O sonho de um homem ridículo

O sonho de um homem ridículo Fiódor Dostoiévski




Resenhas - O sonho de um homem ridículo


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Emily977 22/02/2024

?Não quero, não posso acreditar que o mal seja a condição normal das pessoas?.

Pra ser sincera não sei bem o que falar sobre esse livro, acho que ele precisa ser lido pra ser entendido
Achei muito interessante e profundo.
A obra fala sobre como a sociedade ruma a perdição. Sobre um homem ridículo, vazio, que planeja o suicídio, que depois de negar ajuda a uma menininha desesperada tem esse sonho que faz com ele mude suas ideias.

"O principal é amar os outros como a si mesmo, isso é que é o principal, e só isso, não precisa de rigorosamente mais nada: imediatamente você descobre como se arranjar. E, entretanto, isso é só uma velha verdade que foi repetida e lida um bilhão de vezes, mas que não se assentou! ?A consciência da vida está acima da vida, o conhecimento das leis da felicidade está acima da felicidade?: é contra isso que se deve lutar!"

Leitura curta, rápida e bem fluida. Uma excelente leitura que vou guardar em mim por um bom tempo
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Beatriz.Serur 22/02/2024

Um primeiro contato com Dostoiévski e fiquei indescritivelmente apaixonada. Nada como um pequeno conto para nos fazer perder um ?preconceito? dos grandes autores.
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Babsi 19/02/2024

Obra prima dos sonhos
Sem palavras para o cuidado com que esta edição foi feita e ainda mais sem palavras para a escrita do autor. Simplesmente impecável.
Apesar de ser um livro curto, acompanhar a leitura foi uma experiência incrível, amei e me encantei com a história do início ao fim. Sem dúvida, uma obra que levarei comigo durante muito tempo.
Certas frases e passagens me fizeram refletir muito e de certa forma, esse livro me lembrou 1984 (outra obra que amei).
Impossível descrever a vividez que Dostô conseguiu dar ao seu sonho, como se fosse possível quase que tocá-lo.
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Ana Fortuna 19/02/2024

