O Livro dos Mortos Tibetano é uma obra de adaptação budista de uma tradição tibetana, que antecede ao século VII. Ele traz uma abordagem do ciclo da existência samsárica (ou fenomênica) entre a morte e o renascimento.
Este livro teve sua primeira publiicação na época de Padma Sambava, no século VII, quando o budismo tântrico estabelecia-se no Tibete.
O leitor conhecerá um pouco das filosofias iogue e tantrismo. A doutrina iogue é puramente racional e experimental, parte da vivência física, material, indo até o clímax da vivência espiritual.
É uma ciência muito mais do que prática, abrangendo corpo, mente, coração e espírito.
Em sua essência mais fundamental, a comunicação dos ensinamentos é apenas oral (daí a importância do guru).
O Livro dos Mortos Tibetano retrata a visão do homem como um ser integrado, por substâncias de ordens variadas, estruturadas organicamente, e esta organização determina uma hierarquia na constituição humana da matéria ao espírito, numa só continuidade de transmutações, a caminho de uma sutileza e transcendência crescente de sua constituição global.