Resenhas - O Cortiço

lolomba 31/05/2024

Nem tudo é exatamente o que parece ser, e se for muito parecido sugiro que olhe mais de perto, a ordem pode ser caos e o caos pode ser ordem.
O que nada aparenta, pode ser mais surpreendente do que o que aparenta.

giovana110802 31/05/2024

?Eram cinco horas da manhã e o cortiço acordava, abrindo, não os olhos, mas a sua infinidade de portas e janelas alinhadas.?

Lucas1429 30/05/2024

Me Surpreendi positivamente
Esse é o tipo de livro que tive de ler na escola e não me lembrava de absolutamente nada sobre ele. Minha percepção sobre esse livro antes de ler ele novamente é de que era mais uma leitura chata e detalhista e que acabaria abandonando. Minha surpresa foi em descobrir que o livro apesar de ser bem detalhado ele não é de todo mal não, a história é bem interessante e os assuntos que são abordados o deixam atual. Para resumir sem dar spoiler é tipo um novelão a lá Malhação da época kkk. Eu recomendo dar uma segunda chance para esse livro a quem tinha as mesmas percepções que eu tinha e se surpreender positivamente também.

Paulo.Diniz 30/05/2024

"Aluísio Azevedo retrata as péssimas condições de vida dos moradores dos cortiços cariocas neste romance estrelado por dois imigrantes portugueses."

Geovana 30/05/2024

Realidade
O livro mostra como era realmente a sociedade naquela época, e muitas vezes é duro ler, constrangedor, trás ao mesmo tempo raiva e risadas, não atoa um clássico

Andressa 30/05/2024

Um dos melhores livros que li esse ano, a história é engraçada, envolvente e bem contada.
E agora estou com vontade de reler novamente.?

Yasmim 30/05/2024

Não sei, ainda que seja interessante mergulhar num período próximo com hábitos tão distantes não achei que valeu a pena.
O ser humano sendo retratado com hábitos animalesco. A falta de humanidade pode ser positiva pra alguns leitores, mas não posso dizer que me agrada. E o que me perturba é a proximidade entres os anos, além de que hoje as heranças que o brasileiro recebeu estão meramente escondidas, subentendidas, ali no escuro que não queremos admitir que exista.
Vou considerar uma leitura de pesquisa, onde descobri uma forma de escrita que não me atrai e que me trouxe consciência de que mudanças necessárias têm de ser constantes.

Rozane .souza 29/05/2024

O autor, construiu uma realidade que nos mostra como surgiu a favela no centro do rio de janeiro. Os personagens ,estão até hoje entre nós.

luisa.taylors 29/05/2024

Malhação
Li esse livro por pura e espontânea pressão da bibliotecária da minha escola.
Jurava que seria um livro super descritivo e chato. Estava certa na parte do descritivo, mas NUNCA na do chato. Descreverei o livro de uma forma que qualquer fã de literatura clássica e/ou professor de literatura iria me matar: O Cortiço é como se fosse a novela Malhação só q do séc 19. Não irei dissertar sobre isso, só jogarei a bomba.
Recomendo pra todo mundo
(Rita, eu te odeio)

Davi1091 29/05/2024

O cortiço de Aluísio Azevedo é uma obra imprescindível para pensarmos o Brasil do século passado. Essa foi a primeira obra que li do escritor e tive várias pausas e ao mesmo tempo tive que ler de novo para me situar e não perder nenhum detalhe.
Percebi que é um livro muito bom para falarmos sobre a Revolta da Vacina, Saneamento básico e a Submissão da Mulher. O que me chocou foi quando eu li "afeminado" para caracterizar o personagem Albino e após isso fiquei refletindo "imagine escrever isso naquela época, onde os temas da literatura eram voltados para um tema mais relacionado a elite, com uma visão eurocêntrica e sem personagens homossexuais?"

dia 28/05/2024

Como pode um livro de 1890 ainda ser tão atual em relação a como o ser humano é nojento?
Já tinha tentado ler esse anos atrás mas confesso que não tive muita maturidade com a linguagem mais antiga, dei uma nova chance dessa vez em um audiobook e dessa vez consegui terminar, apesar de pausar por diversas vezes já que ficava indignada com os acontecimentos da história.
É um clássico que nos deixa ao mesmo tempo tristes e indignados com a natureza dos seres humanos e das nossas relações.

