Capitães da Areia

Capitães da Areia Jorge Amado




Resenhas - Capitães da Areia


4204 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 |


Leonardo.Oliveira 21/02/2022

Sensacional
O que falar de Pedro Bala, Volta Seca, Gato, Professor, Pirulito, Sem-Pernas e todos os outros capitães da areia? Tão jovens, mas já tão maduros. Tão independentes, tão homens, mas ainda tão crianças. Não tenho um personagem preferido, por que me afeiçoei a cada um deles de forma distinta.
Se me perguntassem qual meu capitão da areia preferido eu ficaria sem saber o que dizer, pois cada um, com sua característica intrínseca. Como não se emocionar com a trágica e por que não heróica vida do Sem-Pernas? E do ideal de Pedro Bala? E a angústia do Professor? E a devoção e o sacrifício de Dora? Aquela que fora mais valente que todas as mulheres. Além de vários outros personagens como o Gato, Querido-de- Deus, João de Adão, padre José Pedro, João Grande, Boa-vida...
Estou sem palavras até agora. Um livro que adiei muito a leitura, mas ainda bem que consegui começá-la e concluí-la logo. Um livro sensacional.
Isabel Maria 21/02/2022minha estante
É um livro maravilhoso!


Leonan 23/02/2022minha estante
Tô lendo esses dias, que delícia de livro


Aryta 23/02/2022minha estante
Ah, esse livro é maravilhoso!!! ?


kikiarinha 11/03/2022minha estante
É um dos meus livros favoritos! Ele está num cantinho da minha estante reservado só para meus favoritos faz anos. É um livro que é impossível não amar cada personagem.


comamorcla 17/06/2022minha estante
com ctz um dos meus livros favoritos


amandinha.urbano 01/07/2022minha estante
ok moço,agora eu quero ler


Samara61 20/03/2023minha estante
Eu amo esse livro e ele e o meu preferido


Mary Eva Fernandes 21/03/2023minha estante
Ainda não terminei, mas é cada história difícil não se emocionar. A vontade que dá é de cuidar de todos eles como merecem


Beatriz 30/05/2023minha estante
Nunca chorei com um livro, parabéns Jorge Amado você conseguiu me fazer chorar, livro simplesmente perfeito ??


Wanderson.Osmar 23/06/2023minha estante
"Os homens assim são os que tem uma estrela no lugar do coração. E quando morrem o coração fica no céu"


Maria.Indiane 06/01/2024minha estante
Livro forte demais... muitos gatilhos..


Tatizolas 05/04/2024minha estante
Emocionante!




Heliton 31/12/2020

Lembranças marcadas em pegadas na areia.
É difícil poder definir "Capitães da Areia" em uma palavra só, depois de ler e refletir sobre várias coisas, apenas uma única palavra não consegue expressar tudo aquilo o que ele te faz sentir ao passar de suas páginas, pois além da história fictícia contida no livro há também um peso histórico que ele carrega junto de si e, mesmo durante os mais de oitenta anos desde o seu lançamento, se mantem com a possibilidade de debates sociais bem atuais e presentes para o nosso tempo.

Jorge Amado nos apresenta neste livro a história de um grupo de meninos, que apesar da pouca idade, se consideram homens livres e vivem uma vida com base em assaltos e roubos. Em capítulos bem curtos, a narrativa é formada intercalando entre o cotidiano e a descrição de alguns dos principais membros desse bando seguido por trechos de um jornal noticiando sobre fatos relacionados aos Capitães da Areia.

É difícil escolher uma palavra para definir este livro devido as mudanças de sensações durante a leitura, causado pelos diferentes contrastes das situações e vivências desses meninos do trapiche a cada capítulo. O fato de serem crianças e a forma de narrar, além dos diálogos presentes causam a impressão de que tudo o que eles fazem é simplesmente algo normal; descrições de momentos banais que te causam um grande desconforto são tidas como algo que faz parte da rotina do grupo, da mesma forma existe também partes que te confortam ao ler situações que, mesmo com a realidade deles de viver uma vida como a de um adulto, te faz perceber que a essência de uma criança ainda está presente ali.

