, não privando a atenção só aos pontos mais específicos da estrada, mas garantindo algum tempo para o trajeto e a vivência do caminho, coisa que teria sido muito mais palatável se não tivesse sido levado à exaustão ao longo das 1500 páginas da história. Da mesma forma, o espectro da prolixia parece espreitar a prosa apaixonada dele e chega a nos impedir de aproveitar uma cena, isso porque, hora ele insiste em incluir uma adjetivação de tudo, hora insiste em incluir acréscimos duvidosos a história, ou ao menos duvidosos no que diz respeito a garantir a temporalidade e tensão dessas partes; tentando me explicar melhor: acontece de às vezes eu estar mais interessado no desenrolar dos acontecimentos do que em ouvir a árvore genealógica do figurante recém apresentado, ou ainda, chega a um ponto que as descrições incessantes deixam de caracterizar os cenários e passam a compor um empecilho cansativo. Não me leve a mal, é a minha perspetiva e no geral eu gosto da maneira como ele escreve, mas se torna cansativo em certa medida da história.
Voltando a atenção um pouco a trama que preenchem os três livros, eu acho que não é surpresa para ninguém, primeiro porque a essa altura do campeonato, é o básico em construção de mundo de fantasia, e é claro aqui o anacronismo, já que só é básico graças ao livro, além do mais, tem um ponto interessantes diferentes, eu adorei os olifantes e tudo que envolve os Naz?ghul, no mais, hoje em dia o universo do Tolkien talvez não tenha tanto assim com o que impressionar ou apresentar de novidade. Aliás, é o que me parece ser a grande decepção de quem consome fantasia ao dar de cara com o senhor dos anéis: a falta de novidade que o mundo apresenta. Na verdade, olhando por alto o que se tornou o high fantasy nas mais diferentes mídias, os livros do Tolkien mais parecem romances de cavalaria medievais, ou épicos de guerra medieval com elementos de fantasia. Quanto às grandes batalhas, elas tem seus momentos e cenas marcantes, em especial o cerco a Gondor, mas no geral, eu prefiri muito mais as aventuras mais contidas, não à toa o meu favorito foi a sociedade do anél. No mais, a história transmite a grandiosidade que ela quer ter, afinal, sãos as crônicas da última das guerras de uma era, e é foda mesmo!
Eu gostei dos livros, apesar de não tanto assim, o mais desafio mesmo foi enfrentar o desenvolvimento que se arrastava pela escrita que podia ter um pouco mais de pressa às vezes, mas, por fim, apontando algumas outras críticas que eu guardei: a narrativa, como eu acabei de citar, tem uns deslizes, na minha opnião, pela maneira como ele decide contar certas partes, no geral eu acho que ampliar a visão do narrador ou alternar os núcleos, como por exemplo os filmes fazem, teria melhorado algumas partes para mim, vide ?isengard?, minha maior decepção; e por último e talvez até mais importante, por mais que até sejam minimamente bem caracterizados, os personagens são tão vazios, desenvolvimento então? Talvez o sam seja o mais complexo da terra média kkkk.

Os filmes são maravilhosos e eu acho que não vale a comparação(embora eu tenha usado meramente para ilustrar uma ideia) são obras boas aos seus modos, com propostas diferentes, além do mais, no final do dia ?ramble on? do Led Zepelin continua sendo a melhor coisa relacionada ao trabalho do Tolkien.
Craotchky 21/05/2023minha estante
Seu texto explora ideias bastante pertinentes. Você expressou muito bem sobretudo o teor um tanto descritivo demais de cenários (são as descrições que menos gosto em livros, talvez pela dificuldade pessoal de imaginar tantos detalhes, principalmente quando são detalhes de ambientes naturais) e o que parece mesmo ser um aproveitamento da jornada através da "vivência do caminho", como você coloca. Excelente seu texto.


Cafeína 22/05/2023minha estante
Cara, muito obrigado!
Eu tento escrever, principalmente, para tentar organizar as minhas próprias ideias e entender as obras, ou o que eu consegui tirar da experiência, e é muito foda encontrar outros pontos de vista, como o seu, com o qual eu muito me identifico


Craotchky 22/05/2023minha estante
De nada. Se você expressou tão bem suas ideias, logo é bem provável que tenha conseguido organizar, entender e assimilar sua própria experiência com a leitura.




Bruno 08/12/2022

Conclusão épica
Este livro traz a conclusão desta épica saga.
Muitas batalhas importantes travadas em diversos locais, todos personagens mais fortes, muitas decisões importantes, e momentos emocionantes. As batalhas, com suas espadas travadas e mortes, são de pesar o coração. Podemos ver o destino de todos personagens até o final do livro. Importante ler os Apêndices para realmente ver o destino de todos eles.

