Morangos mofados

Morangos mofados Caio Fernando Abreu




Resenhas - Morangos Mofados


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mari 21/05/2020

strawberry fields forever.
''Apesar das minhas unhas crescidas, ainda não estão longas nem afiadas o suficiente para que possa cravá-las em minha própria garganta.''
Meu primeiro contato com Caio Fernando Abreu não poderia ter sido melhor. Ler esta obra foi como submergir-me n’um oceano egrégio de sentimentos profundos, pessoais e melancólicos onde cada frase, tão crua e direta, atravessa o meu âmago de uma forma que não consigo pensar em nada além de cada palavra dolorosamente colocada pelo autor e, ahhh... que escrita belíssima! Senti-me em contato com a mais profunda camada de seu cerne a cada página lida, onde Caio utilizou como um refúgio peculiar para uma espécie de desafogo que ficará eternamente em minha memória o deleite que fora esta mistura de sentimentos durante a leitura. Puxa vida, muito obrigada Caio por cada palavra meticulosamente escrita de uma forma única que apenas um virginiano conseguiria!
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biaaarcencio 30/05/2022

achei o livro incrivel, cada conto um melhor que o outro. Confesso que a leitura foi um pouco massante, mas foi uma ótima experiência!!!
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Camila 24/07/2011

Morangos Mofados
Quem lê a contracapa de “Morangos Mofados” espera uma coletânea de contos repletos de referências ao movimento da contracultura dos anos 60. Caio Fernando Abreu certamente se inspirou nesta década criativa, citando “Strawberry Fields Forever”, canção dos Beatles, no conto que encerra o livro. O primeiro conto também surge como uma ode ao passado, revelando mágoa, arrependimento e desespero frente à passagem do tempo. No entanto, “Morangos Mofados” é um livro atemporal e com a evolução dos contos percebe-se que os sentimentos humanos são a principal temática.Insegurança, ansiedade, dor e fracasso estão presentes nos nove contos que compõem a primeira parte do livro, intitulada “Mofo”. O último parágrafo do conto “Luz e Sombra” simboliza a chegada ao sentimento do fracasso e a sensação sufocante causada pela falta de esperança.

“O dia está muito quente. Quando a tarde avançar, sei que me encontrará sentado no degrau. E depois que o cinza tiver se transformado em rosa e em violeta e em azul profundo, e por fim em negro, sei que estarei parado no centro daquele quarto, ouvindo guinchos estridentes e o bater das asas dos morcegos. Gritarei então. Muito alto, com todas as minhas forças, durante muito tempo. Não sei se foi esta a ordem, se será assim ou depois. Mas sei com certeza que nem você nem ninguém vai me ouvir.”

Durante a segunda parte do livro, intitulada “Morangos”, a ansiedade e a loucura permeiam a busca pela transformação, de uma situação atual desfavorável para um futuro mais confortável. Os contos “Transformações” “Pêra, Uva ou Maçã” e “Natureza Viva” ilustram esta procura ativa por uma realidade melhor. A insegurança e a dor também estão presentes na busca pela liberdade, pelo amor ou por uma razão de viver. O último conto, separado em uma seção única “Morangos Mofados” simboliza a esperança afirmando que mesmo os morangos mofados guardam na sua essência o frescor da juventude.

“Abriu os dedos. Absolutamente calmo, absolutamente claro, absolutamente só enquanto considerava atento, observando os canteiros de cimento: será possível plantar morangos aqui? Ou se não aqui procurar algum lugar em outro lugar? Frescos morangos vivos vermelhos. Achava que sim. Que sim. Sim.
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deh 05/01/2010

Morangos Mofados é a seleção que inclui os melhores contos de Caio Fernando. É dividido em três partes: "O Mofo" (9 contos), "Os Morangos" (8 contos) e "Morangos Mofados" (último conto que dá nome ao livro). Caio F. traz a tona alguns assuntos polêmicos, como a homossexualidade em "Sargento Garcia". Fala também sobre solidão, sentimento e dor, que são seus assuntos mais abordados. A grande maioria dos contos apresenta um teor triste, que é consequencia da perda. Uma leitura contagiante.
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Marília Medeiros 12/05/2021

Caio, ah, Caio!
Li este livro em 2017. Em um momento muito significativo da minha vida: mudanças.

Caio é sentir! Fogo, imenso, vasto, atual. Despertou em mim vários sentimentos humanos. É tão lindo ver as palavras de Caio sobre o amor, bebida, sofrimento...
Ele te fala sentimentalidades de uma forma própria!

Caetano. Ney. Cazuza. Senti o sabor da MPB (anos 80) e da vida boêmia em cada trecho deste livro. Caio me remota a uma época que eu queria ter vivido.