A liberdade das ruas para os personagens é algo que faz parte deles, eles são o que são por causa dela, e que dá a eles a responsabilidade de gerir a sua própria vida como bem querem. Porém mesmo com essa total liberdade, há uma coisa que todos eles almejam ter e é algo que se torna um sinônimo de busca por cada um, mesmo no fundo da alma do mais impiedoso do bando, que é o carinho de uma família. Dentre várias crianças e jovens abandonadas, se esquece o quanto cada um deles pode possuir uma vocação para se tornarem pessoas grandiosas no futuro, e isso se mostra durante e ao fim do livro.

"Capitães da Areia" é mais um dos grandes clássicos da literatura brasileira que fico feliz por ter lido, e também por fazer parte das pessoas que tiveram essa mesma experiência de poder refletir e saber mais a fundo sobre os motivos que o levaram a ser tão contestado pelo governo no ano de sua publicação.
comentários(0)comente



Nado 15/12/2020

Capitães de Areia narra fatos de 90 anos atrás que ainda estão tão presentes nos dias atuais. Essa obra atemporal de Jorge Amado nos faz refletir sobre as lutas de classe e a desigualdade social ainda tão gritantes na atualidade.
Acredito ser impossível ler a história dos meninos do trapiche sem um nó na garganta ou um aperto no coração. A narrativa é fluída e crua. O autor coloca diante dos nossos olhos, uma narrativa densa, mas vista sob a ótica de seus olhos tão sensíveis e excepcionais.
Recomendo a leitura.
Eduardo 17/12/2020minha estante
Preciso TANTO ler esse livro!


Nado 17/12/2020minha estante
Uma ótima leitura, Edu. Recomendo. Agora quero ver o filme.


Eduardo 18/12/2020minha estante
Também pretendo ler o filme depois de ler, Nado. Quero botar essa leitura no ano que vem, sem falta. Já posterguei demais kkk




Lohzin 14/03/2024

Uma obra absurda!!
A princípio achei que seria um livro que não iria gostar muito, mas a história acaba sendo viciante, trata de assuntos que realmente ultrapassam épocas.
Ao ler chega a ser engraçado porque em alguns momentos eu esquecia do fato que eram só meninos passando por toda aquela situação.
São milhares de situações que acabam nos fazendo questionar sobre as coisas que estão a nossa volta as quais acabamos simplesmente ignorando sem perceber.
É um livro muito bom, apesar de estranhar um pouco a escrita no início já que leva algumas expressões da região ou mesmo o modo de como esses meninos conversavam (nada muito impactante, mas quando li "tou" pela primeira vez realmente estranhei).
Recomendo a quem não leu dar uma chance ao livro, é uma obra impressionante.
jennibel 14/03/2024minha estante
Aiai esse livro--


David 14/03/2024minha estante
Só não dei 5 estrelas por conta da cena do e*tupro


Matteus5 14/03/2024minha estante
Um livro muito forte, em todos os pontos


jennibel 14/03/2024minha estante
Esse cena... que dor


Nina Pina 14/03/2024minha estante
Eu ameiii esse livro


mari152 14/03/2024minha estante
amo muito esse livro!




Sara 13/04/2021

Primeiro contato com Jorge Amado. O livro já começa com uma mistura de gêneros textuais, o que eu não costumo ver. O texto trata de assuntos que não são tranquilos de encarar e incomodam, apesar de necessários para a sociedade. Retrata bem a desigualdade social, os fatores que causam e seus desencadeamentos. Me transtornou ler páginas de abuso e por essa questão não releria o livro.
Paloma 13/04/2021minha estante
Meu livro predileto dele ?


Leituras da Grazi 17/04/2021minha estante
Me disseram pra ler esse livro"


Piro 22/06/2021minha estante
Muito bom livro. A esposa dele, Zélia Gattai, também era boa escritora. Li ?Anarquistas graças a Deus?.


Bruno.Fales 04/01/2022minha estante
Um romance muito fluido de ler, com passagens bastante gráficas mesmo.




Aline Oliveira 20/02/2022

Sem palavras, eu adorei esse livro!
Jorge Amado me ganhou nessa narração, que é extremamente envolvente, não tem como ignorar uma história tão real.
Situações sociais que perduram nos dias atuais, e é um livro que trás muitas reflexões, recomento muito!

