“Agora tenho saudade do que não fui. Acho que o que faço agora é o que eu não pude fazer na infância”. Manoel de Barros nunca saiu da infância e ainda escreve como quem brinca. As palavras são seus objetos, as imagens, o que as une em frases que podem falar diretamente para os pequenos leitores.
O universo infantil destes breves poemas que mais parecem contos selecionados da obra do autor se completa com as belas iluminuras de Martha Barros, filha do poeta. São como garatujas que se acompanham os textos para dar um clima de início de tudo. E, como todo início, transbordante de imaginação.
Neste dia das crianças, o livro Memórias inventadas para crianças, que chega às livrarias pelo selo Planeta das Crianças, é um convite à descoberta do prazer da literatura. São poucos os autores que conseguem essa mágica. Manoel de Barros é, sem dúvida, um deles.