spoiler visualizarAlyson.Fagner 08/05/2020
Espetacular
"Como é que eu pude ser tão má, tão cruel, tão burra?, você vai se perguntar. Você pessoalmente nunca teria feito as coisas daquele jeito! Mas você pessoalmente nunca precisou fazê-las."
SPOILERS
Os Testamentos foi uma leitura mais fluida para mim, em comparação com O Conto da Aia. E, definitivamente, eu amei mais que o primeiro volume.
Tia Margaret retorna, dessa vez com a reta final, o "empurrão para o precipício" de Gilead, trazendo como protagonistas 'Daisy', Agnes e a Tia Lydia, os capítulos em forma de manuscritos.
Três figuras femininas em lugares sociais diferentes, e de início eu não vi como os caminhos delas iriam se entrelaçar (na verdade, nem se passou pela minha cabeça teorizar), eu estava muito focado no que estava acontecendo no presente (e passado) delas.
Tia Lydia, que eu antes via com maus olhos, passou a ser minha personagem favorita.
Conhecemos sua trajetória no início desse regime teocrático e vemos como ela lida com as coisas no atual. Suas intenções eram um pouco turvas para mim de início (acho que até quase em 70% do livro), mas depositei minha confiança nela.
Quando ela disse: " Ah, pensei. Eis um jeito de escapar." pensei junto: essa mulher ainda vai detonar esse regime podre.
Desnecessário dizer que fiquei puto-ó com o escroto do Judd passando pano pra pedofilo, né?!
Quanto às garotas, saber a trajetória delas, a revelação de que as duas são irmãs e descobrir a identidade da mãe delas foi uma tarefa de detetive pra mim. Eu captei que a Agnes era filha da June desde quando ela mencionou que tinha a vaga sensação de lembrar dela correndo na floresta com outra pessoa (sua suposta mãe, a Tabitha).
Bem, eu não assisti a série e soube que esse livro tem coisas referentes a segunda temporada.
Então eu não fazia ideia de qual era a história da Bebê Nicole (hahaha).
Só soube quando a Daisy (a própria Bebê Nicole, kisseeees) contou sobre.
Tá passadah?!
Aiai.
Em suma, Os Testamentos é um livro NECESSÁRIO.
"Como dizem por aí, a história não se repete, mas rima."
"Precisamos nos recordar incessantemente dos descaminhos tomados no passado para não voltarmos a repetir os mesmos erros."
"Totalitarismos podem desmoronar de dentro para fora, à medida que deixam de cumprir as promessas que os levaram ao poder; ou podem ser atacados de fora para dentro; ou ambas as coisas. Não há fórmulas infalíveis, já que muito pouca coisa na história é inevitável."