A modernização da cidade de Curitiba na virada do século XIX para o século XX refletiu os ideais que fundamentaram a construção da identidade cultural paranaense. De cunho profundamente modernista, o Movimento Paranista criou uma idéia de região embasada no meio físico particular (clima mais ameno) e na raça (presença dos imigrantes europeus) que dariam à região uma perspectiva de futuro. Financiada pela explosão da indústria da erva mate, a urbanização curitibana criou um palco no qual a elite luso-brasileira desfilou elementos que demonstravam como a sociedade local se transformara em um ícone da modernidade. Reformas urbanísticas que alteraram os marcos coloniais e produziram um espaço repleto de praças e squares por onde passaram os primeiros artistas, fotógrafos, escritores e cineastas curitibanos, criando uma idéia de sociedade técnica e científica em pleno movimento, em um eurocentrismo mascarado de cosmopolitismo. Um espetáculo dos maquinismos modernos que construíram um novo imaginário social em uma modernização conservadora feita pela burguesia ervateira.
História