O sonho de um Homem Ridículo - Dostoiévski

O livro é uma discussão social sobre como o mundo está caminhando para o fracasso. O protagonista (Homem ridículo) é um progressista russo que só pensa pela razão e está em um momento da sua vida onde ele não tem nenhum tipo de propósito para viver e assim decide que vai cometer suicídio.
Em certa noite, o personagem encontra uma menina que rompe essa racionalidade do personagem, ela atinge ele de um modo sentimental, porém, ainda assim, ele ignora seu pedido por ajuda, e apenas faz uma reflexão sobre isso. Nessa cena, mostra o personagem dando as costas para uma criança inocente em desespero, em uma situação precária e precisando de ajuda. Neste momento, o personagem representa todas as pessoas e o autor demonstra como a sociedade é alheia à dor do outro.
A partir disso o personagem tem um sonho com uma “Terra boa” - Mito da idade de ouro, onde há uma sociedade sem conflitos - , uma terra que não fora maculada pelo pecado original, redigida apenas pelo amor. Esse mundo é tratado como o mundo perfeito durante o livro inteiro, onde a emoção é colocada acima da razão e acima de tudo, os indivíduos não estudavam sobre ciência ou buscavam pelo conhecimento sobre a vida.
Todavia, a partir de um ponto, o personagem narrador acaba colocando o pecado original ao mundo “bom”, e isso é tratado como se esse pecado trouxesse as instituições do mundo moderno, como a razão, a justiça, a ciência e a individualidade. O texto endemoniza os ideais modernos e mostra como se eles fossem os causadores de todo o declínio humano.
O livro defende a todo o tempo que o caminho da sociedade deveria ser pela emoção e religião e não sobre os ideais iluministas/razão. Porém, essa sociedade sem nenhum tipo de influência da razão é extremamente distópica. É impossível que mudemos a sociedade atual para uma perfeita se as pessoas não refletirem sobre o que está acontecendo hoje, sobre pobreza, racismo, machismo, homofobia e etc.
Como vamos mudar uma sociedade sem o conhecimento, sem a reflexão e sem o estudo? Se as pessoas não estudarem ou souberem o que está acontecendo no mundo, nunca vamos conseguir mudar. Não apenas com a emoção, como se diz no livro, mas sim com uma mistura dos dois. Não sendo apenas movidos pela razão e pela centralização da humanidade, mas também agindo com os sentimentos, agindo de forma amorosa, empática e respeitosa.
Além disso, tenho mais uma pergunta e reflexão sobre o texto: Amor só pode ser gerado por uma extinção das diferenças? No livro, podemos ver que as pessoas são todas iguais, pensando apenas com amor, com o mesmo tipo de religião, crença e opinião. Porém, quando as mesmas passam a ter opiniões diferentes e crenças diferentes, a partir de um “pecado”, Dostoiévski já passa a tratar isso como um dos “sintomas da destruição”.
Atualmente, é impossível vivermos em uma sociedade uniforme, onde todos são iguais, e não, na minha percepção, não é tornando todos iguais que vamos fazer uma sociedade com amor. Precisamos respeitar as diferenças e não aboli-las, uma sociedade completamente uniforme não funciona na realidade, individualidades existem, diferenças existem, e não é abolindo-as que faremos uma sociedade melhor. As sociedades fascistas eram uniformes, onde todos deveriam ser iguais e isso traria união, na opinião deles, mas não foi isso que aconteceu na 2º guerra mundial, o que aconteceu foi censura, massacre, falta de liberdade e atos antidemocráticos.
“Passaram a torturar os animais, e os animais afastaram-se deles, em direção às florestas, e tornaram-se seus inimigos. Começou uma luta pela divisão, pelo isolamento, pela individualidade, pelo meu e pelo seu. Passaram a falar em línguas diferentes. Conheceram o pesar e amaram o pesar, ansiavam pelo tormento e diziam que a Verdade só é alcançada através do tormento” - Nesse trecho podemos ver, esses humanos passam a utilizar dos animais apenas para o bem próprio, sem cuidar deles como antes, o que vemos muito hoje em dia, tortura dos animais para retirar seu leite, ovos e até mesmo carne, apenas pelo lucro. As pessoas param de ser empáticas e de cuidar de todas e passam a ser egoístas. Porém, não confundam egoísmo com individualidades, você prezar por suas individualidades e o direito de ser o que você quiser ou ter sua própria opinião e ser diferente não é egoísmo. E Dostoiévski passa o livro defendendo a ideia que a pessoa ter suas individualidades e diferenças, como no caso das línguas que ele cita nesse trecho, é um dos “sintomas de destruição”, o que eu não concordo.
Dostoiévski também faz uma reflexão de como seguindo a religião a sociedade seria melhor e, primeiramente, me perguntei sobre o que ele pensava sobre pessoas ateias, ou sobre outras religiões, estas não poderiam fazer o mundo um lugar melhor? Depois, lendo o posfácio (Edição da antofágica) de Flávio Vassoler, que fala sobre Jesus Cristo e a frase “Ama ao próximo como a ti mesmo”, deste modo entendi o que o autor quis dizer, mas as pessoas podem amar ao próximo e ter empatia sem ter nenhum tipo de religião ou sendo de outras religiões sem ser a cristã.
Ainda em seu posfácio li sobre Ivan Karamázov (Os irmãos Karamázov), um personagem do próprio Dostoiévski que faz uma crítica à religião cristã tendo em vista o sofrimento de uma criança inocente, deste modo ele afirma que, um mundo baseado pessoas que não cometeram o pecado original, e que ainda assim sofrem, não faz sentido. Ivan não nega Deus, mas denega o mundo criado pela divindade, um mundo onde pessoas inocentes sofrem pelas escolhas de outros.
Tudo isso mostra como Dostoiévski reflete sobre tudo, e tem muitos livros onde critica e reflete (usa a razão) sobre a sociedade.
Após tudo isso, o protagonista acorda com um propósito de vida de pregar essa palavra, onde deveríamos lutar contra a razão e a emoção deveria ser o futuro. Dostoiévski escreve este conto em um momento em que ele passa a frequentar muitos grupos nacionalistas, conservadores e religiosos e passa a ter raiva dos jovens progressistas que, muitas vezes, usavam da violência contra seus opositores, o que explica todo o seu posicionamento ao longo do livro.
Por fim, neste livro vemos a defesa do caminho pela emoção e religião e o ataque aos ideais iluministas e ideias sobre razão, já que, pelo ponto de vista do autor, eles haviam estragado a sociedade. Porém, é de extrema importância sabermos que nenhum extremo é qualificado quando falamos de organização social. Como já vimos na história, nem países com ideais extremamente socialistas ou comunistas e nem os extremamente fascistas ou direitistas deram certo no mundo. Dostoiévski propõe que esse mundo perfeito somente é alcançável por meio da religião e da emoção, porém, eu acredito que um mundo melhor tenha muito mais ligação com a propagação do amor, respeito e empatia, com estudo, reflexão e compreensão do mundo. Gostei muito, foi uma ótima primeira experiência com Dostoiévski. E mesmo concordando parcialmente com seus posicionamentos, eu recomendo a leitura!

