A fêmea da espécie

A fêmea da espécie Joyce Carol Oates




Resenhas - A Fêmea da Espécie


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Rittes 13/06/2023

Sempre uma aventura
Não canso de elogiar os muitos talentos de JCO. Pra mim, uma das melhores escritoras estadunidenses de todos os tempos. Nos contos deste volume ela alterna contos estranhos com pequenas obras-primas. As mulheres, obviamente, são as protagonistas, mesmo que nas mãos da escritora não sejam nada daquilo que normalmente esperamos. As histórias de JCO são sempre uma grande aventura, principalmente aos explorar os desvãos da psique humana. Recomendo.
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luan_dal 14/07/2022

*selo de aprovação jk rowling a respeito de mulheres*
Joyce Carol Oates não para de me surpreender. Seja em romances, novelas ou contos, a habilidade de escrita da mulher impressiona.

"A Fêmea da Espécie" apresenta nove contos centrados na vida de mulheres (cisgêneras e brancas, só para pontuar). Crianças, jovens, adultas ou idosas. O que une as mulheres amantes, prisioneiras em casa ou downatthemeninmusicbusinessconference (como diria Lana del Rey) são as relações de violência com maridos, amantes, família ou com o sobrenatural.

O primeiro conto, "Que Deus me ajude", é um retrato muito interessante de violência doméstica, uma certa manipulação, um joguinho meio macabro em uma atmosfera bem gótica-doméstica e num final que não é o esperado.

"Boneca: um romance do Mississipi" é quase um documentário sobre crime real misturado com o livro de Hilda Hilst, "O caderno rosa de Lori Lamby". Se me perguntar qual é o mais perturbador, eu não sei dizer.

Em "Fantoches na avenida", seguimos uma mulher fazendo compras. E essa pequena alegria vira um enterro pois além da mulher sofrer de delírio de perseguição, ser mentirosa e raivosa, ela também é curiosa.
Esse conto me lembrou o "Mulheres de verdade têm corpos", em 'Seu corpo e outras farras', de Carmem Maria Machado. Foi porque ambos têm cenas em loja de roupas? Sim. Mas vale a indicação pra vcs.

"Diga que me perdoa?" começa de forma esplendorosa: uma carta de uma mãe pedindo desculpas a sua filha sobre algo que aconteceu 40 anos atrás. Mas depois a história desanda.
Mesmo não sendo tão boa quanto as outras, aqui ainda há o que torna o livro especial: cada conto tem uma narrativa diferente. Seja mudando a forma de narrar, a voz de quem narra, a ordem de exposição, a linguagem, o uso de símbolos, as divisões de capítulos ou qualquer outra coisa, essas alterações tornam cada conto único e interessante, mesmo quando não agradam tanto.

Os dois últimos contos são "Anjo da ira" e "Anjo da piedade". Embora não relacionados explicitamente, ambos são semelhantes.
O primeiro poderia facilmente ser uma temporada da série "You", aquela com o ator que fez o poeta iniciante, fumante, depressivo e pálido Dan de Gossip Girl. Mas a diferença é que o conto da Joyce é bom and i oop!
E o segundo é quase o enredo da segunda temporada de Scream Queens, mas o conto da Joyce é bom and i oop novamente!

Analisando os nove contos em conjunto, nenhum destoa do resto. Todos são bons, bem escritos e envolventes (com destaque para "Fome", que se passa na praia, tem um amor de verão e um final que lembra o de "Os Gêmeos", também da Joyce/Rosamond Smith. Ou seja: é desesperador não saber o que acontece). ((e pelo amor de deus, não associem 'Summer love" da finada One Direction com essa história, nem façam fancam com isso!!!!!!))
Mais um acerto pra minha listinha de acertos da Joycinha, que está com 95% de sucesso :)
raivadomundo 14/07/2022minha estante
essa resenha me deu super vontade de ler esse livro




Mari Pereira 27/04/2022

Já fazia um tempo que eu não lia a JCO e esse foi o primeiro livro de contos dela que li. Fiquei feliz em ver que os contos têm o mesmo vigor que seus romances. São viscerais, brutais, violentos, sombrios.
Essa é a marca da escrita da autora: falar de um contexto urbano e violento, e ela faz isso com maestria.
Nessa pequena coletânea temos sete contos que têm mulheres como eixo central das narrativas. De crianças a idosas, em situações estranhas e perturbadoras, essas mulheres demostram que estão longe de ser o "sexo frágil".
Ao desconstruir o estereótipo das mulheres como criaturas sensíveis e submissas, Joyce Carol Oates reivindica para elas também o direito à escuridão. Ela mostra as mulheres como os seres complexos que são, em que a "bondade" não é algo nato e nem tão simples assim de ser definido.
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Fátima Lopes 24/03/2022

Releitura
Na releitura em 2022 considerei como melhores contos:
"Que Deus me Ajude" - Mulher se casa com policial controlador e passa a sentir as consequências;
"Fome"- Mulher se divide entre marido e amante;
"Diga que me Perdoa?" - Mãe e filha relembram situações que marcaram as suas vidas. È intenso, narrado fora da sequência cronológica ;
"Anjo da Piedade" -Enfermeiras de pacientes terminais; mulheres que cuidam dos outros e acabam por não cuidar de si mesmas.
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Rodrigo 11/05/2021

Coletânea de contos escritos entre 2001 e 2004
Um bom livro de contos, recomendo para quem gosta do gênero. A narrativa da Joyce Carol Oates é muito intensa, vívida. Algumas passagens chegam a se tornar dolorosas e até repugnantes. Por isso fica a ressalva de que não se trata de uma leitura leve, mas gostei bastante de vários contos.
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