Manaus

Manaus José Vicente de Souza Aguiar


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praça, café, colégio e cinema nos anos 1950 e 1960




Cidades têm vida - nascem, crescem e morrem. E às vezes renascem. São espaços que se constroem sob signo da complexidade e se firmam através do entrelaçamento das relações entre indivíduos e o meio social, num processo de contínua construção e reconstrução. No caso deste livro, o enfoque é Manaus - uma cidade que já experimentou a ascensão e a queda, a grandeza, o declínio e a estagnação. Foi vista por alguns como a Paris dos trópicos e por outros, como um porto de lenha. Como diz o autor: A cidade, afinal, é ao mesmo tempo o lugar da violência, da opressão, da repressão, das desigualdades sociais, mas também espaço da liberdade, do voo, do transcendente, do ir além do aparente. Portanto, simboliza as mudanças possibilitadoras da criação e recriação das relações pessoais.
Este livro nos apresenta uma cidade sob a perspectiva de sua vida cultural, tendo como polo irradiador o entorno da Praça Heliodoro Balbi. O objetivo, como adverte o autor, é registrar as atividades humanas realizadas nos lugares públicos, ou de utilização pública, mas frequentemente por uma geração, serviu como tentativa de recuperar os sentimentos, as emoções, o valor simbólico, acadêmico e político das atividades realizadas por aqueles que adotaram a Praça da Polícia, o Cine Guarany, o café do Pina e o Colégio Estadual como referência para as suas manifestações culturais.
Manaus: praça, café, colégio e cinema nos anos 1950 e 1960 é um painel evocativo de uma época e de uma cidade. O cenário qie vai se descortinando, com a leitura deste livro, é de um tempo que jaz envolvido pelo manto da memoria - Manaus em meados do século XX. Mas o seu objeto de reflexão é a vida cultural que se desenrolou, nesse período, no espaço que envolve a "Praça do Ginásio". O professor José Vicente de Souza revela a multiplicidade de "praças" no mesmo ambiente da Praça da Polícia, como um lugar de encontro, um ponto de referência das atividades culturais e sobretudo, por ter sido o símbolo do movimento do Clube da Madrugada, que reuniu intelectuais e poetas, como Jorge Tufic, Saul Benchimol, Alencar e Silva, Alcides Werk, Luiz Ruas, Antísthenes Pinto, Luiz Bacellar, Farias de Carvalho, entre outros.
Este trabalho recupera um momento importante da história de Manaus. O historiador José Vicente traça um esboço de uma época e de uma experiência cultural determinante de nossa História. O pensador Leandro Konder nos ensina que "para compreendermos um autor, não podemos deixar de reconstruir, ainda que em linhas muito gerias, o quadro das questões que a vida pôs em seu caminho". Este é, portanto, um retrato extraído de registros vivos e de documentos de um período emblemático da história regional. No entanto, José Vicente aponta as transições e continuidades históricas, levando o leitor a refletir sobre o tempo atual.

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