Mari 28/05/2024

Pesado
Li esse livro para faculdade, e é muito interessante ver os detalhes e principalmente discutir em sala de aula.
Interessante como o autor é um modelo do naturalismo e como é um movimento literário que não te dá esperança, do início ao fim é uma desesperança, principalmente para aqueles que resolvem seguir e se apoiar em uma ética "descente". Os únicos personagens que se dão bem de alguma forma são aqueles que estão dispostos a explorar outras pessoas, todo esse contexto e outros como os preconceitos relacionados ao povo brasileiro e o racismo direcionado aos escravos mostra uma sociedade realmente podre.
No geral é um livro muito bom, enrolado e às vezes confuso pela grande quantidade de personagens, mas no final do dia o maior e principalmente personagem da história é o próprio cortiço.

Mori5 28/05/2024

Bom, mas a leitura foi difícil para me já que era minha primeira literatura brasileira mais antiga porém todo o enredo é bom cada capítulo é de alguma forma interessante e entrega o que promete, podridão o final nem se fala as histórias mista dentro de um livro e não ter um protagonista "fixo" é muito legal e eu particularmente amo isso

Renata.Orlando 28/05/2024

Fantástico
Minha gente isso aqui é o puro suco do Brasil mesmo.
A meritocracia, a falácia, o preconceito colocam essa narrativa num lugar ímpar pra época e a torna ainda atual.

O Estrangeiro 28/05/2024

O mais importante romance do naturalismo brasileiro e uma das obras essenciais da literatura brasileira, O Cortiço conta as histórias de diversos personagens que vivem na ou nos entornos da ocupação urbana que dá título à obra. Embora tenham personagens com maior destaque, especialmente João Romão, Bertoleza, Rita Baiana e Jerônimo, a história parece de fato tratar do cortiço em si, o que, pelo pouco que li a respeito, é uma visão apoiada por pesquisadores da área.

Em certos aspectos acredito que seja correto tratar O Cortiço como uma expressão artística ambígua, pois embora em sua páginas tenhamos um retrato muito fidedigno da população brasileira, um tanto jocoso e inspirado em diversos momentos, também há um racismo flagrante, que não se expressa apenas em personagens, mas também e por diversas vezes a partir do narrador. Esta faceta do romance reflete o pensamento do autor e, em parte, da própria época em que foi escrito. Aluísio Azevedo era alinhado com as teorias raciais (pseudo)científicas que dominavam o cenário intelectual à época. Um ponto interessante é que a obra não é racista apenas com negros, como poderia se esperar, mas também com portugueses e italianos, por exemplo.

Por outro lado, O Cortiço é brilhante em diversos momentos, pois Aluísio Azevedo sabe dosar o naturalismo, com suas longas descrições e situações verossímeis, com momentos em que é transmitida a subjetividade de alguns dos personagens. Destacaria neste aspecto especialmente as passagens que tratam do amor de Jerônimo por Rita Baiana e o trecho específico em que Pombinha percebe quanto os homens são tolos e manipuláveis pelas mulheres ao escrever uma carta para um homem traído que quer recuperar sua ex-companheira.

Aluísio Azevedo também foi bastante original e corajoso ao tratar de algumas temáticas capciosas como a hipocrisia da alta sociedade e o homossexualidade. Inclusive O Cortiço é famoso por retratar talvez a primeira cena homossexual da literatura brasileira, quando Pombinha é assediada pela prostituta Léonie, vindo posteriormente a ter sentimentos dúbios sobre o ocorrido. Há também um personagem que é gay, o qual me falha o nome no momento, mas que convive com as lavadeiras do cortiço.

É definitivamente um dos melhores livros que li na vida, praticamente impecável.