E, para finalizar, uma frase:

“Eu não quero e não posso acreditar que o mal seja o estado normal dos seres humanos.”

Essa frase é incrível, ninguém quer acreditar que o mal seja o normal dos seres humanos, e isso é uma das coisas mais tristes de toda a existência humana. O mal ser tratado com tanta normalidade e o bom ser tratado como revolucionário.

Ana Fortuna
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Nanda Corpe 18/02/2024

Dostoiévski é Dostoiévski.
Uma leitura fluida, rápida e até certo ponto fácil de se compreender a sua intenção. Uma história que nos faz refletir sobre os rumos da humanidade, a qual está se perdendo com seu racionalismo e cientificismo exacerbado em detrimento do sentimento, do amor, da compreensão e da solidariedade. É uma viagem muito gostosa ao acompanhar o sonho desse homem que se autodenomina ridículo. Ridículo por fazer parte dessa humanidade que perdeu seu senso mais primordial e essencial que é o amor pelo ser humano. Ridículo também por ser um sonhador e por tentar reencontrar aquilo que a humanidade perdeu, com suas convicções da Verdade absoluta. "Eu não quero e não posso acreditar que o mal seja o estado normal dos seres humanos."
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LAvia 16/02/2024

"Eu não quero e não posso acreditar que o mal seja o estado normal dos seres humanos"

O livro é bem curtinho e não achei a escrita parecida com as outras obras de Dostoievski, nem parece que foi ele próprio quem escreveu essa obra
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chuwanning 16/02/2024

Curti
Eu amo a cadência que o dostô formula as frases, parece que ele tá sempre muito doidão lá na lua f1 pé-duro com um litro de cachaça do lado. gosto.
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Clarissa130 15/02/2024

O sonho de um homem ridículo
?(?) sei que os seres humanos podem ser belos e felizes, sem perder a capacidade de viver na Terra. Eu não quero e não posso acreditar que o mal seja o estado normal dos seres humanos. Mas é só dessa minha crença que todos riem.?

O conto traz um narrador sem nome, cuja única referência que o caracteriza é o fato de ser tido pelos outros enquanto ?um homem ridículo?. Nessa breve apresentação, o homem ridículo está certo de cometer suicídio naquela mesma noite, tendo em vista que, para ele, ?tudo dava na mesma?, ?tanto fazia o mundo existir ou não existir?. Eis que, voltando para casa, ele se esbarra em uma criança desesperada e, apesar de não a ajudar, sente pena e dor pela criança e questiona-se sobre a motivação do suicídio.
Ao cair no sono, ele sonha com um mundo repleto de seres pacíficos, amáveis e desprovidos de pecados, um paraíso habitado por humanos em que o narrador passa a viver, até que, inesperadamente os corrompe?

É um conto breve, crítico e encantador. Vale muito a leitura!
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Isabella1982 15/02/2024

O sonho de um homem ridículo
Um homem que era ridículo e o sabia.
Esse conto, aborda os temas centrais que rondam a vida humana. Conta o princípio de todas as coisas, a finalidade com que cada organização humana foi sendo criada ao longo da história e a forma como elas falharam por seus próprios princípios. Religião, política e o mais puro suco dos ideais humanos e a busca incessante por resposta, pelo encontro com o que é divino.

Um homem, atormentando do vazio de estar vivo decide dar cabo de sua vida, mas um sonho lírico, quimérico, cheio de reviravoltas, muda o rumo de suas ideias, muito embora ele não deixe de ser ridículo!
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Ingrid.Sombra 14/02/2024

Crítica ao niilismo
Apesar de curto, não é um livro do Dostô que eu recomendaria para quem está pretendendo começar a ler o autor. O sonho de um homem ridículo é claramente sua tese contra o niilismo, corrente tão em alta durante a vida do autor. Sua genialidade está muito explícita em sua capacidade de criar um personagem que sustenta uma ideologia tão avessa às suas próprias, sem perder a verosimilhança. E assim, ele vai nos mostrando como o homem ridículo é mesmo um homem ridículo.

Acho interessante assinalar também a importância do sonho na narrativa (não só pelo seu uso no título), porque ele marca uma virada de chave para o personagem. Aqui, o autor foi claramente inspirado pelas obras de Freud, até então o que havia de mais revolucionário no estudo da psiquê. Compreendendo esse contexto, é possível tirar maior proveito da obra.
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Fabio 13/02/2024

"Quem governa os sonhos, não é a razão, mas o desejo, não a cabeça, mas o coração"
(Editada)

"O Sonho de Um Homem Ridículo" escrito em 1877, é uma das mais brilhantes obras do gênio da literatura mundial, Fiódor Mikhailovitch Dostoiévski, e constitui como obra chave da fase tardia de um dos maiores romancistas e pensadores da história, no qual condensa todas as suas grandes obsessões utópicas num texto conciso, melancólico e impactante.

A novela "O Sonho de Um Homem Ridículo" é narrada em primeira pessoa, e sob a perspectiva de um personagem cheio de som e fúria, que de tão solitário, não possui nome e refere-se a si mesmo o tempo todo como " o homem ridículo". Vislumbramos, então, quando o indivíduo, que imerso na racionalidade moderna, aparta-se do mundo e de seus semelhantes, e que, ao se auto depreciar na condição de "ridículo", sofre com a melancolia e a indiferença, e intensificados pela aspereza do ambiente e a má convivência, decide por abandonar a propria existência.

O "Homem ridículo", vagando pelos labirintos frios e escuros de São Petersburgo, perdido em devaneios lúgubres, aceita seu desafortunado destino, quando, em trégua a torrente cessa, o céu se abre e revela uma estrela, como na ribalda de um palco em um espetáculo bruxuleante, o qual fascina o herói de um modo hediondo, e lhe introduz a convicção de que a única escapatória à inércia, está na morte. Durante o devaneio estelar, uma menina desamparada em seu extremo tormento, clama por socorro, mas na sua delirante obsessão, o "Homem ridículo", repele furiosamente a jovem, que em desabalada carreira, foge do semblante de cólera e loucura. Resoluto, o homem, evade-se, e mais tarde, naquela mesma noite, ao tentar consumar seus intentos doentios de tirar apropria vida, recorda-se da jovem e infeliz criatura, o qual expulsou, e depreende o quão cruel e desprezível foi ao ignora-la. Em breve lampejo, ao mentalizar a fatídica cena, de modo quase epifânico, compreende, que os traços de compaixão, discordam de suas convicções de aniquilamento (niinista) , então, o breve abalo, embute dúvidas em seu coração, que, o atormentam ainda mais, até que finalmente em torpor realiza uma viagem onírica sem precedentes, que transformará para sempre a sua existência, e lhe apresentará ao insofismável axioma de sua vida.

Em "O Sonho de Um Homem Ridículo", somos lançados ás implacáveis garras inebries da mente protagonizadora, e acompanhamos todos os delírios, sonhos e loucuras, impressas em cada linha da obra, que num ambiente sombrio repleto de melancólicas, nos fazem remeter a um tipo de purgatório, onde nos enxergamos na persona de Dostoiévski, que ao olhar para dentro, descobre a origem de suas angustias e arrependimentos, e naquele estado de inevitável apreensão e espera, aguardamos junto com os personagens a sentença final do Mestre da Vida.

Doistoiéviski, ao desnudar a mente do protagonista, nos apresenta, o íntimo do ser humano, seus tormentos e seus anseios mais profundos, até mesmo os mais ínfimos e irrisórios, que normalmente escapam dos olhares menos atentos, e nos prova ademais, o quão insalubre é uma vida sem motivações; aquela centelha de vida, que chamamos de força essencial, que sempre nos impulsiona a almejar o próximo passo, a nova página, e a lutar incansavelmente pela felicidade. Força interna essa, que, também nos faz enxergar, e a sentir a culpa e o arrependimento, que, normalmente são os entraves da vida, mas nos leva a compreender, que tais vicissitudes, são intrínsecas a todo homem, que foi maculado pelo pecado original, e que, o próprio ser, precisa encontrar meios para sobreviver a eterna dualidade que é inerente a cada indivíduo, e apaziguar a sempre-luta interna, entre o bem e o mal interior.

Trata-se de uma viagem onírica, onde a apatia, a culpa, a plenitude, o desespero e a esperança, estão lado a lado o tempo inteiro, lutando por supremacia, e o autor ao percorrer por toda a história da humanidade apenas num instante, onde o tempo se equivale ao "tempo de crise", desagua em aguas profundas quando, reverbera-nos, que os sentimentos sobrepõem a racionalidade em todas as instâncias, e que, tal premissa não aceita argumentos ou discursos lógicos, mas matem-se de forma resoluta do incio ao fim pelas vias da sensibilidade, e quando, de forma lacônica, evoca os mitos da criação e da escatologia, acaba entregando uma variante fantástica da queda.

"O Sonho de Um Homem Ridículo", é um manifesto crítico ao niinismo, ao ateismo e as vertentes radicais do socialismo, e mesmo que a imagem da "Idade de Ouro" relatada no texto tenha sido inspirada nos socialistas utópicos franceses, a base e estrutura primordial da obra, está no caminho da iluminação, da redenção e da fé, que são características das narrativas dos santos nas eras patrísticas, e que imprimem as ideias messiânicas do compositor, que enxergava no amor cristão pelo sofrimento, um caminho para alcançar a redenção.

Os signos que Dostoievski constrói dentro de suas obras, são claros, mas oferecem múltiplas traduções, e cabe ao leitor interpretar as nuances psico filosóficas próprias de cada fase da escrita do autor, e que devem estar sempre em consonância com o momento histórico/social e as fases da composição filosófica, entretanto no que se refere aos temas abordados pode-se, vez ou outra encontrar vestígios de contradições, mas não se enganem, trata-se da profusa característica incólume do estilo dostoievskiano, inclusive dos copiosos debates dicotômicos, que permeiam toda a prolífica obra, pois, Dostoiévski representava a mais perfeita antítese, o maior dualista da literatura, possivelmente da humanidade.

