"Diz um velho ditado russo: "Um bezerro dá marradas contra o carvalho até derrubá-lo". É um conceito tão popular quanto o nosso "água mole em pedra dura tanto bate até que fura".
Nos dois casos, se ajusta perfeitamente à luta desigual travada isoladamente pelo escritor Soljenítsin contra o todo-poderoso Estado soviético. Pois ao fim desse combate, não se poderá dizer que o carvalho (ou a pedra) não esteja abalado. Ou que o Estado absolutista soviético permaneça de pé. Essas memórias são mais do que uma crônica de vinte anos de vida literária oficial e clandestina na URSS pós-Stalin; são um verdadeiro romance autobiográfico do pr´prio escritor, rodeado de personagens como Tvardovsky, Kruschev, Rostropovitch, Sakharov, Chafarevitch e centenas de outros. Terminam na prisão e no banimento do escritor, em fevereiro de 1974.
"O Carvalho e o Bezerro" é a primeira obra de Soljenítsin escrita no Ocidente. É um longo epílogo do "Arquipélago Gulag". [TEXTO DA CONTRA-CAPA]
Literatura Estrangeira