Obrigada, Caio! Obrigada.
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André 11/06/2021

Lendo os diversos contos, fiquei com a sensação de que Caio tem vários escritores atrás da mesma persona. Ele parece lidar com as distintas linguagens literárias de uma forma sempre equilibrada. E o conto sobre a Caixinha de música é um dos melhores do livro!
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Erica 26/03/2014

MORANGOS são as pessoas e o MOFO são as dores e angustias que elas sentem.'
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Vittek 02/06/2014

“[...] tem coisa mais autodestrutiva do que insistir sem fé nenhuma?” (p.14) É um livro que, do modo particular, retrata os sentimentos humanos. Ele fala sobre as razões pelas quais alguém começa a amar outra ou achar que ama, da angústia pela espera de alguém que venha te trazer a tal da felicidade, da solidão, das tentativas de querer ser compreendido e ser correspondido pelo que sente, e do sentimento sufocante que causa isso não acontecer.
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Toni 19/02/2020

Morangos mofados [1982]
Caio Fernando Abreu [RS, 1948-1996]
Cia. das Letras, 2019, 192 p. 📖

Quem nunca leu Caio Fernando Abreu faz bem em começar pelos contos de Morangos mofados. Quem já leu de um tudo do autor fará melhor figura ainda quando resolver revisitar estes contos publicados em 1982. Assim como um clássico é sempre um livro que estamos relendo (na definição cretino-humorística de Italo Calvino), as personagens de CFA são criações com gestos e vozes muito familiares. Visitá-las, ainda que pela primeira vez, tem sempre um gosto de reencontro. 📖

Divididas em três partes — “O mofo” (9 contos), “Morangos” (8 contos) e “Morangos mofados” (conto homônimo) — as narrativas se comportam como numa fuga, gênero musical marcado por um tema repetido por diferentes vozes musicais, cada uma, à seu tempo, acrescentando diferença e entrelaçando-se às outras. A ditadura militar brasileira, a propósito, ocupa lugar de destaque na primeira parte, mas o grande tema, de uma ponta a outra, parece ser o fracasso (da escrita, da salubridade, das utopias, da experiência humana). Mas não pensem com isso que estamos diante de uma literatura de desistência e abandono: há reação, desbunde, resistência, vida em meio à precariedade, olhos e ouvidos atentos ao silêncio autoritário. O mundo descrito por Caio é, às vezes e com razão, o pior dos mundos. Mas é o mundo que calhou onde encontrarmos transcendência. 📖

Além de ser um dos pontos altos da obra de CF Abreu, este é também o livro que guarda um de meus contos favoritos da vida, “Aqueles dois”, a história de Raul e Saul, funcionários masculinos-discretos-fora-do-meio de uma repartição que certo dia descobrem outra possibilidade afetiva. Quando este conto em particular chega ao fim é que a gente percebe, com efeito, que a literatura tudo pode, até mesmo se vingar da mais cruel realidade. 📖

Apesar desta reedição ser linda, quem quiser economizar e ter todos os livros de contos do Caio na mão, recomendo os Contos completos.
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Mendes78 21/02/2020

Amei o Caio
Eu não sei nem como começar a falar sobre esse livro que me abalou de uma maneira totalmente nova e diferente, Caio Fernando Abreu, um autor do cânone literário (Obrigado Caio por ter me ensinado isso, não não é o Caio autor é o Caio amigo meu, Caiozineo) Enfim, um autor considerado clássico e considerado uma leitura muito importante para determianados vestibulares que por essa razão eu achei que não seria tão legal e talvez até chato de ler (Como machado, me desculpa gente mas machado não desce kkkk) mas acabou se tornando umas das minhas leituras favoritas de todas.

Enfim é o seguinte: eu não vou fazer uma resenha super detalhada sobre devido ser uma obra histórica porque eu não me considero com capacidade para fazê-lo mas direi aqui minhas impressões pessoais.

O fato é que o Caio escreveu esse livro na década de 70, terminou de escrevê-lo perto do finalzinho da década já. Se nós pudermos nos lembrar bem, nessa época estava rolando aqui no Brasil a Ditadura Militar, época complicada no nosso cenário principalmente para os criadores artísticos.

Nas minhas pesquisas eu não consegui descobrir se os contos de Caio nesse livro foram censurados ou não o fato é que ele aborda muitos temas que na época com certeza seriam trocados por receita de bolo se fossem ser publicados num jornal. Nessa época ainda estava surgindo o movimento da contracultura, um movimento que ia contra o “American way of life” que consistia basicamente no consumismo exagerado, foi nessa época que surgiu o movimento Hippie e o da Tropicália no Brasil.