A obra retrata a vida de um grupo de crianças abandonadas que crescem nas ruas de Salvador, vivendo em um armazém em ruínas e roubando pra sobreviver.
O trapiche é o único lar que conhecem e possuem, vivem como família protegendo uns aos outros, são acostumados a liberdade, e com essa "liberdade" criam suas próprias regras.
Só lendo e sentindo pra entender a dimensão.
comentários(0)comente



Jonas (@castelodepaginas) 18/06/2020

Capitães de Areia
Fiz resenha no meu blog dessa obra, por favor visitem e se inscrevam. Obrigado

site: https://resenhasnonaarte.blogspot.com/2020/06/capitaes-da-areia.html
comentários(0)comente



Monique 15/02/2011

"A alegria daquela liberdade era pouca para a desgraça daquela vida"
Capitães da Areia é um romance de Jorge Amado que foi escrito em 1937, o que para falar a verdade, para mim, não faz a menor diferença: é um livro que (infelizmente) é completamente atual, e creio que assim será por vários anos... ou até mesmo sempre.

Trata-se de um livro onde Jorge Amado, um escritor baiano, autor também de "Dona Flor e Seus Dois Maridos", escreve a incrível e emocionante história de meninos que vivem como homens, roubando para viver, não tem mãe, pai, carinho, nada, crianças baianas, crianças brasileiras.

Ao ler o livro, tive uma dificuldade em associar a idade dos personagens com a vida dos mesmos, afinal quem imagina que crianças de cinco anos, como Pedro Bala a idade em que saiu pelas ruas da Bahia, fique abandonada, sem ninguém, sendo enxotada por todos os cantos? Eu prefiro não me conformar com essas imagens, como a maioria já parece ter feito.

Nesse romance que mais parece um retrato muito mais que fiel e detalhado do Brasil atual, é narrado a história de personagens:

Pedro Bala já citado, que era filho de um grevista, que morreu lutando pelo direito dos trabalhadores durante uma greve, com um covarde tiro, quando Pedro tinha cinco anos, o menino saiu pelas ruas, e depois, ao brigar com um do líder dos Capitães da Areia, luta a qual ganhou uma cicatriz no rosto, ganha também a liderança do grupo.

Vida Seca um menino do sertão apadrinhado por Lampião, sim o Virgulino Ferreira da Silva, um garoto que vinha com sua mãe, uma mulher valente, porém que morre na viagem para Bahia, deixando seu filho seguir a viagem sozinho, Vida Seca, em quase todo o livro é descrito como um menino com um semblante sombrio, assim como seu padrinho odiava a policia, e ao se juntar enfim aos cangaceiros se mostra mesmo jovem, ao 16 anos, uma pessoa cruel, sempre com seus olhos sombrios.

Sem Pernas, um pobre garoto coxo, com raiva do mundo, alias um dos personagens mais marcantes do livro. Este garoto tinha ódio de tudo e de todos, ele era o responsável por investigar a casa que seria alvo do furto dos Capitães, Sem Pernas chegava na frente casa, aonde contava sua história: um menino coxo, que não tinha família, mas que não queria viver roubando, queria um emprego. E conseguia, por piedade, as donas das casas o deixavam ficar, porém depois o olhavam com desprezo, arrependimento de tê-lo dado emprego e moradia, por isso, logo que sabia aonde se encontravam os pertences de valores, para contar ao Capitães, Sem Pernas fugia da casa com uma felicidade, uma alegria por se sentir vingado. Porém, ao executar este plano, o pobre garoto não encontrou uma mulher com uma falsa piedade, o ajudando por se sentir obrigada, encontrou Dona Ester, que o abrigou como um filho, um filho que ela havia perdido, com o nome de Augusto, o mesmo que o menino abandonada disse se chamar. Nesta parte do livro, uma das melhores na minha opinião, Sem Pernas entra em um dilema, ele enfim havia encontrado o amor e carinho de que tanto queria, e precisava, como toda criança, mas ficar naquela enorme casa, seria trair os Capitães, a narrativa desta parte é muito emocionante - porém o desfecho terá que ser lidos por vocês.

