Considerado ao lado de Gandhi e Osho um dos maiores pensadores da Índia dos últimos 100 anos, Krishnamurti está entre aquelas criaturas que sobrevivem além da sua época e marcam novos rumos para a humanidade. Apresentado na sua adolescência como um potencial Messias, Krishnamurti assumiu um pouco mais tarde uma tese radicalmente oposta, que repousava principalmente sobre a ideia que uma transformação do ser humano não se pode fazer senão libertando-se de toda a autoridade. Assim, ele não apresentava nenhuma filosofia ou religião, mas falava dos problemas do viver numa sociedade moderna com a sua violência e corrupção, da busca individual por segurança e felicidade e da necessidade da humanidade de se livrar do peso interior do medo, da dor e da tristeza.
O presente texto está entre os seus primeiros escritos, e parece estar relacionado com uma experiência decisiva ocorrida em 1922, em que Krishnamurti sentiu uma união mística com o senhor Matreya, processo comparável a um despertar espiritual e que pode ter redirecionado o curso da sua vida. Segundo ele, nesse processo : «A Fonte da Verdade foi-me revelada e as trevas dissipadas, todo o amor e toda a sua glória inebriaram o meu coração, e o meu coração não poderia voltar a fechar-se. Eu bebi na fonte da Alegria e Beleza eternas. Estou inebriado de Deus.»
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