Modus Operandi, livro de estreia de Thaise Monteiro, é daquelas boas surpresas que de tempos em tempos coriscam no cenário literário. Rigor e sensibilidade se costuram nas dobras dessas páginas. Um olhar que ora transita da grande angular para a particularidade, que ora abre no singular aquilo que é geral. Nesse movimento, interessa à poeta, principalmente o humano: a dor, a angústia, a solidão, a respiração. É, aliás, admirável o modo como se articulam esses movimentos e as noções de dentro e fora: como se fosse possível circular concomitantemente pelos espaços íntimos do sujeito poético e pelas paisagens que o circundam.
Poemas, poesias