Professor, um garoto que buscava refugio e era apaixonada por livros, lia para todos no Trapiche, onde esses garotos, mais de cem, viviam abrigados, este garoto, mesmo sem ter frequentado muito a escola, quase nada alias, sabia desenhar, e assim ganhava alguns trocados pelas ruas. Quando se torna mais velho, é o Professor que antes de maravilhas o país, o aterroriza com a realidade da vida dos abandonados.

Gato, um jovem elegante, vigarista, um malandro baiano, que vivem enrolando os outros, amiga-se com uma prostituta, a Dalva, e vai vivendo como os outros, de roubos e extorquindo dinheiro da "sua mulher".

Dora, a única garota que entrou para o grupo, ela é um figura muito importante, pelo menos na minha (humilde opinião de leitora de - quase - 17 anos, e com muitas páginas ainda a percorrer), ao chegar ao Trapiche todos a olham com desejo, apesar de muito novos, ainda criança, como já disse, eram como homens, ladrões, tendo uma vida miserável, nunca foram crianças. Dora, como ela não tinha mais ninguém quando chegou ao Trapiche com seus dois pequenos irmãos, perderam a mãe, não tinham mais ninguém. Porém todos percebem: ela é só uma menina, e tudo começa a mudar, os olhares de homens, mostram-se olhares de crianças, que a viam como mãe, irmã, que nunca tiveram.

Enfim este livro é muito mais que recomendado, ele é necessário para todos, não foi à toa que ele entrou para os meus favoritos, é um livro emocionante, incrível que todos, sem exceções deveriam ler. Merece muito mais que só cinco estrelas...

Evy 15/02/2011minha estante
Uauuuuu!
Que ótima resenha Mô, parabéns!
Adorei e é óbvio que ela vai pro Mural! :)
Fiquei até com vontade de ler, quem sabe eu encaixo ele no mês dos clássicos brasileiros!?
Um beijãoooo


Teka 08/11/2011minha estante
Esse livro marcou muito minha pré- adolescência !
Li porque tive q fazer um trabalho para escola ...
Na época, era muito ingênua e não entendia algumas coisas, mas anos depois li de novo e adorei !
Considero um dos clássicos brasileiros, sem dúvida !


Rani 14/11/2012minha estante
... Gostei muito dessa resenha!!!
Me deu até vontade de ler esse livro!!
E é o que eu vou fazer...


Marluce13 19/03/2017minha estante
Perfeita a resenha, muito bom o livro mesmo. Nossa triste realidade de cada dia.




Victor Dantas 22/09/2020

Jorge Amado: Patrimônio Cultural do Brasil.
Não tenho histórico de experiências com clássicos da literatura brasileira. Mesmo no ensino médio quando os meus professores solicitavam as obras para provas, trabalhos, eu ia em busca de resumo na internet e me dava por satisfeito. Quanta ignorância né? Eu sei, reconheço isso.

Eis que estamos em 2020, setembro, e eu tive a oportunidade de participar de uma Leitura Conjunta organizada pelo canal “Ler Antes de Morrer” da famosa e aclamada (nacional e internacionalmente) obra “Capitães da Areia” do nosso nordestino, Jorge Amado.

E então, esse se torna o primeiro clássico brasileiro que eu li integralmente, e só posso dizer: antes tarde do que nunca.

Não poderia ter começado da melhor forma, se não pelo escritor nascido na minha região, que escreve e refere-se sempre ao recorte espacial nordestino, mas que ao mesmo tempo, sua obra se apresenta como um retrato nacional e internacional das mazelas sociais que violentam os mais vulneráveis, que em “Capitães da Areia” são representados pelas crianças órfãs.

Órfãs não apenas de mãe e pai, mas, órfãs de casa, educação, afeto, cultura, órfãs de infância...pois foram obrigadas a se tornarem adultos precocemente. Afinal, como bem elucida Jorge Amado (1937):

“Porque o que faz a criança é o ambiente de casa, pai, mãe, nenhuma responsabilidade” (p. 244).

Os Capitães da Areia vivem na cidade de Salvador, em uma época muito bem marcada, durante a antiga república brasileira. O autor nos situa num período onde estava em ascensão a econômica nordestina, durante os ciclos do açúcar e do cacau, que foram responsáveis pela industrialização das capitais nordestinas, como Salvador, Aracaju e Recife.

