Lane 20/12/2012The Devil in Winter O livro faz parte da série “Wallflowers” e é o 3° na sequencia de 4 livros.
Evangeline Jenner é filha de um proprietário de casa de jogos, que após a morte de sua mãe, seu pai confiou à família desta os seus cuidados. Com 22 anos, vivendo sob os controles dos seus tios que a criaram num constante regime de tortura e violência, de forma em que se tornou uma mulher tímida e gaga, eles de maneira arbitrária desejam agora que seu pai se encontra moribundo, casar Evangeline com seu primo, para assim tomarem posse da fortuna que ela herdará.
Sebastian, visconde de St Vicent é um homem de 32 anos cuja reputação é perigosa por ser um libertino e viver do puro ócio que o titulo lhe permite desfrutar. Por causa da sua inapetência com o trabalho e gostar de viver no luxo e no conforto, ele adquiriu dívidas que trouxeram sua ruína financeira e que o impulsionou a cometer delitos graves.
Adiantando minha opinião ressalto que a leitura me agradou, e recomendo como algo para passar o tempo e desanuviar a mente, embora o livro não possa oferecer mais do que isso.
A história se diferencia em mostrar primeiramente os protagonistas se envolvendo intimamente e só depois desenvolver o emocional entre eles.
Os fatos transcorrem no ano de 1843 e se passam na Inglaterra e Escócia (Gretna Green).
O enredo é todo ambientado dentro de um casino e muito previsível, não há nenhuma possibilidade estética nova no seu desenvolvimento, apesar de conter tentativas de assassinatos, algumas brigas corporais e uma proposta de celibato.
Reforçando a isto, faltaram elementos caricatos na narrativa que mesmo demonstrando uma crescente tensão sexual entre os personagens não dilatou as descrições da época. E por ser um romance regencial, eu senti falta dos bailes, dos costumes e daquela emoção única quando você sente ao ler um romance histórico.
Devido a isso, na minha avaliação eu tirei uma estrela do livro.
Os personagens são condicionados a estrutura da história, suas texturas equivalem a média, considerando o interesse que ele desperta no leitor. As motivações de cada um não são amplamente explicadas, não houve conflito entre os protagonistas e pelo título do livro dá a entender que seria uma história sombria, contudo a narrativa não te dá margem para saber como os personagens se sentiam. Todavia, é necessário prestar atenção ao desenvolvimento dos protagonistas no decorrer da história, para não perder as transformações dos personagens.
Pode se concluir que o livro é chato, porém não é. Apenas é uma história doce com uma carga dramática baixa e personagens desiguais que se completam na desigualdade. Conquanto não é que a história não tenha coerência, mas faltou consistência na sua estrutura, embora eu achasse alguns diálogos divertidos.
Posto que também não achasse adequado as ideias e os comentários recentes num romance histórico e achei a heroína com uma personalidade confusa, porém degustei das cenas sensuais e de conhecer um pouco (bem pouco) das regras de um casino no século XVIII.
No entanto, mesmo que a leitura não tenha gerado muitas sementes na minha mente ela conseguiu relaxa-la o suficiente com a sua docilidade.
Avaliei com 3 estrelas.