Mhery 26/04/2020Apesar de ser muito fã dessa história, eu gostaria de fazer uma crítica racional sobre o livro, então vamos a essa tentativa.
Ao finalizar a leitura, me senti numa viagem a qual eu já fiz (nos outros livros), só que do lado oposto do ônibus, e voltando quase pro mesmo ponto que o segundo livro deixou. Eu li coisas que eu já sabia, o "caminho" foi basicamente o mesmo, mas o autor me deu mais detalhes sobre outras possibilidades sobre a condição que essa história tem.
Eu acho muito bacana, inclusive, essas possibilidades que a história intrinsicamente tem, por conta da premissa básica da vida de A (e de seus semelhantes). Nem todos os personagens aqui tem um final fechado. Na verdade, eu gosto que o enredo seja uma "passagem", pois dessa forma não fechamos com finais felizes ou tristes, o que temos no mais uma breve reflexão sobre vida, sexualidade, amores, justiça, realidade de cada um. Mas nesse livro, apesar de novos horizontes, acho que a história agregou menos que os outros. Eu queria sim, que houvesse uma continuação, mas não fazia ideia de como poderia ter uma continuidade plausível. A meu ver, não teve uma continuação que agregasse MUITO mais na história a ponto de ter um terceiro volume, mas APESAR disso, e entendendo certas limitações da condição de viver um dia em um corpo diferente (que são explicada no texto), eu gostei MUITO de ter lido essa história. Talvez o final tenha sido mais fechado/justificado que o segundo. E ok, Levithan, compreendo que por mais que eu ame esse mundo que você criou, ele uma hora tem que terminar, e até mesmo acho que não há mais possibilidades para expandir essa história.
Acho que quem curtiu muito o segundo livro vai gostar desse aqui. Agora, se você não se conformou com o final... pense se vale a pena, pois esse aqui tem ~330 páginas.