O grupo, liderado por Pedro Bala, é formado por mais de 30 crianças, dentre eles: Professor, Sem-Pernas, Gato, Pirulito, João Grande, Volta Seca, e a única menina do grupo, a Dora.

Cada um, com seu ponto de vista, sua subjetividade, e suas demandas, vai compondo o enredo do romance.

Aliás, a diversidade não está só nos apelidos, como também nas condições físicas e sexuais. Temos crianças negras, brancas, crianças estrangeiras, crianças com deficiência física, crianças heterossexuais e homossexuais... gente.

Tal fato, confirma que todos podem ser vítimas desse fenômeno violento. Não há ninguém imune.

Crianças. Crianças que vivem em situações de abandono na grande Salvador, no qual no livro é referenciada como “A Cidade da Bahia”. Lidam diariamente com a violência, a fome, o medo, a ausência de carinho, o não acesso à cultura, à educação.

Mas, apesar das adversidades retratadas, elas possuem um bem maior e coletivo que é a liberdade. Liberdade não pelo simples fato de viverem nas ruas de Salvador, mas, por fazerem da cidade, sua casa, sua amiga, sua família... sua igual.

Diante da situação de miséria, os Capitães da Areia, furtam para vencer a fome, para ter uma moradia e ter o que vestir. De um lado, são vistos como ladrões, do outro, visto como sujeitos vulneráveis. E essa dicotomia de interpretações da realidade dos “Capitães da Areia” que veste toda a obra do Jorge Amado.

“Quem cuida deles? Quem os ensina? Quem os ajuda? Que carinho eles têm?” (p.155).

Uma obra, como eu bem disse, que marca uma época bem definida, mas, que não se limita a um só período histórico. Pelo contrário, se faz presente até hoje. Não só em Salvador, na Bahia, mas, no Brasil, na América, no Mundo.

A fome é um problema social, criado pela sociedade.
Fome não só de alimento.
Fome de segurança. Fome de lar. Fome de afeto. Fome de família.
A responsabilidade? Também cabe a sociedade.

Após essa leitura, sinto como minha obrigação, bem como um favor a mim mesmo, conhecer as outras obras desse autor que deu voz a sua gente. Que escreveu sobre o Brasil, de uma forma real, lírica e única. Que tocou na ferida sem medo e mostrou para gente.

Jorge Amado é um patrimônio cultural do nosso país.
Daniel1841 22/09/2020minha estante
Quem nunca leu um resumozinho na época da escola que atire a primeira pedra!

Te indico outros clássicos maravilhosos: O quinze (Rachel de Queiroz) e Vidas Secas (Graciliano Ramos).

Sou iniciante em Jorge Amado tb, já quero ler mais. Li A morte e a morte de Quincas Berro D'água na época do Colégio, mas não lembro muito, então considero a leitura de Capitães da Areia meu início em sua obra, acho que foi um ótimo pontapé.


Victor Dantas 22/09/2020minha estante
Grato pelas indicações André! Já coloquei na minha lista ?


Lutty1 22/09/2020minha estante
Lu no ensino médio. Exatamente, obrigatório! Já amava ler mas achei bem pesado... Hoje vejo que era imatura para esta obra


Lutty1 22/09/2020minha estante
Não brigue com Machada do Assis. Dê uma chance a Dom Casmurro e Memórias Postumas de Brás Cubas. Depois me conta...


Quel 23/09/2020minha estante
Também não li no ensino médio Victor, talvez na época não teria me marcado tanto como me marcou agora, com certeza, livro 5 estrelas?


Victor Dantas 23/09/2020minha estante
Pois é Quel, também penso da mesma forma.


Victor Dantas 23/09/2020minha estante
Vou dar sim uma chance a Machado Lucy kkk
Obrigado pelas indicações


Quel 23/09/2020minha estante
???


Geovana.Esther 27/09/2020minha estante
Agora que vi que tu resenhou, falando meu livro preferido não tinha como eu não aparecer né. O livro é bem marcado pelo regionalismo, assim como outros livros que também são da segunda fase do modernismo, porém confesso qur nunca consegui ler O Quinze e olha que admiro bastante a história da Raquel de Queiroz. E senta aqui, como você ousou pesquisar resumo na internet? Clássico é tudo.


