Meditações do Quixote

Meditações do Quixote José Ortega y Gasset


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Meditações do Quixote





“Este livro acabou de imprimir-se na Imprensa Clássica Espanhola de Madri, no dia 21 de julho de 1915”. Assim era apresentada a primeira obra deste que foi o responsável pela formação de uma identidade espanhola do pensamento filosófico.

Ortega é, sobretudo, um grande escritor. Segundo José Marías, Ortega ocupa lugar insubstituível entre os prosistas espanhóis deste século. Opostamente ao estilo de, por exemplo, Heidegger, procura evitar os neologismos, buscando nas expressões usuais e mesmo nos modismos, sua maior vivacidade e frescor.

Já através da metáfora, sobejamente utilizada em suas obras, em especial a que seria conhecida em textos como O bosque, em Meditações do Quixote, observa-se a busca pela bela expressividade, então seu valor estético, assim como seu valor metafísico. “A cortesia do filósofo é a clareza”, dizia Ortega, em seu esforço pela inteligibilidade de seu pensamento, plasmado em sua oratória e no seu escrito. É a partir das «circunstâncias espanholas» que Ortega exprimia seu pensamento através de ensaios publicados em revistas e jornais, fornecendo o tanto de filosofia que seus leitores poderiam absorver: “Era preciso seduzir para os problemas filosóficos com meios líricos”.

Ortega pensou e escreveu sobre tudo; sobre tudo que interessava pensar e escrever. Nada era insignificante, podendo discorrer sobre problemas metafísicos, estéticos, morais e sociológicos a partir de um passeio em um bosque, uma cor desbotada, uma caçada ou um aperto de mão.

“Ao lado de gloriosos assuntos, fala-se freqüentemente nestas Meditações das coisas mais modestas. Atenta-se a pormenores da paisagem espanhola, ao modo de conversar dos lavradores, ao giro das danças e cantos populares, às cores e aos estilos no traje e nos utensílios domésticos, às peculiaridades do idioma, e, em geral, às miúdas manifestações que revelam a intimidade de uma raça”.

Toda a circunstância é oportunidade para revelar a estrutura da vida, através de uma simplicidade última, em um caminho que vai da profundeza do pensar ao desvelar do discurso. Estrutura da vida desvelada sob a perspectiva de heroísmo ou da tragédia, realidade e irrealidade, entre o projeto que se é e o desejo de ser si mesmo.

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Gildeone0
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