Não canso de me admirar com os verdadeiros canalhas. Não estou falando dos amadores. Refiro-me aos profissionais sérios, esforçados, que imprimem um espírito de missão à canalhice; o canalha por opção, enfim. Vendo-os agir, crápulas impávidos, orgulhosos de suas ações, certos de suas imunidades, me convenço que o verdadeiro canalha, das três, uma: 1) ou acredita mais do que ninguém na capacidade divina de perdoar; 2) acredita-se imortal; 3) simplesmente está tão ocupado em mentir e roubar que ainda não pesnou no assunto. Bons pais de família, excelentes maridos, hábeis homens de negócios, os canalhas brasileiros têm esta capacidade incomum de odiar o povo que os sustenta, F.W.
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