Geovana.Esther 27/09/2020minha estante
Não posso julgar tanto porque estou procrastinando a leitura de Cartas Chilenes para o vestibular, mas clássico brasileiro é muito bom.




-Koraline 15/07/2023

Capitães de Areia é uma retrato assustador de abandono infaltil, descaso social e negligência governamental. As crianças dessa história com certeza passaram por apenas uma migalha do que muitas sofre até os dias de hoje, e é muito triste perceber que, apesar das dificuldades, o maior anseio dela é carinho e proteção, e é o que menos têm. Apesar de não ser um livro atual, a crítica continua servindo para os dias de hoje, e me fez perceber o quão pouco eu falo para ajudar crianças em situações de vulnerabilidade. É com certeza uma história que todos deveriam conhecer como forma de conscientizacão e humanização.
comentários(0)comente



Bual 27/01/2021

Capitães da Areia
Minha primeira obra de Jorge Amado. Comecei bem.

De modo sinóptico, o livro é sobre um grupo de meninos abandonados que vivem num trapiche ? também abandonado, percebi agora essa ligação ? em Salvador, ou na ?Cidade da Bahia? como o autor menciona diversas vezes no texto. Para sobreviver eles cometem delitos e contam com a ajuda de uma mãe-de-santo e um padre frustado ? não para os delitos; quero dizer... não diretamente.

De outro modo, é um livro sobre política, injustiça, opressão e liberdade. É também lírico e dramático. Tem cenas repulsivas, sufocantes, emocionantes, românticas e de aventura. Pensando bem, é um livro bem denso para a quantidade de páginas. Dá até mesmo pra se sentir andando nas ruas de Salvador, como eu fiz uma vez.

Se eu recomendo? Bem, ficam aí as 5 estrelas para responder.
João Paulo 27/01/2021minha estante
Vi o filme, e amei! Um dia vou ler o livro.


Bual 27/01/2021minha estante
Já marquei pra assistir mais tarde, João. Tem no YouTube #ficaadica


Cananda 27/01/2021minha estante
essa resenha era o que eu precisava para, finalmente, ler o livro.


Bual 27/01/2021minha estante
Que legal, Nanda. Bom saber ?




Diego Lima 31/03/2022

Os capitães da areia eram crianças órfãs, abandonadas ou fugidas de suas casas na Bahia. Apesar da pouca idade eles já tinham experiências de adultos, como a prática de crimes, uso de drogas e vida sexual ativa. O grupo era liderado por Pedro Bala o qual tinha o respeito de quase cem integrantes - ler-se crianças e adolescentes.

Apesar do enredo simples e a romantização dos Capitães, o autor consegue abordar essa realidade onde muitos fecham os olhos para essa situação escrita na década de 30 e ainda é bem atual nos dias de hoje.

Vamos acompanhar a trajetória de sobrevivência e dos delitos dos membros dos Capitães da Areia, onde cada uma tem uma característica dominante: um é o líder, outro é fiel ao bando, tem o inteligente. E com a união de suas particularidades ficaram conhecidos e temidos em todo o Estado da Bahia. Em algumas missões dava para torcer para o sucesso deles, porém, Jorge Amado deixa claro o lado podre do grupo devido a vida conturbada a qual tiveram.

O livro cumpri com o papel da arte ao fazer enxergarmos fora da caixa, ainda mais um tema muito complicado: menores sem lar e infratores. Mesmo com toda a carga negativa - possui gatilho de estupro, por exemplo -, ainda existe uma luz de esperança pela bondade humana. Uma leitura bastante necessária, não é atoa ser um dos livros mais vendidos de escritores brasileiros.
mpettrus 01/04/2022minha estante
Esse livro é um marco da literatura brasileira do século XX?


JurúMontalvao 02/04/2022minha estante
?


Raimundo.Sales 05/04/2022minha estante
Estou lendo!


Diego Lima 24/04/2022minha estante
Livro é muito bom. Vale a leitura.




