O Gosto do pecado

O Gosto do pecado Angela Mendes de Almeida


Compartilhe


O Gosto do pecado


Casamento e sexualidade nos manuais de confessores dos séculos XVI e XVII




No quadro lógico dos séculos XVI e XVII, na mesma medida em que tudo era pecado, quase nada era efetivamente um grande pecado, quase nada era objeto de escândalo e indignação. Havia como que uma banalização da falta moral, um despojamento de seu lado trágico. Um bom exemplo disso é o incesto: na mesma medida em que uma gama enorme de relações sexuais eram incestuosas, o incesto era moralmente menos abominável ao olhar desses séculos, que o será no limiar do século XX. Semelhante diluição realizava-se em relação aos pecados da luxúria 'reais' e 'mentais'. Já que o 'estupro' real - a relação sexual com virgem - e o 'estupro mental' eram considerado igualmente graves, quem sabe se não valeria mais a pena pô-lo em prática do que desejá-lo? Além do mais, não existia pecado imperdoável, Deus sendo incomensuravelmente generoso e compreensivo; compreensivo no entanto apenas com os que se dobrassem às regras eclesiásticas formais.

Edições (1)

ver mais
O Gosto do pecado

Similares


Estatísticas

Desejam3
Trocam
Informações não disponíveis
Avaliações 3.9 / 4
5
ranking 0
0%
4
ranking 100
100%
3
ranking 0
0%
2
ranking 0
0%
1
ranking 0
0%

42%

58%

denisblum
cadastrou em:
18/09/2010 00:37:25

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR