Lua de Papel não é um romance. É um relato. Uma narrativa em linha reta. A autora gosta da escrita dessa maneira, como Mia Couto também diz gostar.
A história que ela nos conta... começa com uma cidade inventada, que nos leva de imediato a questionar os lugares por onde passamos e vivemos, sabemos que fica em nós. E, por fim, quando nos acostumamos a geografia do lugar, vem os personagens, alinhavados como figuras comuns. São pessoas nas quais esbarramos e não damos por ela, porque, o nosso tempo é esse carnaval.
O livro um está dividido em capítulos capitaneados por títulos que nos levam a poemas que a autora certamente leu e os usa como música para as suas linhas, como norte para a bússola que cada leitor tem no olhar.
É um livro que se lê muito bem e se saboreia e se lê pela segunda ou terceira vez.
Ficção