Andre.28 09/08/2020

Pobreza e a luta pela sobrevivência
Uma narrativa que reúne lirismo, poética e uma crítica social, com uma linguagem simples e acessível. Capitães de Areia, obra publicada em 1937 pelo consagradíssimo escritor baiano Jorge Amado, embarca todo um esforço literário que ratifica esse livro como um clássico da literatura nacional. Capitães de Areia é um livro que retrata a realidade pobre da infância abandonada, representando não só o período dos anos 30 no Brasil, mas também uma realidade que se perpetua aos fatos contemporâneos. É um clássico atual, que retrata a realidade nua e crua.

O enredo aborda a vida dos Capitães da Areia, um grande grupo de meninos pobres, órfãos abandonados à própria sorte nas ruas de Salvador, e que cometem pequenos furtos e outros delitos menores para tentar obter algo para comer. Nessa jornada em busca da luta pela sobrevivência conhecemos a história de cada um dos principais garotos do grupo: o líder Pedro Bala, o interiorano Volta Seca, o Sem Pernas, o Professor, o João Grande, O Gato e alguns outros personagens desse grupo fascinante.A história de uma realidade nua e crua, comovem os leitores. Esses meninos que moram num trapiche abandonado e vivem de pequenos furtos e golpes, retrata de forma cabal a vida real de um contingente populacional pobre que vive nas ruas.

Analisando bem, podemos ressaltar alguns pontos históricos do livro que causam impacto que vão desde formação política de Jorge Amado, até à polícia do Estado Novo Varguista que tratava “as questões” de classe de uma forma autoritária –, o modo de operação de tantos regimes na América Latina. Em termos literários Jorge Amado as retrata como personagens com muita gana, energia para viver, a malandragem e a sexualidade precoce em um ambiente que exigia “manha” e esperteza. Pedro Bala e seus amigos apresentam um tipo de inteligência e vontade de viver, uma luta árdua para sobreviver num ambiente de fome, de miséria, e cerceados por condições sociais hostis. Jorge amado com um tipo de prosa singular, linguagem coloquial de uma prosa repleta de crítica e humor, tece com emoção o enredo triste e cheio de “causos” e acontecimentos. O final é emocionante, principalmente a relação estabelecida de diferentes formas com a garota Dora. Este é um livro de representações sociais, com doses generosas de emoção e humor. Um clássico marcante.
Bia 09/08/2020minha estante
Ótima resenha! Lembro que tive que ler pro vestibular, e me marcou muito como a ingenuidade da infância (exemplificada na tão comentada cena do carrossel) convivia de forma tão contraditória com tantos comportamentos precoces que as condições e o meio deles exigiam. É uma leitura muito emocionante sobre valorização da infância, denúncia da nossa violência estrutural e outros tantos temas mais, que você bem pontuou!


Andre.28 09/08/2020minha estante
Muito obrigado Bia! Eu queria poder ter falado mais sobre esse livro, mas compreendo que se eu pudesse esta resenha minha estaria com páginas e páginas, ou seja, ficaria enorme e ninguém iria ler rsrs. Você falou tudo: é uma história muito marcante. Mais um vez, muito obrigado ??


Sinésio 09/08/2020minha estante
Parabéns, André!


Andre.28 09/08/2020minha estante
Obrigado!


jusousan 10/08/2020minha estante
Quero muito ler! Espero que seja breve




cecilia 27/06/2021

"Porque a revolução é uma pátria e uma família."
Essa foi uma releitura que fiz pra escola, e como sempre, esse continua sendo um dos melhores livros que já li.

Devo dizer que me emocionei em grande parte do livro. Muitas vezes durante a leitura, é fácil se esquecer de que se trata apenas de crianças, não só pela maneira que eles vivem, nas ruas, precisando roubar para sobreviver, mas também pela maneira que são tratados aos olhos da sociedade, que parece não enxergar que a situação e a maneira que vivem não é culpa deles. Há também as cenas que nos lembram que eles são crianças, quando é comentado seus desejos de ter uma mãe, uma família que pudessem lhe trazer conforto. E também cenas que eles agem e brincam conforme a idade.

É uma crítica social muito importante, que infelizmente ainda serve para os dias de hoje.
comentários(0)comente



4204 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 |


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR