A reprodução envolve questões fundamentais da vida humana: sexualidade, diferenças físicas e psíquicas entre os dois sexos e preservação da espécie. Também é ponto de partida para a construção das relações de gênero e parentesco, norteando papéis sociais dos genitores para caracterizar maternidade e paternidade que implicam cuidados com o imaturo e responsabilidade pela provisão dos bens indispensáveis à subsistência. Trata-se, então, de um fenômeno biológico que se vincula diretamente à produção social da existência para constituir infra-estrutura dos sistemas sociais.Este estudo privilegia a maternidade, porque ela acarreta ônus físico, emocional, político e econômico para a mulher comprometendo a definição de seus papéis sociais.Provoca, também, intervenção da sociedade, porque implica crescimento populacional que pode afetar o bem-estar de todos quando existem dificuldades econômicas e disputas territoriais. Surge o temor de mudança na estrutura social e a elite tenta criar, então, ações protecionista para interferir na capacidade reprodutiva das mulheres dos grupos subalternos.
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