A poesia primitiva sempre foi pouco estudada. Não a poesia dos povos pré-letrados, mas a poesia que está ligada ao canto, indiferenciada, anônima e coletiva. Com este ensaio, o professor Segismundo Spina traça uma gramática poética dos cantos primitivos, classificando as suas modalidades, analisando suas formas elementares, os resíduos deixados à poesia pela música quando as duas artes adquiriram independência estética, enfim, a influência da numerologia mágica, das matrizes de pensamento e da estrutura melódicas na organização do poema.