De escrita poderosa e indefectível, num mundo cinza de miséria e escuridão, "O Sonho de Um Homem Ridículo", nos leva a uma profunda reflexão sobre a nossa existência e os sentimentos que nos consomem; sobre ações e reações, sobretudo, o amor e o sofrimento, e nas breves páginas dessa novela, somos transportados para dentro da mente de um dos maiores pensadores da história, que de maneira quase biográfica, traduziu em palavras, os delirantes pensamentos utópicos de um sofredor, as beiras do irresistível precipício de sua existência


Aqueles que, mesmo percorrendo esse texto, um tanto quanto prolixo, permanecerem na dúvida, principalmente, quanto à importância de se ler e estudar a obra desse gênio da leitura, advirto. Dostoiévski influenciou a escrita de boa parte de seus pares coetâneos, inclusive vários dos "Monstros Sagrados" da literatura universal, e pesou de forma bem profunda na filosofia e na psicanalise contemporânea que, ajudaram a moldar o mundo que, hoje conhecemos, e que, de forma genuína, agiu sobre os maiores intelectos da humanidade e transformou a maneira que enxergamos a vida, a morte e tudo que há entre esse espaço temporal.
Duda.bae 13/02/2024minha estante
Resenha perfeita como sempre, Fabio!! ???
Preciso ler algum livro do Dostoiévski um dia ainda!!! ?


Mel 13/02/2024minha estante
Suas resenhas são tão MARAVILHOSAS!!! Eu não tenho mais adjetivos para expressar minha total admiração por seu dom da escrita!
PARABÉNS... Como sempre você dá um show no quesito, resenha!!!
????


Mariana 13/02/2024minha estante
Brilhante é essa resenha! ?????. Meu querido, você é um resenhista sensacional e não há como dizer ao contrário. Você adentra a alma do autor e traz pra nós impressões tão verídicas que não há como não se impressionar! Parabéns por essa belíssima escrita e por se permitir ser profundo! Você é incrível ?????


Fabio 13/02/2024minha estante
Dudinha, minha querida, muito obrigado, pelo carinho e pela presença de sempre!!!???
O dia que quiser, só falar que agente programa uma LC... falando nisso, as minhas companheiras de LC em David, Copperfield e eu estamos, pensado em ler Crime e Castigo, do Dostô, depois que terminamos a LC do Dickens, se quiser, bora juntos!!!!


Fabio 13/02/2024minha estante
Mel, minha gêmea amada!???
Sou totalmente grato por suas belíssimas palavras!??
Simplesmente , Obrigado!???


Fabio 13/02/2024minha estante
Mari, minha querida amiga!!!?
sabe, o quão importante suas impressões são para mim!
obrigado pela amizade, pela paciência e principalmente pelo incentivo! ?????????????
Você é incrível minha querida!


Mariana 13/02/2024minha estante
Nem é preciso paciência, só me deslumbro e aproveito sempre. Conte muito comigo ??????????


Duda.bae 13/02/2024minha estante
Falo sim, Fabio, obrigada!! Me avisa depois também quando forem começar, se eu conseguir leio junto!!! ??


Fabio 13/02/2024minha estante
Mari???


Fabio 13/02/2024minha estante
Combinado, Dudinha, eu te aviso sim, mas vai demorar uma dias ainda, porque falta aproximadamente umas 250 páginas de David Copp


Fabio 13/02/2024minha estante
Combinado, Dudinha, eu te aviso,.com toda certeza!?


Aline MSS 13/02/2024minha estante
Ainda não me sinto segura pra ler o autor, mas toda vez q leio uma resenha sua dos livros dele fico com vontade de arriscar. Quem sabe esse ano? Tenho 2 pockets e é capaz de pegá-los pra ler pela fofura.???


Regis 13/02/2024minha estante
Esse foi meu primeiro livro do Dostoiévski e me apaixonei completamente por sua escrita. Sua maravilhosa resenha, Fábio me fez recordar da tarde que peguei esse livro para ler e me encantei. Obrigada por isso. ???


Gabriela_Sut 14/02/2024minha estante
Resenha incrível, Fabio, como sempre! E o livro também parece maravilhoso, mal posso esperar para ler este, se não me engano tenho ele no meu kindle!


Camila Felicio 14/02/2024minha estante
Excelente resenha Fábio???


Elton.Oliveira 14/02/2024minha estante
Parabéns Fábio ! ????
Já adc dois de Dostô pra esse ano ... Esse parece ser um espetáculo! Vou deixar na espera ?


