O Encarnado e o Branco

O Encarnado e o Branco Fernando Panplona


Compartilhe


O Encarnado e o Branco





Pamplona fez história no desfile das escolas de samba a partir dos anos 60, quando introduziu os enredos afro nos desfiles, e colocou o Salgueiro no patamar das grandes agremiações cariocas. Foi o líder de uma geração de carnavalescos que brilhou nos anos seguintes em várias escolas: Arlindo Rodrigues, Joãosinho Trinta, Rosa Magalhães, Renato Lage, Maria Augusta, dentre outros.

O livro é composto por quatro atos, que vão desde a infância no Acre (Fernando é carioca, mas rumou ainda pequeno para o Norte do País) até o período em que atuou como comentarista de televisão. O prefácio é assinado por Sérgio Cabral e o posfácio ficou a cargo de Joãosinho Trinta, falecido em 2011, considerado por Fernando Pamplona o mais talentoso dos seus pupilos. A capa tem o traço inconfundível de Ziraldo.

Pamplona está com 86 anos (nasceu em 28 de setembro de 1926). Sua estreia na folia aconteceu em 1960 ("Quilombo dos Palmares"), o primeiro campeonato do Salgueiro. Foi campeão também 1965, 1969 e 1971. “Sempre na mesma escola, sempre sem ganhar dinheiro algum. Fiz apenas no amor”, orgulha-se.

O último trabalho como carnavalesco foi em 1978 ("Do Yorubá à luz, a Aurora dos Deuses"). Depois disso, atuou como comentarista da TVE e da Rede Manchete. Também foi professor da Escola de Belas Artes da UFRJ, cenógrafo do Theatro Municipal e o responsável por algumas das melhores decorações de rua do carnaval carioca.

“As mudanças promovidas por ele tinham em vista, principalmente, a preservação dos elementos da cultura negra. Já em 1960 introduziu espetacularmente os atabaques no Salgueiro. Ao substituir por espelhos as lâmpadas usadas nas fantasias dos sambistas, recuperava uma tradição do próprio folclore brasileiro”, afirma Sérgio Cabral. Com produção e coordenação do jornalista e escritor Fábio Fabato, o livro mostra em primeira pessoa todas estas transformações, fundamentais para colocarem o samba no protagonismo da folia do Rio.

Casado há mais de 60 anos com Zeni, a bailarina que conheceu no Municipal (e que é o seu ponto de equilíbrio), pai de Eneida e Consuelo, tão botafoguense quanto salgueirense, Pamplona é a síntese de um Rio multidiverso, pleno de referências, de pulsação cultural, mestiça e democrática. A biografia é, sobretudo, um desfile de grandes personagens do século XX, de amizades, bares, polêmicas e sonhos que cristalizaram a força popular e universal de seu trabalho.

Edições (1)

ver mais
O Encarnado e o Branco

Similares


Estatísticas

Desejam1
Trocam
Informações não disponíveis
Avaliações 4.0 / 5
5
ranking 20
20%
4
ranking 60
60%
3
ranking 20
20%
2
ranking 0
0%
1
ranking 0
0%

50%

50%

joaofld
cadastrou em:
24/11/2013 22:46:44

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR