Kamila 03/05/2023
Mais um da cosmere - uma resenha e uma explicação.
Essa resenha não contém spoilers mas tem uma explicação dos conceitos apresentados no livro para quem se interessar em ler.
Vamos lá, nesse livro temos a história mais focada nas irmãs Siri e Vivenna, elas são filhas do rei de Idris, um reino pequeno e que tem um contrato de casamento que uma das filhas do rei deverá casar com o deus rei de Halladram.
Vamos por partes, primeiro sobre a magia desse universo, aqui a magia está nas cores e na respiração, as cores são parte da magia e da estética desse mundo, quem tem magia ela se manifesta muito através das cores e das respirações, essas respirações podem dar vida a objetos e fazer eles obedecerem comandos. Esses folegos também podem ampliar a vida de quem tem muitos deles.
Aqui temos os renascidos e acordadores(essa é uma palavra tosca pois não sei o termo em português), os renascidos são pessoas que morrem e recebem o fôlego de um dos deuses deles, se tornando assim um deus enquanto aquele que deu o fôlego morre, os acordadores são pessoas que tem os folegos e usam eles pra acordar os objetos e fazer eles obedecerem seus comandos.
Agora sobre os reinos, o reino de Idris é um reino pequeno e mais pastoril, vivem nas montanhas e campos uma coisa bem idílica, a estética aqui é bem diferente de Halladram pois em Idris a religião deles não acha que cores são uma coisa boa e portanto devem se manter humildes e com cores neutras. Já Halladram tem seus deuses em uma corte na cidade e adoram eles e as cores, os deuses aqui são os renascidos mencionados anteriormente.
- agora vamos focar na história em si.
O rei de Idris obrigado por contrato a mandar uma de suas filhas para casar com o deus rei para evitar uma possível guerra, mas ele ama muito sua filha mais velha e não quer enviar ela, então manda sua filha mais nova e menos civilizada para casar com o rei. Siri é uma menina alegre e impetuosa, ela é espontânea e muito fácil de gostar, ao contrário de Vivenna a segunda irmã que também é foco nesse livro.
Vivenna desde o começo foi uma personagem difícil de gerar empatia pra mim, ela tem um arco importante mas por ser muito chata e arrogante não consegue enxergar muita coisa que eu como leitora vi desde o começo.
Acho que os personagens aqui em geral são bastante cativantes mas a trama foi um tanto previsível pra mim, talvez por já conhecer o autor e os artifícios que ele costuma usar muita coisa eu já sabia que aconteceria antes de chegar a metade do livro, mas a coisa com Brandon Sanderson é que mesmo quando ele faz coisas previsíveis ele torna interessante não pela imprevisibilidade mas pela forma que ele conta a história.
A trama fica boa mesmo lá pra 70% do livro, o que é incomum pra esse autor, mas acho que pelo divertimento e pelos personagens muito bem construídos dele faz valer a pena.
Outro ponto que eu acho que vale a pena mencionar é o final um pouco corrido, algumas coisas eu acho que ficaram um pouco jogadas ali e poderiam ser melhor aproveitadas se o autor desse um pouco mais de tempo pra elas, também fica um pouco na minha cabeça como ele deu foco no epílogo pra apenas uma situação que não era a mais interessante para tratar.
No geral esse livro é muito bom, mesmo com os problemas ele é bem escrito e mais leve do que outras obras do autor, não recomendo começar a ler o autor por essa obra pois não é o melhor trabalho dele e pode fazer um leitor inciante desistir antes da história ficar de fato interessante.
4,5?