O descendente

O descendente Jucelino de Sales


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O descendente





Em O descendente, acompanhamos a busca vertiginosa do protagonista pelo seu ancestral primeiro. O personagem, um homem negro, não nomeado na narrativa que, aliás, inicia o romance com a frase Meu nome se perdeu, é um professor universitário em início de carreira que descobre sua atração pela escrita. Consumido pelo desejo de se tornar um escritor renomado e, paradoxalmente, ao mesmo tempo desaparecido, é também afetado pela inscrição fugidia provinda da memória oral familiar sobre o antepassado polonês que, expatriado de sua terra natal, onde lutara no exército napoleônico, aportou no século XIX em terras brasileiras, serviu o império brasileiro, recebeu uma carta de sesmaria concedida por Dom Pedro I e fixou-se no sertão da província de Goyaz, onde fundou uma fazenda que nomeou de Polônia e amargurou seu exílio, sem regresso à sua pátria. O protagonista recebe um convite para fazer o estágio doutoral numa universidade polonesa e, num movimento inverso, atravessa o Mar Tenebroso, e imaginando o regresso que não foi possível ao ilustre antepassado, aporta nas terras do Velho-Mundo, onde sofre o exílio forçado, decorrente da pandemia, e se perde numa perseguição desenfreada por qualquer indício autoral ou o rastro de alguma assinatura deixada pelo ancestral. Romance, em ampla medida autoficcional, para o leitor, é um instigante suspense sobre a força de uma presença que se dá com a leveza de sua ausência.

Ficção

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