Tenho a dizer que minha personagem preferida é Éowyn. Que mulher! Sem Mais. Queria ter a habilidade que este povo tem para falar belas palavras, fico aqui como Gimli, que não sabe reagir diante da beleza de Galadriel, assim fico eu para descrever qualquer coisa sobre ela.
Muito forte, valente, linda e educada, como uma rainha guerreira.

Sobre os hobbits, continua a dizer que meus favoritos são Merry e Pippin. Pouco me é o afeto por Frodo e Sam.
Notei que diferente dos filmes, Legolas e Gimli pouco participam.
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Guilherme.Bochinia 09/05/2023

Final da jornada. O Frodo conseguiu terminar a missão de destruir o anel, mas pagou caro com peso que ele vai carregar para sempre a escuridão no seu coração.
Sam o grande amigo para qualquer momento, ele ajudou frodo até fim e ele roubou a cena dessa última parte.
O Aragon a jornada dele foi crescendo, ele negava o destino dele, até o momento de difícildade que precisou aceitar o destino.
O Gandaf foi sábio e líder que no meio da escuridão aprendeu ser a luz.
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luisasfreitas 16/07/2020

Não sei nem o que dizer
A guerra do Anel termina 80 páginas antes do final do livro e o desenvolvimento para o desfecho é emocionante. As despedidas que acontecem são de quebrar o coração pois chega um momento em que eles percebem que ali é a última vez em que a Sociedade do Anel estará junta em sua totalidade. Se separar desses personagens foi penoso.
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Thales Duart3 01/08/2023

Essa obra é maravilhosa. Mas não é para todos. Acredito que o tipo de escrita do Tolkien assuste o leitor comum. Porém, para os amantes da Alta-Fantasia, temos aqui um belo banquete.
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Citadelle 13/08/2023

Foi uma leitura longa, por vezes cansativa (por conta das várias descrições de paiasagens), mas VALEU MUITO a pena. Nas últimas páginas bateu até uma tristeza por ter finalizado essa grande trilogia. Os apêndices são um show a parte, trazendo novas informações e histórias para completar essa incrível jornada. Impossível sair dessa leitura sem se apaixonar pelo universo de Tolkien.
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sirlani.lopes 16/05/2022

Foi uma leitura densa?
Apesar de ser exaustivo principalmente este último livro, gostei muito de conhecer a história de Bilbo, Frodo e Sam. Foi uma longa aventura os detalhes me deixaram louca mas perseverei!
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Dulci 21/11/2023

Ressaca.......
Uma leitura sem dúvida, além de todas as expectativas. Não esperava menos dos personagens. Elfos, hobbits, Reis, Anão, Mago, Ents. Mesmo quando todas as esperanças estavam perdidas na batalha, havia uma força, uma necessidade de sobreviver que os impulsionava. E depois a reconstrução de um mundo outrora destruído pelas forcas do mal. Poderia ser assim no nosso mundo tbm? Um mal supremo ser destruído e a paz reinar? Mas assim como nesta e em muitas outras histórias, o mal habita em cada um de nós, assim como o bem. A diferença acaba sendo nossas escolhas. E agora, depois de toda uma saga, o que eu faço com a ressaca literária?
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Karisma 05/04/2021

Enfim o fim.
A leitura dessa parte do livro Senhor dos anéis, com certeza difere das demais no tocando a velocidade. Sim, velocidade! A quantidade de coisas que acontecem nesse livro nas 100 primeiras páginas, é absurda, por alguns momentos me vi levemente desconcertada pela quantidade de informações passadas.

Ao contrário da parte 1, onde temos a sensação de um tempo moroso e um Tolkien extremamente descritivo. Aqui, percebemos a sagacidade do autor e o quanto ele consegue alterar o ritmo de leitura e a sensação de tempo do leitor. A sensação de que cada minuto é essencial, de que nenhum momento deve ser desperdiçado.

Embora a parte 2, do livro tenha ganhado um lugar especial no meu coração. A parte 3, é no mínimo a mais energética e difícil das 3, quando Tolkien começa a se despedir dos personagens, e o faz de forma que eu nunca tinha lido, faz com que a despedida do leitor seja agridoce, pois não temos ideia do que o futuro espera para aqueles personagens e sabemos que não vamos revê-los. É difícil. Terminei o livro, absorta e pensando nos companheiros da comitiva e nos seus fins, ou melhor em suas vidas.

Por isso, leiam os apêndices. Eles respondem muitas coisas, sobre os personagens que apreendemos a amar tanto.

Att.
Kaká.
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