Para o franciscanismo, a realidade profunda do mundo não é trágico nem o antagônico, mas a harmonia e a sinfonia dos diferentes elementos da criação. A essência e o núcleo da vida e do mundo não estão em contraposição ao apolíneo e ao dionisíaco, mas na presença impressa e expressa do Criador. O franciscano não vê o espetáculo do mundo como um jogo trágico, mas como jogo belo que se manifesta em sua atitude lúcida de celebração e de participação. A montanha mágica do mundo não é o Olimpo, que funda suas raízes no Tártaro, mas o Calvário que se fundamenta no abismo do amor divino.
Religião e Espiritualidade