Máquina

Máquina Eleazar Venancio Carrias


Compartilhe


Máquina





A poesia será uma língua de fogo ou não será. Evoco a bela e forte imagem bíblica para saudar a poesia de Eleazar Venancio Carrias e por perceber sua palavra poética não apenas compartilhando de uma centelha daquela labareda contagiante, mas também por reconhecer nela a capacidade de se comunicar comigo na minha própria língua, naquela linguagem íntima e primordial que só a poesia sabe e pode acessar, e que é única para cada indivíduo. Assim, recebo esta poesia com entusiasmo, palavra da qual gosto muito, por significar literalmente ser tomado pela divindade. E a qual deus servimos melhor, senão à Poesia? Isto é para dizer que esta Máquina irá tocá-lo a fundo, leitor, menos como um dispositivo artificial, mas como um organismo vivo, algo que se move e que põe coisas (percepções, pensamentos, palavras) em movimento. Uma poesia que é filha da elegância da luz. E não será por acaso que a lucidez e a claridade que amalgamaram a poesia de João Cabral de Melo Neto e a arquitetura da máquina de comover de Le Corbusier pareçam se movimentar entre os poemas de Carrias, não como referências explícitas, mas como cintilações, seja no cultivo de relâmpagos, ou no elo quente silêncio da fruta esquecida sobre a mesa. Do mesmo modo, como em todo trabalho poético que se preze, cintilam outras vozes, outras referências que, no entanto, só afirmam que a poesia de Eleazar Venancio Carrias tem brilho próprio e veio para ficar.

MICHELINY VERUNSCHK

Poemas, poesias

Edições (1)

ver mais
Máquina

Similares

(1) ver mais
tumulto

Estatísticas

Desejam
Informações não disponíveis
Trocam
Informações não disponíveis
Avaliações 4.1 / 6
5
ranking 50
50%
4
ranking 17
17%
3
ranking 33
33%
2
ranking 0
0%
1
ranking 0
0%

36%

64%

Francine109
cadastrou em:
23/04/2022 20:06:28
Francine109
editou em:
23/04/2022 20:06:45

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR