Mundo Acromático (1 #1)

Medo ou desespero... Ou ainda:
Aquele sentimento de inquietação, um mal estar pequeno que quanto mais cresce, mais ameaça sair do controle?
Quando tudo pode ficar incolor e apenas os sons carregam particularidades desagradáveis e desejos insanos, recém descobertos?
Nestes momentos em que o desconhecido nos revela o outro sentido de nós, escavando com sua pá aquele lado bem convenientemente escondido...
Mundo Acromático traz dezesseis contos de suspense, onde o verdadeiro sujeito se faz presente e surpreende todos os fatos. É a dualidade e suas personagens, transformando, às vezes, o improvável em possibilidades, no exato instante do pensamento. A lógica contra o bom senso, o humano quando insensível, maldoso e cruel.
Acima de tudo, são sentimentos. Emoções reais, ou, não, que podem levar a erros de percepção irreparáveis e mudar para sempre o modo como vemos aquilo que nos cerca.
Porque é certo que há beleza em tudo no mundo. Tão certo, que ao nos depararmos com o escuro, buscamos ardentemente um meio de voltar à luz. Às vezes conseguimos. Às vezes não...
Uma parte de si vai além do que você sempre espera. E é essa, que vai tomando tons e cores diferentes; e, representa bem todos os medos e perspectivas que pode encontrar na vida, o reflexo puro do cotidiano. Então, tudo isso vai virando pequenos fragmentos, personalidades difusas de todos: vocês ou eus.
Mundo Acromático é o cru. O realismo surpreendente das situações mais pitorescas, dentro; é claro; de todas as possibilidades. É a leitura enriquecida do homem, ainda que, às vezes, preferimos não reconhece-la. É prazeroso, charmoso e versátil. Mas é pesado... Dá idéias... Concretiza fatos... Instiga ao entendimento... É embaçado: às vezes machuca e deixa no vácuo... Provoca o reconhecimento, mesmo que ainda ignoremos o escuro, a cada vez que fitamos o espelho.
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