Estar em um museu, por sua própria natureza, é sempre uma experiência de densidade e profundidade. Uma profusão sensorial que nos invade, na medida de nossa própria cultura e curiosidade pessoais. Essa estrutura da separação da obra de arte em relação ao uso comum, própria da tradição ocidental, sacraliza os objetos, colocando-os em um contexto à parte de nossa realidade cotidiana. De fato, às vezes é preciso distanciar-se de algo para que possamos vê-lo de verdade. Penso ser essa uma questão fundamental na existência dos museus. Neles me sinto pertencente a uma experiência coletiva de humanidade. Posso ver através da janela de outro e aprender sobre eu mesmo. Neste trabalho tive o privilégio de percorrer o país de sul a norte com o objetivo de conhecer e registrar seus museus. O resultado é o testemunho da riqueza de um Brasil que valoriza sua história e essência humanas.
Artes