O livro é separado em duas partes, a primeira sendo chamada “mofo” tem personagens bem fortes que mostram muito da descrença de que a utopia da contracultura fosse dar certo, enquanto os da segunda parte “morangos” mostrava muito de uma nova esperança, de que as coisas podem melhroar.

Uma das coisas que mais me chamou a atenção foi o fato de cada conto ser bom o suficiente para te fazer parar para digerir as palavras entre um e outro, Caio aborda temas como a homossexualidade, amizades fortes, preconceito, a propria ditadura nas entrelinhas, claro, e muitos outros temas que eu não estava esperando ver num livro de 1970/80.

Eu queria poder comentar um pouco sobre cada conto mas eu não consigo falar sem dar spoilers, cada um deles conseguiu mexer comigo de alguma forma e todos eles tem uma profundidade muito grande, a forma como o Caio escreve é sensacional.

Ao final do livro Caio termina com um ultimo conto de mesmo nome do titulo do livro. Onde nele podemos enteder toda a metáfora que está por detrás da estrutura dos contos e da própria capa do livro. Nele podemos sentir a angustia e a esperança. Em minha interpretação eu vejo muito do cenário de se sentir preso e sem ter o que fazer com a situação polítca da época, que não deixa de conversar infelizmente com a nossa atualidade onde estamos vendo muitos dos antigos erros se repetirem.

Contudo a mensagem que nos é passada pelo autor é que embora sintamos esse gosto de morangos mofados na boca, ainda podemos tentar plantar novas mudinhas em um novo vaso e quem sabe mais pra frente sentir o gosto da fruta no seu mais perfeito estado.

Como se não bastasse tudo isso ainda temos no final uma carta de Caio par aum amigo chamado “Zezim” que foi escrita em 22 de dezembro de 1979, escrevendo para ele falando sobre o processo criativo e incentivando o amigo a escrever. Ele menciona a música dos Beatles “Strawberry fields forever” Que inspirou o último conto do livro. Nesse momento ele dedica a música para o novo ano que vem e continua seu texto dando dicas para o amigo.

"Você me pergunta: que que eu faço? Não faça, eu digo. Não faça nada, fazendo tudo, acordando todo dia, passando café, arrumando a cama, dando uma volta na quadra, ouvindo um som, alimentando a Pobre."

Fato Curioso: Quem me recomendou esse livro foi um amigo chamado Caio (sim aquele lá do início do post), descobri muitos fatos curiosos da vida do Caio através de um amigo chamado Rafael, que por sua vez também começou a ler Caio Fernando atravéz de morangos mofados pasme: Também foi indicação de um amigo chamado Caio. Além de tudo isso, a carta para o zezim foi escrita no final de 1979 para 1980 e eu terminei de ler esse livro entre a ultima semana de 2019 e nos primeiros dias de 2020. Não pude deixar de relacionar a carta comigo mesmo e com a época em que nós estamos vivendo.

Morangos Mofados – Caio Fernando Abreu (★★★★❤)

Algum de vocês já leu algum conto do Caio, já conheciam ele ou tiverma experiência parecida com algum livro do canône? Me conta no meu blog abaixo

site: https://guigomendes.wordpress.com/2020/01/08/morangos-mofados-resenha/
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Amandinha 22/03/2020

A vida é um morango vermelho vivo e fresco
No início não gostei muito do livro, mas os últimos contos me passaram uma sensação muito grande de esperança e aconchego. Caio Fernando Abreu ganhou meu coração!
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Poesia na Alma 05/04/2020

aquele gosto de morangos mofando
Morangos mofados é a mortificação social, a descrença diante da repressão e da subjetividade das experiências mais concretas do dia a dia, dos amores proibidos. uma contextualização histórica. Há também amor e esperança de dias melhores, a estranheza diante de um mundo frio e áspero ao diferente, ao semelhante que não é igual e não está postulado numa normativa, ao corpo não militarizado.


leia mais - http://www.poesianaalma.com.br/2020/04/resenha-morangos-mofados.html
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Gigio 28/04/2020

Um dos meus autores brasileiros preferidos, sem dúvida. Me identifico bastante com sua literatura.
O livro traz ótimas reflexões sobre nossa condição humana, nossos dissabores, dores e angústias. Caio não é nada superficial, e nos faz dar mergulhos profundos dentro de nós mesmos, testando nossas convicções a cada parágrafo.
Não sai o mesmo quem se banha nesse rio.
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Danillo 05/05/2020

Alguns contos da são complexos.
Outros completamente fantásticos.
Autor bastante descritivo.
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