"Na Comunidade do Caldeirão, que o beato Lourenço fundou, todos trabalhavam e repartiam os frutos do trabalho coletivo. Todos eram irmãos, no sentido da irmandade pregada por Cristo. Viviam também plenamente a solidariedade, não só entre eles, mas para com todos os necessitados, o que fez com que durante as terríveis secas da região pudessem alimentar os flagelados que chegavam ao sítio do Caldeirão.
Essa igualdade e essa solidariedade despertaram o medo dos poderosos. Estes não podiam permitir que um grupo de trabalhadores pobres demonstrasse que era possível - ali estava o exemplo! - a existência de uma comunidade fraterna e solidária. Isso poderia solapar as bases dos donos da terra, de gado e de gente. Assim como Canudos, o Caldeirão precisava ser destruído."
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