A literatura é feita de memória. Claude Simon, prêmio Nobel da literatura de 1985, prova neste livro que recordar é um fluxo contínuo de vida e de criação. O leitor é arrastado para uma vertigem de lembranças, de frases e de sensações. Tudo se mistura e nada se confunde. A clareza do texto organiza histórias e fatos, fazendo do passado a matéria-prima de um presente carregado de velhas e de novas emoções. De alguma forma, pela magia da narrativa, o grande escritor francês parece indicar que a vida se faz mais intensa somente para ser bem contada, ou apenas para ser obra-prima.
Biografia, Autobiografia, Memórias / Literatura Estrangeira / Romance