Fabio 14/02/2024minha estante
Aline, muito obrigado pelo carinho e presença de sempre, e fico imensamente feliz de te incentivar a ler esse gênio da leitura.
Só por esse fato, valeu o esforço que dediquei a essa resenha!
Obrigado!?


Fabio 14/02/2024minha estante
Regis, esse livro influenciou muito da minha adolescência, mas não tanto quanto, impactou nessa releitura.
Sinto que, ao reler, eu reencontrei comigo mesmo naquela época e pude vislumbrar, o quão importante é reler as obras desse gênio, que tem esse poder influenciador sobre todas as distintas fases de nossas vidas.


Fabio 14/02/2024minha estante
Regis, esse livro influenciou muito da minha
adolescência, mas não tanto quanto, impactou nessa
releitura.
Sinto que, ao reler, eu reencontrei comigo mesmo
naquela época e pude vislumbrar, o quão importante
é reler as obras desse gênio, que tem esse poder
influenciador sobre todas as distintas fases de
nossas vidas. E como você, eu também fiquei o tempo todo com aquela sensação nostálgica!!!??
Muito obrigado pelo carinho, minha querida!?


Fabio 14/02/2024minha estante
Gaby, muito obrigado, minha querida!???
Aproveite que, já tenha ele, e leia, porque, eu posso garantir que não vai se arrepender !???


Fabio 14/02/2024minha estante
Camila, minha querida, muito obrigado pelas palavras. Estou lisonjeado!!!???


Fabio 14/02/2024minha estante
Elton, meu brother, agradeço pelas palavras!
Fico feliz que essa sua lista esteja aumentando, ainda mais quando são os livros do Dostoievski!
Valeu, cara!?


Pedro 14/02/2024minha estante
"O Sonho de Um Homem Ridículo é um manifesto crítico ao niilismo, ao ateísmo e às vertentes radicais do socialismo."

Cara, depois de ler isso aqui, eu serei obrigado a ler essa obra.

Mais uma excelente resenha, meu amigo. Aliás, dentre tantas maravilhosas, acho que essa foi a mais aprofundada e detalhada.
Parabéns!
????????


Mimi Macedo 14/02/2024minha estante
Nossa! Tava inspirado em. ??


Fabio 14/02/2024minha estante
Pedrão meu amigo, muito obrigado!??
As críticas ao niilismo são, criticas abertas, inclusive, o próprio protagonista, antes da sua epopéia, era niinista. ( Como o próprio Dostoievski, antes da prisão na Sibéria)
E sobre o aprofundamento da resenha, eu me empolgo demais quando se trata de filosofia, ainda mais, quando é da filosofia dostoievskiana!???


Fabio 14/02/2024minha estante
Mimi, estava sim kkkkk
Nem ficoi evidente né? ???


GessicaM 14/02/2024minha estante
Resenha maravilhosa. Emocionante, cheia de aprofundamento e poética. Sensacional ????.


GessicaM 14/02/2024minha estante
Resenha maravilhosa. Emocionante, cheia de aprofundamento e poética. Sensacional ????.


Mimi Macedo 14/02/2024minha estante
Nadinha de evidências kkkkk


Fabio 14/02/2024minha estante
Gé,.minha querida, muito obrigado!???
Estou lisonjeado com suas palavras,... Sério... Muito obrigado!???


Fabio 14/02/2024minha estante
Mimi ??????


Flavia_Lo 14/02/2024minha estante
Resenha incrível, Fa ??
Tô buscando livros de países diferentes pra sair do eixo eua/Inglaterra, estou aceitando indicações ??


Fabio 15/02/2024minha estante
Obrigado, pelo carinho e presença de sempre Flavinha, minha querida!?
Feliz que tenha gostado da resenha!!!?
Sobre os livros eu vou te enviar, aqueles que costumo indicar, e que estão fora dos costumeiros países de língua inglesa!?


Ivone. 15/02/2024minha estante
Resenha impecável Fabio, parabéns!
Quero iniciar ler Dostoiévski por Noites Brancas, ainda esse ano


CPF1964 15/02/2024minha estante
Resenha ESPETACULAR, Fábio. Ridículo é aquele que não acompanha suas resenhas.


Mel 15/02/2024minha estante
Concordo plenamente, mano Cassius!! ?


CPF1964 15/02/2024minha estante
??????, Sister ??


Fabio 15/02/2024minha estante
Ivone, muito obrigado, pelas belíssimas palavras!??
Lisonjeado!!!?
Noites Brancas, é um ótimo livro para inicias nos textos de Dostoievski, porque, não é denso, mas mantem a essência da escrita do mestre russo.
Ótima escolha!
Só não esquece, depois de viar aqui para dizer o que achou do seu primeiro Dostô!


Fabio 15/02/2024minha estante
Cassius, meu amigo, me deixou sem palavras aqui ?
Obrigado!!!?


Fabio 15/02/2024minha estante
Cassius, meu amigo, me deixou sem palavras aqui ?
Obrigado!!!?


Fabio 15/02/2024minha estante
Ahh minha, querida gêmea, ,obrigado por esse carinho!!!?


Edson 17/02/2024minha estante
Excelente resenha meu amigo, parabéns! Ao lê-la, lembrei de uma máxima no meio militar: quando achar que não aguenta mais, ainda tem 30%. Assim aconteceu com o Homem Ridículo, quando iria dar cabo da vida, lembrou de alguém em desespero e voltou atrás. Excelente livro pra dar um up no nosso ânimo.


Léo 17/02/2024minha estante
Uau, excelente resenha, Fábio, adorei. ??? Esse foi o primerio livro que li do autor, pretendo ler Crime e Castigo esse ano.


Fabio 17/02/2024minha estante
Muito obrigado, Edinho, meu amigo!!!!?
Concordo contigo, esse livro nos faz acreditar que a humanidade, tem jeito!?


AndrAa58 17/02/2024minha estante
????? que resenha... Fábio. Fiquei até encabulada para comentar ?
Brilhante, você conseguiu reviver toda a minha experiência de leitura... E olha que tem tempo, viu? Lembrei de mim da época ?, senti, revivi, adorei! Muito obrigada. Ler suas resenhas são um prazer e um motivo para voltar sempre por aqui ?


Fabio 17/02/2024minha estante
Muito obrigado, Edinho, meu amigo!!!!?
Concordo contigo, esse livro nos faz acreditar que a humanidade, tem jeito!?
Sobre a máxima militar, eu já conhecia, mas em outro formato... e você sabiamente apontou a analogia entre ela e o homem ridículo ???


Fabio 17/02/2024minha estante
Muito obrigado, Léo!?
Fico feliz que tenha gostado da resenha, e ainda mais feliz em saber que lerá a maior a obra prima do autor, que, com toda certeza será um divisor de aguas em sua vida como leitor, como foi na minha!
Eu pretendo reler Crime e Castigo esse ano, pois a primeira leitura foi há séculos atras (kkkkk), e pretendo resenha-lo logo após, então, depois de sua leitura, dá um pulo aqui pra dizer o que achou!!!


Fabio 17/02/2024minha estante
Andréa, minha querida, muito obrigado!???
Estou lisonjeado com suas belíssimas palavras... e até me deixaram sem jeito por aqui!!!?
Fico feliz que, a resenha tenha despertado em ti essas belas e bem vindas lembranças sobre esse livro, que para mim, esta no rol de mais impactantes de minha vida!
Eu agradeço demais por compartilhar essas experiências comigo, e aproveito a oportunidade, para expressar meu carinho por ti, e para dizer o quão sou fã de suas resenhas!!!?


Ma_ah 21/02/2024minha estante
Uau!! Parece muito bom. Sua resenha me conquistou e preciso ler, tipo, pra ontem ??????


Fabio 21/02/2024minha estante
Mah, muito obrigado!!!?
Leia e depois volte aqui para debatermos sobre a obra, principalmente sobre o poder reflexivo, que ela imprime em nós!


Ma_ah 22/02/2024minha estante
Pode deixar ???????




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